A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Social Distortion

Puta que pariu!!!...O Social está de volta!!
Essas foram as minhas palavras quando, visitando o site dos caras, vi o lançamento do novo disco. Sou fã incondicional desta banda californiana do final da década de 70 que sempre manteve suas raízes no punk rock e no country blues, é isso mesmo, eles fazem um hardcore/punk/heavy/blues/country altamente energético, misturando esses estilos de forma magnífica. Muitas bandas foram influenciadas por eles: Bad Religion, Dead Kennedys, entre tantas outras. Suas músicas já fizeram parte de vários filmes de surf: Beyond Blazing Boards, Drifting, etc...
Liderados pelo grande Mike Ness, a banda lançou seu primeiro disco em 1983, Mommy's Little Monster, rápido e cru, um clássico disco de punk rock/hardcore, e só em 1988, após algumas substituições, gravaram o segundo disco, Prison Bound, um album mais maduro e mais bem trabalhado. A faixa título foi a primeira a entrar num filme de surf.

Em 1990, sai o terceiro disco, Social Distortion. Já consagrados, emplacam várias músicas nos filmes da época. Nesse trabalho, a influência do country é mais visível, inclusive traz uma versão punk rock para um clássico do estilo, Ring of Fire, de Johnny Cash. Você escuta uma vez e sai cantando o refrão(...and it burns, burns, burns, the ring of fire, the ring of fire...). Além dessa, tem um dos seus maiores sucessos, Ball and Chain, linda!

Somewhere Between Heaven and Hell, de 1992, é o melhor trabalho até então. A banda está mais coesa e melódica e o resultado é fantástico, só rockões matadores!! Considero que a partir deste disco o Social deu uma guinada. Mais uma vez, os filmes de surf usaram três músicas dele: Cold Feelings, Bad Luck e King of Fools. Born to Lose soa como uma música dos anos 60, mas tem a pegada característica da banda.
Após um hiato de 4 anos, eles soltam White Light, White Heat, White Trash, outro clássico!! Agora um pouco mais pesado, como se tivessem mesclado as melodias do trabalho anterior com o peso dos primeiros discos. A música Dong Drag Me Down está no filme Drifting, de Rob Machado, matadora!!

Mais uma vez, a banda deu um tempo e Mike Ness lançou dois trabalhos solo, numa linha bem diferente da banda, onde ele toca suas raízes, música americana dos anos 50 e 60.

Depois de longos anos sem lançar nada, vem Sex, Love and Rock 'n' Roll seguindo a mesma fórmula, aliás, esta sempre foi uma característica da banda, manter o mesmo estilo, sendo fiel aos seus princípios e aos seus fãs. Dont Take Me For Granted é de chorar!

É uma pena que tenhamos que esperar tanto tempo pelos lançamentos do Social, mas, por outro lado, como é bom saber que sempre virá um ótimo disco, como este que acaba de sair do forno, Hard Times and Nursery Rhymes, mais um petardo desta que é, na minha opinião, uma das melhores bandas do mundo, uma banda que toca nossos corações com sua simplicidade, suas melodias, seu instrumental simples e direto, sem frescuras, sem artifícios, apenas o puro e clássico Rock 'n' Roll. Aqui está uma banda que tenho orgulho de dizer que sou fã. Vida longa Social Distortion...

http://socialdistortion.com/

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Thee Stranded Horse

Garimpar é uma tarefa bastante árdua, mas, por vezes, altamente recompensadora. Buscar no universo da música algo novo é o mesmo. Por dias ouvimos coisas interessantes, outras descartáveis, no entanto, quando menos se espera, algo nos chama a atenção e de repente estamos diante de uma pérola rara e maravilhosa. Neste caso, essa pérola rara é um projeto do músico francês Yann Tambour.

Hoje, numa dessas viagens cibernéticas, enquanto ouvia uma rádio holandesa(3VOOR12), que por sinal é uma ótima fonte para novidades lançadas por todo o mundo, um som tocou meu interior e parei para dar atenção e fiquei surpreso com a beleza daqueles acordes.

Tocando uma Kora, instrumento de origem Africana, da região de Mali, esse cara faz um som incrível. O disco Humbling Tides, lançado este ano, traz sete músicas maravilhosas, inclusive uma linda versão para What Difference Does It Make, do The Smiths. Com vocais suaves, quase sussurrados, o clima é hipnótico, profundo e sublime, totalmente zen.


Este disco não vai fazer sucesso, não vai tocar em rádios, nem em festas, não vai ser lançado no Brasil e para conseguí-lo importado, vai-se pagar caro, mas para que servem os amigos...
Para conhecê-lo: http://www.myspace.com/theestrandedhorse