A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

sexta-feira, janeiro 30, 2015

Lé Betre - Melas(Vinil)


Eu tenho certeza que a maioria das pessoas não entende a sensação que é receber uma encomenda como essa. Estou há quase três meses esperando por essa pérola, assim adjetivado por vários motivos: por ser o melhor disco de Hard Rock lançado no ano passado, encabeçando minha lista de melhores do ano; por ser um disco dificílimo de se conseguir, pois foi lançado de forma totalmente independente, totalmente underground. 
Para comprá-lo, precisei entrar em contato por email com um membro da banda na longínqua Suécia, negociar e pagar a bagatela de aproximadamente R$ 120,00, não é todo fan que está disposto a isso!
Bom, eu não me importo. Está é uma preciosidade que para mim tem valor inestimável, algo que me traz momentos intensos de alegria, de arrepios, de profunda emoção!
Talvez, daqui a alguns anos, não nesse nosso paisinho que não valoriza coisas como essa, mas no mundo afora, ele será peça raríssima, objeto de desejo de colecionador, e uma foto como essa numa prateleira seja motivo de muito orgulho para quem o possuir. Para mim, já é!


segunda-feira, janeiro 26, 2015

Thermas 2015


Está aberta a temporada de Thermas deste ano! Meu amigo Camilo é um cara que realmente gosta daquele lugar, e quando ele diz que vai rolar, pode confiar. O "bicho" está constantemente monitorando às condições para aquela região e raramente erra. No ano passado fui com ele três vezes e só uma estava realmente ruim.

Sábado passado, quando fomos surfar no Abaís, ele me disse que tinha observado um swell de sul encostando nesta segunda feira e me convidou para tentarmos um surf por lá. No domingo, surfamos juntos de novo, dessa vez na Caueira, onde inclusive pegamos boas ondas, e ele mais uma vez botou pilha para irmos à Thermas na segunda porque a previsão estava confirmada. Sendo assim, confirmamos a trip.



Saímos de casa às oito com mais um amigo, o Paulo Barreto, todos acreditando que pegaríamos pelo menos meio metrinho perfeito. O dia estava lindo, com sol e pouco vento. Ao chegarmos em determinado ponto da estrada no qual se tem a primeira imagem do pico, apesar de ainda distante, vimos que a condição estava melhor do que esperávamos. Havia uma ondulação maior e estava muito perfeito.


Nesse momento, tivemos a certeza que pegaríamos boas ondas, e aceleramos. Chegamos ao pico às dez horas, um bom momento de acordo com a maré. No local onde costumamos parar o carro, já havia um outro que não reconhecemos, mas por estar com capas de prancha no interior, sabíamos que já havia mais alguém por lá. Fizemos a pequena trilha pelo mangue e pela restinga e tivemos a bela visão do paraíso: ondas lindas quebrando no outside, mar liso, pouco vento e só dois caras dentro d'água. 


Era a certeza que teríamos um dia especial. Surfar num lugar lindo como Thermas, uma reserva ambiental totalmente preservada pelo Ibama, com um lindo rio ao lado, praia totalmente deserta, com apenas alguns amigos na água e milhares de peixes que insistiam em nadar ao nosso lado, golfinhos também se exibiram, com altas ondas rolando em séries perfeitas, sem correnteza, tudo que qualquer surfista mais quer. Surfamos por três horas, até não aguentarmos mais, e ainda saímos do mar olhando para trás vendo aquelas linhas no horizonte solitárias chamando-nos de volta. Mas era hora de voltarmos à nossa realidade, na certeza que quando tudo se alinha, quando o universo converge, nada pode dar errado. O que um dia de surf como esse nos proporciona é algo surreal. 


domingo, janeiro 25, 2015

Seu Valdeck


"Deck", foi assim que o conheci, porque foi assim que comecei a ouvir minha mãe chamá-lo quando ainda muito criança. Mas passei a chamá-lo de outro forma, "Meu Pai". Não foi à toa, porque assim eu estaria mais perto dele e ele de mim, porque ele era "meu", embora essa posse única tenha sido por pouco tempo, porque depois passou a ser nossa. 

