Melhor é relativo, e assim são todas as listas, pois são, na realidade, preferidas, até porque é impossível ouvir todos os discos, de todos os estilos lançados em um ano.
Esse foi mais um ano rico em lançamentos, tanto em quantidade - cada vez maior, ou maior é a divulgação, possibilitando conhecer músicas de todos os cantos do mundo - como em qualidade. Nesse universo, é claro que sempre há aqueles que se sobressaem, apesar de que em 2017 nem foram tantos assim, nem foram fenomenais.
Todos os anos, quando penso em fazer a minha lista de preferidos, preciso "peneirar" grande quantidade para conseguir finalizar em dez ou doze. Esse ano não foi diferente, principalmente nos últimos dias, quando parecem surgir uma infinidade de discos bons, que devem ter amadurecido por meses até serem lançados.
Todos os anos, quando penso em fazer a minha lista de preferidos, preciso "peneirar" grande quantidade para conseguir finalizar em dez ou doze. Esse ano não foi diferente, principalmente nos últimos dias, quando parecem surgir uma infinidade de discos bons, que devem ter amadurecido por meses até serem lançados.
Minhas bandas preferidas(Social Distortion, Black Mountain, Freedom Hawk), excluídas as eternas, não lançaram discos; outras que também curto muito(Mark Lanegan, QOTSA, Ten Years After, Van Morrison) até lançaram, mas não no nível que espero delas; porém algumas que jamais ouvira, inclusive de países fora do eixo como Mali, Polônia e Argélia, me surpreenderam, e isso é ótimo!
Tentei, mas não consegui fechar essa lista com dez, então aqui estão os meus doze discos preferidos lançados em 2017, ou pelo menos os que mais ouvi, em ordem alfabética com os devidos destaques e links para algumas músicas, pequenas resenhas, pois assim evito conflitos, até mesmo porque a preferência é mutável conforme o estado de espírito, fazendo as posições se invertem constantemente.
Tentei, mas não consegui fechar essa lista com dez, então aqui estão os meus doze discos preferidos lançados em 2017, ou pelo menos os que mais ouvi, em ordem alfabética com os devidos destaques e links para algumas músicas, pequenas resenhas, pois assim evito conflitos, até mesmo porque a preferência é mutável conforme o estado de espírito, fazendo as posições se invertem constantemente.
Ana_Thema - The Optimist
Progressivo ou Metal? Não sei dizer. Difícil rotular esse som. Essa foi uma das boas "novidades" do ano. A banda vem de Liverpool e já tem muita estrada. Este é o décimo album de carreira, embora o primeiro que escutei, graças a um vídeo da música "Ghosts" sugerido pelo Youtube . Bom disco!
Chris Stapleton - From a Room
Chris Stapleton - From a Room
Numa mistura de Country, Blues e Southern, Chris Stapleton está entre os melhores do ano. Escutei o primeiro disco dele ano passado e curti bastante algumas músicas. Este ano ele lançou logo dois volumes e está melhor ainda. A primeira que colou foi "Broken Halos", do primeiro volume, e no segundo a lista é grande, vale muito.
Gin Lady - Electric
Este é o quarto album da Gin Lady e a terceira vez na lista de meus preferidos. O primeiro deles foi um orgasmo sonoro(como seria bom se tivéssemos alguns desses por ano). Este não chega a tanto, mas é gostoso, dá prazer. É uma das melhores representantes suecas que traz de volta o Hard Rock melódico, o clássico Rock and Roll setentista, um filho legítimo do Uriah Heep. Escute "Brothers of the Canyon" para me dar razão.
Gov't Mule - Revolution Come...Revolution Go
Riffs pesados, vocais poderosos, letras que falam de amor e revolução. Warren Haynes é um gigante, excelente guitarrista, cantor, compositor da melhor safra americana. Um cara que passou pelo Allman Brothers já lhe dá muita credencial. Logo que escutei as primeiras faixas do disco("Dreams & Songs") tratei de comprá-lo em vinil duplo, pois esta é uma das minhas bandas preferidas da atualidade, e este disco é um dos melhores do ano, petardo!
Gregg Allman - Southern Blood
Gregg Allman - Southern Blood
Foi muito triste a notícia da passagem do Gregg Allman, um ícone do Rock and Roll fiel a sua banda, as suas origens. Quando o disco foi lançado, ele já havia partido, mas curtiu seus últimos momentos da vida gravando um album que ficará na memória e no coração dos seus milhares de fãs pelo mundo. Músicas como "I Love The Life I LIve" e "My Only True Friend" mostram como ele estava se preparando para partir.
