Parafraseando Frejat: "Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder...". Sou de uma geração em processo de extinção. Quem compra revistas de surf hoje em dia? A grande maioria tem até preguiça de ler, quanto mais de folhear uma revista. Tudo caminha para o digital, para o mais rápido e mais acessível.
Conheci o surf pelas páginas da revista POP no final dos anos '70. Extinta, deu lugar a Brasil Surf, que teve morte prematura. Nasceu então a Visual Esportivo e depois a Visual Surf, mas também não resistiram por muito tempo. De forma restrita, circulou o jornal Staff, que logo sucumbiu.
Enfim, em 1984, surgiu a revista Fluir. Lembro do dia que comprei a primeira edição na banca que ficava em frente ao Supermercado BomPreço, perto da minha casa. Eram poucas as páginas em cores, o papel era grosseiro, tinham poucas páginas, mas era o que tínhamos de melhor naquela época. Assinei-a por muitos anos, assim como também assinava a americana Surfing. Sempre fui fan das revistas, tinha centenas. Além dessas, comprava esporadicamente outras que vieram a seguir, Inside, Surfar, Hardcore, Surfer, Alma Surf, mas a Fluir crescia e evoluia. Passou por diversas mudanças, e recentemente foi totalmente reformulada, veio com uma nova proposta editorial que agregou muito à revista.
Mas algo estava por trás de tudo e nos bastidores a coisa desandava. A união com o site Waves talvez tenha sido o início do fim. Hoje, passados mais de 32 anos, ela anuncia seu fim. É triste por tudo que representou. Será esse o destino de todas as publicações impressas? Quem viver, verá.
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