Sim, um homem simples, jovem, mas corajoso! Ele queria uma família grande, e fez mais três filhos. Trabalhou duro, lutou contra tantas adversidades, mas venceu. Criou sua prole ensinando seus valores não só com palavras, até mesmo porque nunca foi de muitas palavras, mas com exemplos: honestidade, justiça, honra, simplicidade, humildade, fé, lealdade, respeito, dignidade. 

O tempo foi generoso e permitiu a ele que sua família crescesse, vieram os netos, cinco, por enquanto, e todos preservam e alimentam o mesmo amor e carinho por ele, porque é dessa forma que ele se dedica a todos.

Hoje, no dia em que completa 71 anos, deixo aqui minha homenagem com todo meu carinho e amor. Agradeço a Deus por tê-lo conosco, por tudo que fez, por tudo que nos ensinou. Sinto-me orgulhoso de tê-lo como "Meu Pai".

Obrigado por tudo "Meu Velho". 

Dedico essa música a você.


sábado, janeiro 24, 2015

Neil Young in Concert BBC London 1971


Dando continuidade a série de shows da BBC, hoje quem se apresenta por aqui é a lenda viva Neil Young, um dos meus artistas preferidos de todos os tempos, num lindo show no qual ele "desfila" algumas das suas mais impressionantes canções. 

sexta-feira, janeiro 23, 2015

Bill Withers in Concert BBC London 1973


No início dos anos 70, a BBC de Londres gravou vários artistas em shows acústicos ou semi acústicos em pequenos estúdios os quais proporcionavam uma interação perfeita com o público, alguns felizardos que tiveram a sorte grande de assistirem de perto grandes nomes da música da época.

Tenho assistido esses shows no canal do Youtube e vou postá-los aqui para "meu público cativo".

terça-feira, janeiro 20, 2015

Ricardo dos Santos R.I.P.


Comoção e indignação. Hoje foi o nosso querido Ricardo dos Santos, jovem talento, surfista profissional que representava muito bem o Brasil nas melhores ondas do mundo, alvejado pelas costas por um policial militar por uma discussão que, pelo que se apurou até agora, insignificante.

Fatos como esse quando acontecem com pessoas que conhecemos nos comovem e nos revoltam, mas sabemos que essa é uma situação que se repete a todo tempo no nosso país. Pessoas de bem, cidadãos comuns sendo assassinados por motivos banais. Estamos a mercê da violência, dos bandidos, da falta de segurança pública. Ninguém mais se sente seguro, onde quer que esteja.

Onde estão os valores da vida, do respeito ao próximo, da educação, da família, da fé? Para onde foram os bons costumes? 

As Leis existem, mas são a todo tempo desrespeitadas, ignoradas. Não temos bons exemplos dos nossos representantes, dos dirigentes desse país que só nos fazem vergonha. Como teremos então uma sociedade digna, justa, solidária. 

Não sei, mas a minha esperança está por um fio, sinceramente, não acredito mais que essa situação seja revertida, pelo menos não nas próximas gerações. Sinto muito pelos nossos filhos, pela insegurança e intranquilidade que enfrentarão. 

O que podemos fazer é apenas rezar, entregarmos a Deus nosso destino. Que Ele olhe por nós.


domingo, janeiro 11, 2015

Top 34 da WSL


Foi oficialmente divulgada pela antiga ASP, a partir deste ano WSL(World Surfing League), a lista dos top 34 que disputarão o título mundial de 2015.
A Austrália, como sempre, mantém o maior número, com doze surfistas. O Brasil vem em segundo com sete, os Estados Unidos e o Hawaii com cinco, França, Nova Zelandia, Irlanda, Tahiti e Africa do Sul com um cada.