Jason Isbell and The 400 Unit - The Nashville Sound
Jason Isbell and The 400 Unit - The Nashville Sound
Outro disquinho que escutei legal esse ano foi esse do Jason Isbell. Já curti algumas músicas dele há algum tempo, de outros albuns, mas esse se destacou dos demais. Aqui ele conseguiu o equilíbrio entre melodias suaves e pegadas pesadas, típicas do Southern Rock, sua origem. "Tupelo", "Anxiety" e "White Man's World" tocaram muito nos meus players. A minha veia da música americana recebeu boas doses nesses últimos doze meses...
Me and That Man - Songs of Love and Death
Pense numa mistura inusitada, Metal com Folk. Ninguém vai botar fé, nem eu, até escutar o que esses dois caras, Adam Darski e John Porter, poloneses, fizeram nesse disco sombrio, onde o Country, o Blues e o Folk unem-se para criar um som único, inovador, carregado de emoção e sensualidade. "Magdalene" é apenas uma das delícias do album, chega a ser obscena! Tenho certeza que se o Johnny Cash estivesse vivo este seria o seu disco preferido.
Me and That Man - Songs of Love and Death
Pense numa mistura inusitada, Metal com Folk. Ninguém vai botar fé, nem eu, até escutar o que esses dois caras, Adam Darski e John Porter, poloneses, fizeram nesse disco sombrio, onde o Country, o Blues e o Folk unem-se para criar um som único, inovador, carregado de emoção e sensualidade. "Magdalene" é apenas uma das delícias do album, chega a ser obscena! Tenho certeza que se o Johnny Cash estivesse vivo este seria o seu disco preferido.
Neil Young - Hitchhiker
Se eu escrevesse essas listas nos anos 70 os discos do Neil Young estariam em todas elas. Muito embora, nas décadas seguintes, isso não se aplicaria, pois foram muitos os seus experimentos e alguns passam longe dos seus clássicos. Alguns desses clássicos("Powderfinger", "Pocahontas") estão neste album, embora não seja propriamente uma coletânea, pois todas as músicas estão diferentes das originais. São versões acústicas gravadas em uma única noite em agosto de 1976 e depois engavetadas por 40 anos. Este é o Neil que amo, carregado de emoção, na sua essência, tocando as cordas do seu violão e soprando seus demônios pelos sulcos da sua gaita.
Robert Plant - Carry Fire
Robert Plant - Carry Fire
Robert Plant já está com 69 anos, é um veterano, mas ainda está em forma e inspirado. Se for escutar esse disco pensando no Led Zeppelin, esqueça, certamente ficará frustrado. Não tem Blues, não tem peso. "Carry Fire" é quase um disco Folk, com alguns ritmos africanos, melancólico, espiritual, refinado. Um dos melhores discos dele.
Stephen Stills & Judy Collins - Everybody Knows
Stephen Stills é um velho conhecido, adoro suas participações no C,S,N & Y e também seus discos solo. Judy Collins, bem, nada sei sobre ela, apenas que eles se amam. Quando vi esse lançamento logo me interessei por gostar de tudo de Stills, pois o cara só faz música boa, e aqui eles estão ótimos. A voz de Judy Collins é gostosa, sofisticada. No disco eles gravaram músicas antigas dos dois e fizeram algumas versões de outros ícones do Rock. Escute "Judy".
Tamikrest - Kidal
Tamikrest - Kidal
Gosto da música africana, até já tive alguns discos, mas faz tempo que nada me encanta, até que esse lançamento chegou com elementos de blues, rock, reggae e jazz. Que som massa, uma delícia, viciante!! Eu garanto, nenhum disco dessa lista soa parecido, e isso é algo difícil na música atual, originalidade. Isso é só uma pequena amostra: "Wainan Adobat" e "Mawraniha Tartit".
The War on Drugs - A Deeper Understanding
Provavelmente o meu preferido, com certeza o que mais ouvi durante o ano. Foi um comentário de um amigo que chamou minha atenção para o disco. Ele dizia que não conseguia parar de ouvir, aconteceu comigo. Psicodelia Pop recheada de teclados e guitarras viajantes numa beleza rara. Comecei curtindo "Holding On" e me apaixonei por "Thinking of a Place". Sentimentos aflorados.
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