The Baggios - Sina

Quando escutei o The Baggios pela primeira vez, à época do lançamento do seu primeiro Demo, tomei um susto: pensei estar ouvindo Raul Seixas cantando com o The White Stripes. Aquilo era único! Era uma puta banda de blues pesado, cantando as nossas raízes nordestinas com muita autonomia, muito estilo, agressividade e melodia. 

Tratei de comprar logo o "disquinho" que estava à venda num sebo de uma amigo, porque além de dar uma força para os "cabras", tinha certeza que aquilo era apenas o embrião de algo que seria grande, e que iria arrebentar num futuro próximo.

O futuro chegou, e hoje, com o mais novo disco, Sina, depois de um longo caminho percorrido com vários prêmios no peito, escuto as mesmas influências, embora altamente enriquecidas pelas experiências vividas nas estradas da vida.

O disco é muito bom, excelente! É fácil colocá-lo entre os melhores lançamentos do ano ao lado de discos de bandas gigantes ao redor do mundo. Não estou exagerando, é a pura verdade. São doze faixas do mais puro Rock 'n Roll. Sem dúvida, uma das melhores bandas brasileiras.

Discografia:

Demo 2007

Hard Times 2009

The Baggios 2011

Acústico Aperipê 2012

Sina 2013

Para ouvir: 

https://soundcloud.com/thebaggios/

Para saber mais:

http://site.thebaggios.com.br/

As Melhores da Década

Ando meio sem vontade de postar algo no Blog, aliás, essa animosidade vem me acompanhando como uma sombra há alguns meses. Não sei, mas me parece que é reflexo do tempo, frio, chuvoso, cinza, desse vento que perturba nossos sonhos, nossas ondas.

Faz exatamente um mês da última postagem, então, meio que forçando a barra, resolvi atualizar esse "caderno" com algo que achei interessante no Facebook.

Faço parte de um grupo de maníacos por Rock 'n Roll que movimentavam um Blog, fechado pela DMCA, no qual, além de bandas clássicas e obscuras dos anos 70, muita coisa nova voltada para aquele período era diariamente divulgada. 

O dono do Blog e criador do grupo lançou ontem uma brincadeira para que cada membro elegesse suas dez preferidas da última década. Não é tarefa fácil, mas não pensei muito e fiz minha lista mesmo sabendo que estava deixando de fora algumas preciosidades. Ficou assim:
1º Witchcraft
2º Black Mountain
3º Wolfmother
4º Siena Root
5º Gin Lady
6º Zodiac
7º Freedom Hawk
8º Graveyard
9º Rival Sons
10º The Brought Low

Hoje o resultado foi divulgado, e nos cinco primeiros lugares ficaram sete bandas, porque três empataram em quinto, e a grande campeã foi a Graveyard com 21% dos votos, seguida pela Witchcraft com 19%, Kadavar com 15%, Siena Root com 12%, e as demais com 10%.

1º Graveyard
2º Witchcraft
3º Kadavar
4º Siena Root
5º Radio Moscow / Wolfmother / The Sword

Graveyard

Um dado interessante, mas que não é surpresa, é a procedência das bandas, pois nesse estilo de música, a Suécia vem demonstrando extrema supremacia, e não deu outra. Das sete mais votadas, três são suecas.

Com exceção da presença do The Sword, não fiquei surpreso com o resultado, já que das outras seis, quatro estão na minha lista, e as outras duas, Kadavar e Radio Moscow, quase entraram. 
Com a divulgação, vieram as polêmicas, e a maior ficou por conta da presença do Wolfmother, que apesar de ter feito um disco entre os melhores de todos os tempos, os sucessores estão abaixo da média.

Banda do Dia 12.08.2013: Led Zeppelin

No dia 12 de agosto de 1968 esses quatro caras fizeram um som juntos pela primeira vez. Foi numa pequena sala, nos arredores de Londres, que Jimmy Page, depois de muito esforço, conseguiu convencê-los a acompanhá-lo na sua nova banda que surgiria com o fim dos Yardbirds. Na época, ainda sob o nome The New Yardbirds, eles começaram com Train Kept A Rollin'. A química funcionou, os "quatro elementos" se fundiram de forma maciça, indestrutível. Jimmy tinha razão, não poderia ser de outra forma, nenhum outro membro se encaixaria tão perfeitamente! Tocaram a noite inteira, e todos saíram dali impressionados com o que tinha acontecido. Se havia alguma dúvida por parte de alguém até antes daquele encontro, a partir dali só certezas. 

