No dia 12 de agosto de 1968 esses quatro caras fizeram um som juntos pela primeira vez. Foi numa pequena sala, nos arredores de Londres, que Jimmy Page, depois de muito esforço, conseguiu convencê-los a acompanhá-lo na sua nova banda que surgiria com o fim dos Yardbirds. Na época, ainda sob o nome The New Yardbirds, eles começaram com Train Kept A Rollin'. A química funcionou, os "quatro elementos" se fundiram de forma maciça, indestrutível. Jimmy tinha razão, não poderia ser de outra forma, nenhum outro membro se encaixaria tão perfeitamente! Tocaram a noite inteira, e todos saíram dali impressionados com o que tinha acontecido. Se havia alguma dúvida por parte de alguém até antes daquele encontro, a partir dali só certezas.
O Social Distortion é um dos meus preferidos de todos os tempos, é especial!! A sua música vai fundo nos meus sentimentos, transmite uma energia positiva por todo meu corpo, as letras me condenam...
Era meados dos anos 80, quando assistindo ao filme Pump!, da Billabong, escutei pela primeira vez uma música da banda, Prison Bond. A partir daquele dia, fiz uma cópia do filme e assistia-o todos os dias, tanto pelas ótimas imagens, como pela trilha sonora alucinante.
Passei muitos anos escutando apenas aquela música da banda, pois não tinha acesso ao restante, fiz uma cópia para uma fita K7, e era minha trilha sonora para todas as sessões de surf, até que um dia ousei em encomendar um disco nos EUA, o Somewhere Between Heaven and Hell. Fiquei alucinado! O que era aquilo? Um petardo!! Músicas como Cold Feelings, Born to Lose, King of Fools, eram fontes de energia...
Passei então a procurar conhecer a banda, sua história, seus membros, e a comprar toda a discografia. A cada disco que conseguia, ficava mais apaixonado por aquela música. Tinha uma ligação muito forte com tudo ligado a eles, era uma identificação espontânea.
Hoje, trinta anos desde o lançamento do primeiro disco, quase trinta anos desde aquele meu primeiro contato, ainda sou louco pela banda, tenho todos os discos, e sempre fico na expectativa por novos lançamentos.
Mike Ness, o líder absoluto do grupo, mesmo depois de tantos transtornos, tantos vícios, vem fazendo história com sua banda mantendo as origens alheio às novidades. E é isso que também me impressiona, me inspira, que me faz valorizar o cara, a sua honestidade, o respeito pelos fans, a verdade com que faz sua música. Espero que ainda lancem muitos discos, e quem sabe um dia, ainda possa vê-los ao vivo...
Fugindo um pouco das postagens com bandas novas, hoje quem chega por aqui é uma banda "REnovaDA". O Alice in Chains já tem mais de 20 anos de estrada, mas lançou este ano um discaço soando como uma banda totalmente atual. A obra chama-se "The Devil Put Dinosaurs Here". Disse "obra" porque são quase 70 minutos de uma música complexa, cheia de elementos, mas sem fugir da origem do grupo.
No próximo mês de setembro eles farão uma apresentação em São Paulo. Os "dinosauros" estarão por aqui, e em ótima forma...
A banda de hoje, o Dirty Streets, vem do Mississippi, terra do blues, origem da música deles. O grupo é um trio que faz um som semelhante ao Black Crowes, mas prefiro o vocal de Justin Toland, que também manda muito nas guitarras, no entanto, eles dizem que suas influências são o Humble Pie e o Cream.
Acabam de lançar o terceiro álbum, "Blades of Grass", um disco muito bom, na minha opinião, melhor que os dois anteriores, "Portrait of a Man" e "Movements"que foram gravados pela própria banda e também são bons, mas agora, o som ficou mais voltado às origens, ao blues, o que deu muito mais sentimento às canções.
O Canada sempre nos surpreende com excelentes bandas, e essa é mais uma dessas. O Zed Head é um bando de malucos por motocicletas, mulheres, farras e rock 'n roll, mas não se engane, os caras tocam pra cacete, e fazem um som, como descreve o próprio líder, o baixista John "The Fogman" Burkitt, Southern Rock 'n Roll and Blues Boogie, bem apropriado!
Eles tem apenas um disco, que pode ser encontrado com dois nomes, "Mortal Man" e "Texas Cufflinks", e três capas diferentes, coisa de maluco!
