Lá se vão quatro anos desde que essa banda apareceu e colocou - pelo menos aqui - seu debut entre os melhores discos de 2015.
Numa linha Pych Blues Rock, o novo album, terceiro do grupo, coloca mais uma vez a banda entre as minhas preferidas do estilo.
Blessed is the Boogie é um disco de Rock and Roll vintage, tão bom quanto os clássicos albuns do Status Quo e Savoy Brown, claras influencias desses australianos que mais uma vez refrescam a cena com uma música repleta de guitarras afiadíssimas e melodias marcantes.
A Pristine já não é mais uma grata surpresa, está solidificada como mais uma grande banda da região da Escandinávia. Essa região vem nos mostrando algumas das melhores bandas da década, sobretudo no quesito Metal, no qual a Noruega é destaque absoluto. Mas a Pristine, embora Norueguesa, não se enquadra nesse estilo. Sim, tem bastante peso, mas é Hard Rock com fortes influências do Blues e até pitadas de Folk.
Com quase dez anos de estrada e cinco albuns, a banda alcançou seu ápice neste lançamento. O disco está coeso e equilibrado, com rocks certeiros e blues inspirados. "Road Back to Ruin" abre com uma pedrada chamada Sinnerman, Rock and Roll visceral para levantar defunto. Segue com a faixa título, pesadona, mais lenta, quase um Stoner. Depois de algumas pauleiras, entra Aurora Skies, pura lisergia, uma faixa belíssima. Em Blind Spot também estão os elementos do Folk, porém com quebras de rítmo como fazia o Led Zeppelin. Mesmo com tantas faixas de alto nível, ainda se destaca Cause and Effect, na qual a banda mostra todo seu potencial tocando um blues dos mais bonitos da atualidade. E para fechar o disco, Your Song, uma música linda, tão suave, quase angelical. Com este album a Pristine sobe uma escala, que fique por lá.