Social Distortion

O Social Distortion é um dos meus preferidos de todos os tempos, é especial!! A sua música vai fundo nos meus sentimentos, transmite uma energia positiva por todo meu corpo, as letras me condenam...

Era meados dos anos 80, quando assistindo ao filme Pump!, da Billabong, escutei pela primeira vez uma música da banda, Prison Bond. A partir daquele dia, fiz uma cópia do filme e assistia-o todos os dias, tanto pelas ótimas imagens, como pela trilha sonora alucinante. 

Passei muitos anos escutando apenas aquela música da banda, pois não tinha acesso ao restante, fiz uma cópia para uma fita K7, e era minha trilha sonora para todas as sessões de surf, até que um dia ousei em encomendar um disco nos EUA, o Somewhere Between Heaven and Hell. Fiquei alucinado! O que era aquilo? Um petardo!! Músicas como Cold Feelings, Born to Lose, King of Fools, eram fontes de energia...

Passei então a procurar conhecer a banda, sua história, seus membros, e a comprar toda a discografia. A cada disco que conseguia, ficava mais apaixonado por aquela música. Tinha uma ligação muito forte com tudo ligado a eles, era uma identificação espontânea. 

Hoje, trinta anos desde o lançamento do primeiro disco, quase trinta anos desde aquele meu primeiro contato, ainda sou louco pela banda, tenho todos os discos, e sempre fico na expectativa por novos lançamentos. 

Mike Ness, o líder absoluto do grupo, mesmo depois de tantos transtornos, tantos vícios, vem fazendo história com sua banda mantendo as origens alheio às novidades. E é isso que também me impressiona, me inspira, que me faz valorizar o cara, a sua honestidade, o respeito pelos fans, a verdade com que faz sua música. Espero que ainda lancem muitos discos, e quem sabe um dia, ainda possa vê-los ao vivo...

http://www.socialdistortion.com/

Banda do Dia 06.08.2013: Alice in Chains

Fugindo um pouco das postagens com bandas novas, hoje quem chega por aqui é uma banda "REnovaDA". O Alice in Chains já tem mais de 20 anos de estrada, mas lançou este ano um discaço soando como uma banda totalmente atual. A obra chama-se "The Devil Put Dinosaurs Here". Disse "obra" porque são quase 70 minutos de uma música complexa, cheia de elementos, mas sem fugir da origem do grupo. 

No próximo mês de setembro eles farão uma apresentação em São Paulo. Os "dinosauros" estarão por aqui, e em ótima forma...

http://www.aliceinchains.com/home/

Banda do Dia 04.08.2013: Dirty Streets

A banda de hoje, o Dirty Streets, vem do Mississippi, terra do blues, origem da música deles. O grupo é um trio que faz um som semelhante ao Black Crowes, mas prefiro o vocal de Justin Toland, que também manda muito nas guitarras, no entanto, eles dizem que suas influências são o Humble Pie e o Cream. 

Acabam de lançar o terceiro álbum, "Blades of Grass", um disco muito bom, na minha opinião, melhor que os dois anteriores, "Portrait of a Man" e "Movements"que foram gravados pela própria banda e também são bons, mas agora, o som ficou mais voltado às origens, ao blues, o que deu muito mais sentimento às canções.

2013

2011

2009

https://myspace.com/thedirtystreets/music/songs

http://dirtystreets.bandcamp.com/
http://www.reverbnation.com/thedirtystreets
http://dirtystreets.wordpress.com/

Banda do Dia 04.08.2013: Zed Head

O Canada sempre nos surpreende com excelentes bandas, e essa é mais uma dessas. O Zed Head é um bando de malucos por motocicletas, mulheres, farras e rock 'n roll, mas não se engane, os caras tocam pra cacete, e fazem um som, como descreve o próprio líder, o baixista John "The Fogman" Burkitt, Southern Rock 'n Roll and Blues Boogie, bem apropriado! 