Em 2005, a Quiksilver lançou um filme de surf chamado Young Guns 2. Como sempre, excelentes imagens com uma trilha sonora arrasadora. Mas esse filme destacou uma banda com duas músicas na trilha, a Wolfmother. Não deu outra, foi imediato o sucesso daquelas duas músicas, o que gerou um desejo enorme por conhecer a banda.
O Wolfmother era um grupo novo, um Power Trio vindo da Australia, totalmente desconhecido, que ainda não tinha lançando seu primeiro disco, apenas um EP: Wolfmother(2004). Formado por Andrew Stockdale(guitarras e vocais), Chris Ross(baixo e teclado), e Myles Heskett(bateria), tocavam algo entre Led Zeppelin e Black Sabbath, um absurdo de som! Lembro-me de comentar com os amigos que há anos não escutava algo novo tão bom!!
Mas tudo que é bom dura pouco, e eles só lançaram dois discos, Wolfmother(2006)e Cosmic Egg( 2009). Boatos surgiram sobre o fim da banda, mas eles nunca chegaram a anunciar este fim.
Ano passado, depois de algumas mudanças na formação, muita expectativa foi gerada acerca do retorno do Wolfmother. Comentou-se inclusive que algum material já estava sendo gravado para um novo álbum, que sairia este ano.
Bom, a verdade é que Andrew Stockdale, que sempre esteve à frente do grupo, nunca esteve parado, e aproveitou esse hiato para lançar seu disco solo, chamado Keep Moving. O disco é um pouco irregular, são 17 músicas, mas algumas são dignas do Wolfmother. "Long Way to Go" e "Let it Go" tem o feeling do Zeppelin; "Keep Moving" é um blues rasgado com um riff pesado de guitarra; "Somebody's Calling" e "Year of the Dragon" são as faixas mais parecidas com a banda original; e "Suitcase" é uma balada country muito bonita, só para destacar algumas.
Talvez esse seja o fim do Wolfmother, porque Andrew Stockdale sempre se posicionou como líder do grupo, e esse trabalho solo pode levá-lo a seguir carreira independente, tudo vai depender do sucesso da empreitada...
Para começar esta série que chamei de Banda do Dia, que devo levar como uma brincadeira, um passa tempo, a escolhida foi a Elvis Deluxe, por nenhuma razão especial, apenas por seus três discos estarem na minha máquina há alguns dias, "esquecidos", e só hoje de manhã, quando resolvi escutá-los, veio-me a ideia desta postagem.
O grupo formado em 2002 com características Stoner é considerado pioneiro no país de origem, a Polônia. Até hoje, só gravaram três discos: Lazy(2007), Favourite State of Mind(2011), e The Story So Far(2013).
Este ano, agora em agosto, faço 45 anos de idade, dos quais 33 ligados ao Rock 'n Roll e ao Surf. Foi em 1980 quando tudo começou. Ganhei meu primeiro system, um Gradiente modulado com pick up, deck e amplificador, que ficou comigo por mais de 20 anos. Comecei a comprar meus primeiros discos, LPs na época, foram centenas! Acredito que a coleção tenha chegado a mil títulos, mas com a chegado dos CDs, infelizmente, comecei a substituir os vinis pelos disquinhos que ofereciam mais praticidade e qualidade. Hoje me arrependo profundamente pelo que fiz! Vendi, troquei e até dei alguns títulos raríssimos, que hoje são totalmente impossíveis de serem recuperados.
Continuei com os CDs, sempre comprando no exterior, já que minhas preferencias dificilmente chegam a ser lançadas por aqui, e ainda hoje faço isso, mas reservo-me a comprar somente os melhores, pois além de já ter uma discografia numerosa, os preços não estão nada atraentes, e a facilidade para conseguir os importados na internet é grande, devido aos inúmeros blogs como esse.
Com tudo isso, pela minha sede insaciável por descobertas, milhares de bandas já passaram pelos meus ouvidos, muitas ficaram, outras foram descartadas, e assim foi-se formando a minha preferência, que, naturalmente, muda com o tempo, sem nunca fugir da origem, o velho Rock 'n Roll.
Comemorando a data, a partir de hoje, 01 de agosto de 2013, vou postar diariamente, assim pretendo, a "Banda do Dia". O objetivo é trazer àqueles que não dispõem de tempo ou não sabem como "escavar" todas essas preciosidades que nos trazem tanto prazer, bandas novas ou não, com prioridade àquelas pouco conhecidas, ou que tenham sido lançadas recentemente, e que sejam relevantes para o cenário, mas muitas vezes passam despercebidas pela maioria.
.jpg)
.jpg)
