Como é possível depois de décadas ouvindo música, anos de internet pesquisando bandas underground ao redor do mundo, e só agora, por indicação de um amigo, um exímio garimpeiro, chegar aos meus ouvidos a "melhor banda australiana dos anos '60"?? Como o mundo da música é cruel, injusto, ou mal gerenciado. Como pode uma banda desse valor, dessa competência, nunca ter alcançado sucesso, nunca ter conquistado o mundo, nem mesmo ter explodido no seu país?
Pouco se sabe da história da banda, quase não se encontram informações na internet. Seus discos não raríssimos, mas pelo pouco que descobri, juntaram-se em 1965, e o primeiro disco foi lançado em 1967. Sem conseguirem visibilidade, mudaram-se para Inglaterra no início dos '70. Lá gravaram mais três discos e desistiram. Há também um álbum ao vivo desse período. Em 1981 e 1988 saíram coletâneas e mais recentemente, em 2006, fizeram uma compilação com o melhor de todos os discos, a excelente Fully Qualified - The Choicest Cuts, a pérola que me contaminou...(e que está disponível logo aí abaixo, na íntegra!).
O Led Zeppelin é a minha banda do coração, ao menos de um dos lados dele, pois o Pink Floyd ocupa o outro, e Robert Plant é um dos meus cantores preferidos de todos os tempos. Sua voz é linda, profunda, extremamente afinada. Apesar de toda essa admiração por esse artista fantástico, tudo se resume ao período em que ele esteve com o Zeppelin, que durou de 1968 a 1980. Plant não morreu, nem deixou de produzir música desde então, mas nunca estive realmente interessado nesses trabalhos solo. Talvez meu amor pela sua antiga banda iniba qualquer aproximação ou relacionamento com seus membros isoladamente, talvez esteja cego e surdo e não perceba o que está a minha frente.
Lullaby... já é o décimo disco de estúdio de Plant, dessa vez com uma nova banda, a Sensational Space Shifters. Como quase sempre, o misticismo, o folclórico, o blues e o psicodelismo estão presentes, no entanto, nesse disco há também muito da música africana. Confesso que a primeira vez que ouvi não me agradei, talvez pelos elementos afros tão presentes. Hoje tive uma nova percepção, pelo menos em relação a algumas músicas do disco(A Stolen Kiss, Rainbow, Somebody There, House of Love, Up On The Hollow Hill). Nessas faixas estão a essência deste homem, as suas raízes, a sua maravilhosa voz que sempre me encantou.
Este é o primeiro disco dessa fodástica banda de Nova York. Um trio nervoso, com um guitarrista excelente, um batera que arrebenta, com histórico pelo Rage Against the Machine e Audioslave, e uma vocalista muito gata, com uma voz que vai te penetrar fundo e rasgar tua alma.
We Will Reign é um daqueles discos que te levanta de imediato, te sacode, te faz pensar em coisas boas, te dá vontade de viver. Um disco que se destaca como poucos, mesmo nesse universo atual de bandas boas, criativas, inteligentes. Um disco indispensável!
Desacelere. Qual é a pressa?
Respire. Mas não tão rápido.
Controle seus pensamentos. Há um mundo neles.
Liberte sua mente.
Desacelere. Vá no seu tempo.
Veja o sol. Brilhar.
Sinta o vento. Fluir.
Torne-se um rio. Solto.
Sinta as montanhas. Quietas.
Desacelere. Encontre-se.