Eles tem apenas um disco, que pode ser encontrado com dois nomes, "Mortal Man" e "Texas Cufflinks", e três capas diferentes, coisa de maluco!

http://zedhead.ca/index.php
https://myspace.com/zedheadrock

Banda do Dia 02.08.2013: Wolfmother

Em 2005, a Quiksilver lançou um filme de surf chamado Young Guns 2. Como sempre, excelentes imagens com uma trilha sonora arrasadora. Mas esse filme destacou uma banda com duas músicas na trilha, a Wolfmother. Não deu outra, foi imediato o sucesso daquelas duas músicas, o que gerou um desejo enorme por conhecer a banda.

O Wolfmother era um grupo novo, um Power Trio vindo da Australia, totalmente desconhecido, que ainda não tinha lançando seu primeiro disco, apenas um EP: Wolfmother(2004). Formado por Andrew Stockdale(guitarras e vocais), Chris Ross(baixo e teclado), e Myles Heskett(bateria), tocavam algo entre Led Zeppelin e Black Sabbath, um absurdo de som! Lembro-me de comentar com os amigos que há anos não escutava algo novo tão bom!!

Mas tudo que é bom dura pouco, e eles só lançaram dois discos, Wolfmother(2006) e Cosmic Egg( 2009). Boatos surgiram sobre o fim da banda, mas eles nunca chegaram a anunciar este fim.

Ano passado, depois de algumas mudanças na formação, muita expectativa foi gerada acerca do retorno do Wolfmother. Comentou-se inclusive que algum material já estava sendo gravado para um novo álbum, que sairia este ano.

Bom, a verdade é que Andrew Stockdale, que sempre esteve à frente do grupo, nunca esteve parado, e aproveitou esse hiato para lançar seu disco solo, chamado Keep Moving. O disco é um pouco irregular,  são 17 músicas, mas algumas são dignas do Wolfmother. "Long Way to Go" e "Let it Go" tem o feeling do Zeppelin; "Keep Moving" é um blues rasgado com um riff pesado de guitarra; "Somebody's Calling" e "Year of the Dragon" são as faixas mais parecidas com a banda original; e "Suitcase" é uma balada country muito bonita, só para destacar algumas.

Talvez esse seja o fim do Wolfmother, porque Andrew Stockdale sempre se posicionou como líder do grupo, e esse trabalho solo pode levá-lo a seguir carreira independente, tudo vai depender do sucesso da empreitada...

Banda do Dia 01.08.2013: Elvis Deluxe

Para começar esta série que chamei de Banda do Dia, que devo levar como uma brincadeira, um passa tempo, a escolhida foi a Elvis Deluxe, por nenhuma razão especial, apenas por seus três discos estarem na minha máquina há alguns dias, "esquecidos", e só hoje de manhã, quando resolvi escutá-los, veio-me a ideia desta postagem.

O grupo formado em 2002 com características Stoner é considerado pioneiro no país de origem, a Polônia. Até hoje, só gravaram três discos: Lazy(2007), Favourite State of Mind(2011), e The Story So Far(2013).

Série: Bandas do Dia

Este ano, agora em agosto, faço 45 anos de idade, dos quais 33 ligados ao Rock 'n Roll e ao Surf. Foi em  1980 quando tudo começou. Ganhei meu primeiro system, um Gradiente modulado com pick up, deck e amplificador, que ficou comigo por mais de 20 anos. Comecei a comprar meus primeiros discos, LPs na época, foram centenas! Acredito que a coleção tenha chegado a mil títulos, mas com a chegado dos CDs, infelizmente, comecei a substituir os vinis pelos disquinhos que ofereciam mais praticidade e qualidade. Hoje me arrependo profundamente pelo que fiz! Vendi, troquei e até dei alguns títulos raríssimos, que hoje são totalmente impossíveis de serem recuperados.

Continuei com os CDs, sempre comprando no exterior, já que minhas preferencias dificilmente chegam a ser lançadas por aqui, e ainda hoje faço isso, mas reservo-me a comprar somente os melhores, pois além de já ter uma discografia numerosa, os preços não estão nada atraentes, e a facilidade para conseguir os importados na internet é grande, devido aos inúmeros blogs como esse.

