Lonely Kamel

Ano passado foi um bom ano para o Rock'n Roll, especialmente para o Stoner Metal. Bandas como Social Distortion, Rainbows are Free, Graveyard, Blood Ceremony, Rival Sons, todas lançaram ótimos discos. No início do segundo semestre, tive o prazer de conhecer o Lonely Kamel, banda da Noruega formada por quatro cabeludos que mais parecem uns caipiras pirados. Eles já tinham gravados dois discos, o primeiro em 2008, o homônimo "Lonely Kamel", e o segundo em 2010, "Blues for the Dead". Quando escutei esses discos, pirei! Que sonzeira! Como é que bandas como essa ficam no anonimato por aqui?

Esperei até o último dia do ano pelo novo disco dos caras, mas não veio. Para minha surpresa, na semana passada, um amigo lá de São Paulo me mostrou o novo petardo, o "Dust Devil". Corri os links pela internet para tentar um download, mas não consegui nenhum disponível. Fiquei puto! Como é difícil às vezes conseguir um bom disco de Rock'n Roll por essas bandas.

Bom, só tinha um jeito, era recorrer às minhas lojas preferidas, as americanas Amazon.com e Cduniverse.com. Lá se foram mais uns dólares...Tudo bem, era por uma boa causa, aliás, excelente! Não posso dizer que me espantei com a qualidade do disco, pois já era esperada. Os dois primeiros são ótimos e neste novo a receita é a mesma, meu amigo diz que é Heavy/Blues/Stoner/Psych/Doom. Alguém consegue traduzir isso? Mas é exatamente como soa essa incrível banda. O som é pesado, com fortes influências de Blues, com guitarras bem distorcidas, melodias psicodélicas e clima setentista(Ufa! Consegui). Nem preciso dizer que está na minha lista de melhores do ano. Não dá para destacar as melhores músicas, todas tem o mesmo nível. Vou me arriscar: Esta banda já é uma das melhores da atualidade!! Fuckin' Rock'n Roll...

"Dust Devil" - 2011

"Blues for the Dead" - 2010

"Lonely Kamel" - 2008

Escute as músicas e veja mais vídeos na página da banda: http://www.myspace.com/lonelykamel

The Brought Low

Banda formada em 1999 em Nova York pelo guitarrista Benjamin Howard Smith, o baixista Dean Rispler, e o baterista Nick Heller. O trio fez sua estréia em disco em 2001 com um álbum auto-intitulado que ostentava um estilo vintage dos anos 70 e um hard rock rico em inspiração. Esse disco, hoje fora de catálogo e dificílimo de ser encontrado, é um petardo! Uma grande estréia! Imagine um som com a pegada do Lynyrd Skynyrd e a energia do Ac/Dc. Inclusive, o vocalista chegou a ser comparado a Bon Scott.

The Brought Low - 2001

Cinco anos se passariam para o lançamento do seu segundo álbum, o chamado ironicamente "Right on Time", que introduziu fortes influências de blues. Após um disco excelente, cria-se uma grande expectativa para seu sucessor, e este veio ainda melhor. A banda está mais coesa, as melodias mais suaves, e com a mesma pegada setentista.

Right on Time - 2006

E então, em 2010, surgiu o registro apropriadamente intitulado "Third", puro, simples, pesado e eficiente. A balada acústica "A Thousand Miles Away" é belíssima! Em suma, "Third"  segue os mesmos passos dos antecessores.



Third - 2010

Não importa quanto tempo tenhamos de esperar por mais um trabalho deses caras, porque temos a certeza que virá mais um bom exemplar do verdadeiro, bom e velho Rock'n Roll. Para ouvir, acesse: http://www.myspace.com/broughtlow/music

Quiksilver Pro Gold Coast Australia 2012

Este video mostra os melhores momentos do 1º round do Quiksilver Pro Gold Coast. Os destaques do dia foram John Florence e Kelly Slater, que marcaram 19,60 e 18,80 pontos nas suas primeiras baterias.

Groundation - Discografia

Banda de Reggae da Califórnia, o Groundation foi formado em 1998 pelo guitarrista / vocalista / letrista Harrison Stafford, pelo tecladista Marcus Urani e pelo baixista Ryan Newman, o resto do pessoal da banda tem flutuado. A partir de 2009, incluiram uma secção de metais composta por David "Diesel" Chachere (trompete), Kelsey Howard (trombone) e Jason Dr. Robinson (saxofone), bem como o percussionista Mingo Lewis Jr. e Kim, e os cantores Pommell e Stephanie Wallace.

