Neil Young surpreende, sempre. Após mais de 45 anos de carreira, dezenas de discos gravados, ele mais uma vez lança algo fora do comum. Esse "velhinho" está na ativa desde os anos '60, quando tocava guitarra no Buffalo Springfield. Com o Buffalo foram apenas dois anos, 67 e 68, quando o grupo se desfez. Partiu para carreira solo e foi convidado para o grupo que tinha Stephen Stills, Grahan Nash e David Crosby, formando o Crosby, Stills, Nash and Young, um supergrupo. Gravaram dois discos clássicos: Déja Vù e o ao vivo 4 Way Street. No mesmo período, Young também lançava seus primeiros trabalhos solo, discos inspiradíssimos. Foram vários clássicos do estilo Folk, Country-Rock. Por toda sua tragetória, gravou com vários músicos, alternando entre discos acústicos e elétricos, indo do Folk ao Hard Rock com muita competência.
Neil acaba de lançar seu mais novo trabalho, A Letter Home, uma coleção de músicas do passado gravadas sem os recursos da tecnologia atual, preservando as canções como deveriam ser. Não é algo fácil de curtir. A principio tem-se a sensação de estar ouvindo um disco mal gravado, tosco, mas essa era a proposta dele. O disco é para ser ouvido na penumbra, com calma, sozinho ou no máximo na companhia de alguém que esteja tão envolvido com o passado quanto seus pensamentos devam estar.
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