Com tudo isso, pela minha sede insaciável por descobertas, milhares de bandas já passaram pelos meus ouvidos, muitas ficaram, outras foram descartadas, e assim foi-se formando a minha preferência, que, naturalmente, muda com o tempo, sem nunca fugir da origem, o velho Rock 'n Roll.

Comemorando a data, a partir de hoje, 01 de agosto de 2013, vou postar diariamente, assim pretendo, a "Banda do Dia". O objetivo é trazer àqueles que não dispõem de tempo ou não sabem como "escavar" todas essas preciosidades que nos trazem tanto prazer, bandas novas ou não, com prioridade àquelas pouco conhecidas, ou que tenham sido lançadas recentemente, e que sejam relevantes para o cenário, mas muitas vezes passam despercebidas pela maioria.

JJ Cale R.I.P.

Ontem, 26 de julho de 2013, o mundo perdeu mais um grande músico, JJ Cale! Segundo o site oficial do músico, ele sofreu um ataque cardíaco e veio a falecer.

Cale começou a carreira numa parceria com Leon Russel em 1959 tocando em clubes na região de Tulsa. Em 1964, tocou com Delaney and Bonnie, e a partir de 1965 decidiu arriscar na carreira solo, mas foi só em 1971, após sua música After Midnight fazer sucesso com Eric Clapton que ele conseguiu o primeiro contrato para gravar seu primeiro disco.

Mesmo nunca atingindo sucesso comercial, seu estilo e técnica eram admirados por muitos. Ao longo da carreira, gravou 15 álbuns, fez várias parcerias e teve músicas gravadas por inúmeros artistas.

Mick Jagger 70 Anos

Vamos colocar o disco para tocar e partir o bolo, porque hoje é o aniversário dessa estrela que não se cansa de brilhar...

Roxy Pro Biarritz 2013

Depois de quase uma semana de espera, a direção de prova do Roxy Pro Biarritz, acordado com a empresa patrocinadora, resolveu cancelar a 6ª etapa do circuito feminino por total falta de ondas. Anunciaram que o evento acontecerá em setembro. Continuamos na torcida pela brasileira Silvana Lima, que está amargando um 14º lugar, precisando de uma boa colocação para permanecer na elite.

Jason Bonham, 15 de julho de 1966

Em 15 de julho de 1966 nascia Jason Bonham. Esse garotinho ai, nessa idade, já tocava bateria melhor do que muitos bateristas "profissionais". Duvida? Se não o reconhecem, leiam o sobrenome da fera!!

British Rock Meeting

Cartaz do 1º British Rock Meeting, festival que rolou na Alemanha nos dias 4 e 5 de setembro de 1971. O Black Sabbath tinha acabado de lançar o Master of Reality e foi o carro chefe, mas olha quem também tocou: Deep Purple, Fleetwood Mac, Rory Gallaher, The Faces, Fairport Convention, Stone the Crows, Juicy Lucy, Gentle Giant, Curved Air, entre outros...

Alguém ai tem uma máquina do tempo?

Sucking The 70's

Para quem não está familiarizado com o termo Stoner, vou dar uma "palhinha". O Heavy Metal tem várias vertentes, e uma delas é o Stoner, que muitas vezes se confunde com o Desert. É um estilo que teve início nos anos 90 e vem do metal, porém tem uma pegada mais arrastada, com guitarras "sujas", em tons graves que acentuam o peso. As letras giram em torno de festas, carros, drogas e viagens, e as influências vem de bandas de hard rock e da psicodelia setentistas. 

As principais bandas que deram início ao movimento vieram da California, o Fu Manchu, o Monster Magnet e o Kyuss, foram os maiores expoentes. Poderia até citar um nome, um músico que pode ser responsabilizado pela cena, Josh Homme. Homme foi guitarrista do Kyuss, e com o fim da banda formou o Queens of the Stone Age. O QOTSA teve inúmeras formações e gravou alguns dos principais discos do estilo. Além do Queens, Homme encabeça o projeto The Desert Sessions, que já gravou 10 volumes com dezenas de nomes.

Em '97 e '98 foram lançadas duas coletâneas apresentando várias bandas do estilo. Foi uma ótima oportunidade para divulgar grupos que por estarem no "cast" de pequenas gravadoras, dificilmente chegariam ao "mainstream".