A discografia contempla 7 discos. Lançaram seu álbum de estréia, "Young Tree", em 1999, de forma independente. Em seguida, veio "Each One Teach One",  de 2001. O disco apresentou como convidados Ras Michael e Marcia Higgs. "Hebron Gate", lançado em 2002, incluiu Don Carlos & the Congos. Don Carlos também apareceu em "We Free Again", de 2004, que conta também com a presença de Apple Gabriel, do Israel Vibration. Em 2006, lançaram um disco de Dub, "Dub Wars". Também em 2006, saiu "Upon the Bridge". Seu último lançamento foi em 2009, "Here I Am".

"Young Tree" - 1999



"Each One, Teach One" - 2001

"Hebron Gate" - 2003



"We Free Again" - 2004



"Dub Wars" - 2005

"Upon the Bridge" - 2006

"Here I Am" - 2009

http://www.groundation.com/

Bon Iver

Não sou muito fan do estilo "Indie", a maioria das bandas são muito parecidas, apesar de vez ou outra me deparar com algumas que fazem melodias contagiantes e criam climas que nos elevam às imensidões do universo. Bon Iver é um desses grupos de "Indie Folk" que tem em seu mentor, Justin Vernon, sua alma.

Sua sonoridade límpida, de natureza orgânica, caracterizada pelo folk ambiente, contamina. Lançou o primeiro disco, For Emma, Forever Ago em 2008. O instrumental suave permite que a voz também suave de Vernon se sobresaia, quando necessário, para depois se perder entre dedilhados de guitarra ou acordes de piano de forma muito simples. Ano passado lançou o segundo disco, auto intitulado, Bon Iver, album vencedor de um Grammy na categoria "Melhor Disco Alternativo".

Australian Open of Surfing 2012

O Australian Open of Surfing, patrocinado pela Hurley e Billabong, é o evento que abre a "perna" australiana para o circuito mundial. Essa etapa rola de 11 a 19 de fevereiro em Manly Beach, Sidney.

São nove dias de festa com os melhores surfistas australianos, além da presença daqueles que correm por fora atrás de pontos para ingressarem no circuito mundial. Os brasileiros marcaram presença com força e tivemos dois atletas em 5º lugar: Alex Ribeiro e Jesse Mendes.

Paralelamente ao evento principal, rola também um campeonato de skate vertical com três categorias, Junior, Pro e Master. Mais uma vez, o Brasil foi destaque. O catarinense Pedro Barros, de apenas 16 anos, faturou o primeiro lugar na categoria profissional e o carioca Bob Burnquist ficou em quarto.

Band of Joy - 1968

"I Gotta Find My Baby"

Esta é uma música de uma das bandas mais raras que você possa ouvir. Foi gravada numa fita promo e lançada em 1968 apenas nas Midlands. Nunca chegaram a gravar discos, apenas demos promocionais. Informações também são raríssimas. Uma pena, porque é tamanha sua importância, mesmo sem registros.

O pouco que sei, é que foi formada em 1966, em West Bromwich, próximo a Birmingham, Inglaterra. Tinha como membros John Bonham(bateria) e o cantor Robert Plant, que viriam a impressionar Jimmy Page quando este procurava músicos para formar o Lep Zeppelin. O som era o tradicional blues inglês da época, com influências do Folk.

Robert Plant, após o fim do Zeppelin, reativou a banda, com outros músicos, mas isso é uma outra história...

The Baby Huey Story - The Living Legend

The Baby Huey Story: The Living Legend

Nascido James Ramey na pequena Richmond, Indiana, em 1944, essa figura era muito querida na cena local de Chicago nos anos '60. Reconhecido pela sua, literalmente, enorme e emocionante presença de palco, Baby Huey montou ao lado de amigos a Baby Huey & The Babysitters e consegiu gravar seu disco pelo selo de Curtis Mayfield. Este disco, The Baby Huey Story: The Living Legend, contou com várias músicas de Curtis(mais notavelmente "Hard Times" e Mighty Mighty Children"), além de um cover de Sam Cooke, "A Change is Gonna Come" uma balada sensacional. O album mescla Funk, Psicodelia e Rock.

Infelizmente, Baby Huey não viveu para ver o seu sucesso. O seu peso avantajado devido a um disturbio glandular e problemas pelo abuso de drogas exigiam muito de seu corpo e em 28 de outubro de 1970, aos 26 anos, ele sofreu um ataque cardíaco em um quarto de hotel em Chicago, vindo a falecer. Seu estilo vocal chegou a atrair comparações com Otis Redding. Hoje em dia, o disco tornou-se um clássico do estilo e um item bastante cobiçado entre fanáticos colecionadores. Vários artistas de Rap e Hip Hop já fizeram versões dessas músicas.

Este é um dos melhores, mais importantes e influentes exemplares da Black Music dos anos '70.