Com a boa recepção e expansão do estilo, um pouco depois, em 2002 e 2006, mais duas coletâneas foram lançadas, dessa vez só com covers de clássicos dos anos 70, inclusive de vários estilos, passando pelos Beatles, Neil Young, Zeppelin, Ac/Dc, Elton John, Devo, Lynyrd, Rush, Ray Charles, entre tantos outros.

Apesar de muita gente, inclusive grandes roqueiros, experts no assunto, criticarem os covers, sob muitos aspectos, eu não faço críticas, pelo contrário, acho uma ótima forma para homenagear aqueles que tanto nos inspiram. Não podemos tratar os covers como uma fraqueza, ou falta de capacidade e criatividade. Não vejo assim. Prefiro divertir-me com eles, e acreditem, não são raras às vezes em que as versões agradam mais que as originais.

Hoje em dia, existem centenas de bandas de vários países que se destacam na cena Stoner, mas uma mina foi descoberta no leste europeu, onde parece que um veio brota sem parar. A gravadora sueca Transubstan vem apostando alto e já lançou bandas excelentes como Graveyard, Witchcraft, Uncle Acid, Mushroom River Band, Spiritual Beggars, Marulk, Siena Root, entre tantas outras que estão fazendo a cabeça da moçada.

Para ouvir: http://www.transubstans.com/?module=media

Samsara Blues Experiment - Rockpalast 2012

A Samsara Blues Experiment é uma banda hipnótica de Berlim que explora, com base no blues, um estilo retro pesadão, cheio de experimentos em várias transições. As músicas são longas, dando espaço aos improvisos dos dois excelentes guitarristas. Nesse show, gravado no Rockpalast do ano passado, temos um pouco dos dois álbuns lançados até agora.

Tracklist:

01. 00:15 Singata(Mystic Queen)

02. 08:00 Hangin' On The Wire

03. 13:57 Army Of Ignorance

04. 19:46 For The Lost Souls

05. 28:26 Into The Black

06. 35:10 Center Of The Sun

07. 46:58 Outside Inside Blues

Discografia:

2010. Long Distance Trip

http://samsarabluesexperiment.bandcamp.com/album/long-distance-trip

2011. Revelation & Mystery

http://samsarabluesexperiment.bandcamp.com/

http://www.samsarabluesexperiment.com/

Vamos pra rua...

É chegada a hora! Estivemos calados e inertes por muito tempo. Não somos cegos, não somos mudos, não somos fracos. Vamos ocupar as ruas em manifestações para demonstrar a revolta e os anseios de cada um dos brasileiros insatisfeitos com toda essa situação que vivemos e sofremos. Infelizmente, alguns bandidos se aproveitam para saquear e depredar bens públicos e privados, mas para esses existe polícia, e ela deve agir com rigor.

A revolta pode e deve ser demonstrada com palavras e atitudes positivas e até agressivas, a quem nos agride, não a esmo.

Temos muito a protestar, queremos muito mais do que nos oferecem, temos o direito de requerer, temos o direito de receber não o mínimo, mas o máximo que o governo deve nos proporcionar. A começar pelo que está na nossa Constituição: Educação Pública de Qualidade, não essa que nos coloca numa das piores posições do mundo; Saúde Pública com hospitais bem equipados e com médicos e enfermeiros suficientes e capacitados para proporcionar a todos um atendimento digno de um ser humano; Segurança Pública, Transportes Públicos de qualidade por um preço justo; entre tantos outros direitos.

Ontem, depois de tantos dias de manifestações, finalmente a "presidentA" resolveu se pronunciar, e o que vimos foi um discurso vazio, fraquíssimo, que a ninguém conseguiu enganar. Estamos fartos dessa conversinha fiada, de promessas inconsistentes. Exigimos ações que gerem soluções imediatas, transparência absoluta no uso do dinheiro público; reforma política em todos os níveis; investimentos condizentes com as necessidades do país. Não podemos aceitar essa impunidade parlamentar, essa legislação que só a eles favorecem, aguentamos por demais tanta injustiça. Vamos continuar protestando até sermos levados a sério, até que as mudanças comecem a acontecer. Não vamos nos calar, não vamos esmorecer. Vamos pra rua.

Gin Lady - Mother's Ruin

No próximo dia 9 fará um ano desde que descobri essa banda maravilhosa. Remanescentes do Black Bonzo, esses suecos fizeram um disco que, na minha opinião, foi, junto com o A Bit of Devil, do Zodiac, o melhor álbum do ano passado.

Com os melhores elementos do Hard Rock e dos clássicos dos anos 70, segundo eles, influenciados pelos The Faces, Cream e Blue Oyster Cult, acaba de ser lançado, pela Transubstan Records, praticamente um ano depois do seu debut, o segundo trabalho entitulado Mother's Ruin, dessa vez, um disco duplo.

Muitíssimo aguardado, o disco segue a forma do primeiro, porém um tanto mais variado, mais rico, e isso é bom e natural. Os caras não tentaram simplesmente copiar o sucesso anterior, arriscaram-se por outros ares bebendo de outras influências, ou externando tudo aquilo que pode ter sido restringido na estréia.

Acredito que Mother's Ruin vai agradar a todos os fans da banda, a mim, pelo menos, já conquistou.

Bronzed Aussies

Lembro lá do meu comecinho no surf, quando lia a primeira revista brasileira que trazia algumas matérias sobre surf, a Revista Pop. O surf entrava numa nova era, no profissionalismo. Imagens de uns surfistas australianos que usavam uniforme e defendiam marcas eram novidade até então.

Formado na Australia em 1976, o Bronzed Aussies foi o embrião do surf profissional. O grupo formado por três dos melhores surfistas daquele país, Ian Cairns, Mark Warren e Peter Townend, teve a idéia de unir forças para buscar patrocínios e exposição na mídia como uma equipe, logo reforçada com o campeão junior australiano daquele ano, Cheyne Horan.

Surfer 1976

Edição da Revista Surfer de 1976 com o primeiro campeão mundial de surf, o australiano Peter Townend.

David Gilmour - 25 de Maio de 1978

Em 25 de maio de 1978, há 35 anos, David Gilmour lançou esta pequena obra criativa emancipando-se do Pink Floyd, que a essa altura estava desintegrando-se.

Acredito que na maioria das vezes é fácil julgar um disco pela sua capa, e se tiver um encarte decente fica ainda mais esclarecedor, e este é um ótimo exemplo disso. 

É claro que não tive acesso a esse álbum no seu lançamento, porque tinha apenas 10 anos de idade, e na verdade, foi só por volta de 1988, mesmo já há muito tempo curtindo o Pink Floyd que eu escutei este disco pela primeira vez quando um amigo me apresentou numa fita K7 esta "pérola".  

Hoje, mesmo possuindo uma cópia original, que por sinal está bem gasta, comprei um relançamento recheado com um belíssimo encarte com fotos e créditos que não estavam na versão anterior.

Agora posso julgar melhor, loucura de fan colecionador.

Nova Regra de Interferência

Este ano, a ASP fez uma alteração na regra de prioridade/interferência que acaba de ser aplicada no Billabong Pro Rio de Janeiro.

Até o ano passado, não havia prioridade nas baterias com três atletas, mas a partir de agora, com a nova regra valendo, aquele que cometer interferência em quem tiver a prioridade, será punido com a perda de uma onda, o que torna praticamente impossível sua classificação. 

Para a interferência cometida em cima de quem não tem prioridade, continua valendo o corte de 50% da segunda melhor onda.

O exemplo aconteceu na primeira bateria da quarta fase, quando Taj Burrow vinha vencendo com folga, mas cometeu interferência em cima de Nat Young, que tinha a prioridade, e assim perdeu uma das suas melhores ondas, e ficou em último.
Outra ocorrência interessante aconteceu entre Gabriel Medina e Adrian Buchan, quando Gabriel, com prioridade, viu Ace numa onda muito boa e entrou na frente para impedí-lo de surfar a onda. Os juízes não anotaram interferência de nenhum dos dois, porque levaram em consideração que Adrian, que estava atrás de Medina, não lesou o potencial da onda de Gabriel. Muito bem anotado!

The Raconteurs Live

Ronnie James Dio

Hoje, 16 de maio, faz três anos que "a voz" nos deixou.
Vamos matar a saudade...