Top 34 do ranking do WCT 2014

1- Gabriel Medina (BRA)

2- Mick Fanning (AUS)
3- John John Florence (HAW)
4- Kelly Slater (USA)
5- Michel Bourez (PYF)
6- Joel Parkinson (AUS)
7- Jordy Smith (ZAF)
8- Adriano de Souza (BRA)
9- Taj Burrow (AUS)
10- Josh Kerr (AUS)
11- Kolohe Andino (USA)
12- Owen Wright (AUS)
13- Nat Young (USA)
14- Julian Wilson (AUS)
15- Adrian Buchan (AUS)
16- Bede Durbidge (AUS)
17- Filipe Toledo (BRA)
18- Kai Otton (AUS)
19- Miguel Pupo (BRA)
20- Sebastien Zietz (HAW)
21- Freddrick Patacchia (HAW)
22- Jadson Andre (BRA)
23- Matt Banting (AUS)
24- Wiggoly Dantas (BRA)
25- Adam Melling (AUS)
26- Italo Ferreira (BRA)
27- Matt Wilkinson (AUS)
28- Keanu sing (HAW)
29- Dusty Payne(HAW)
30Jeremy Flores (FRA)
31- Brett Simpson (USA)
32- Ricardo Christie(NZL)
33- C.J. Hobgood (USA)
34- Glenn Hall (IRL)

quarta-feira, janeiro 07, 2015

Aaron Freeman - Freeman


Quando estava finalizando minha lista de "Melhores do Ano", fui bisbilhotar as listas dos meus camaradas e numa delas vi esse disco do Aaron Freeman e fiquei surpreso, pois já conhecia o trabalho desse artista e nunca achei nada demais, mas o cara que havia postado merece respeito e resolvi conferir. 


Putz!! Tamanha foi minha surpresa. Esse disco está incrível, muito inspirado, melodias suaves, músicas lindas, harmonia total. Fui atrás dos links e baixei de imediato(a internet nos salva!). Pena que só o descobri agora e não o coloquei na minha lista, mas com certeza ele entraria fácil.

http://www.freemantheband.com/

What is Surfing?

"I wish that when they asked us: What is surfing? I would have said it's a spiritual activity, and not just a sport, because that's what put us on the wrong track..."
Nat Young

quinta-feira, janeiro 01, 2015

Melhores Discos de 2014


Na verdade acho que o título dessa postagem deveria ser "os discos que mais curti esse ano", pois no universo de lançamentos que acontecem todos os anos, é impossível termos acesso a tudo, consequentemente não há como avaliar todos os álbuns lançados para afirmar quais são os melhores, até porque são de estilos completamente diferentes e gosto não se discute.
Esse ano escutei aproximadamente 130 lançamentos. Como sempre, relaciono os 100 melhores, para daí postar apenas dez ou doze, aqueles que mais curti, mais escutei.
Estes são os meus preferidos:

Lé Betre - Melas
Este foi o meu preferido, foi o que mais ouvi durante o ano. A Lé Betre é uma banda sueca formada em 2011 e esse é seu segundo disco. O som é um Hard Blues com fortes influências das bandas dos anos '70. O álbum é muito coeso e uniforme. Será um clássico do estilo.
https://www.youtube.com/watch?v=kyq_MMVww4o

Electric Blue - Born in Sin
Esse disco foi uma grande descoberta. Banda de Israel, Blues Rock moderno com clima das bandas psicodélicas sessentistas. Destaque para a vocalista Noa Hellinger. Um álbum leve, bom para ouvir em qualquer momento.
The Last Internationale - We Will Reign
Essa banda foi um grande destaque esse ano. Power Trio com vocal feminino, gravaram um grande disco, fizeram muitos clipes legais e excursionaram com o Robert Plant. O som não traz nada de novo, mas é muito bem feito, as músicas tem muito feeling.
Zodiac - Sonic Child
O Zodiac já é hoje uma das minhas bandas preferidas. Conheci a banda em 2012 com o excelente álbum A Bit of Devil, o melhor daquele ano. Em 2013 lançaram outro petardo, e agora Sonic Child, um discaço! Todos os membros tocam muito, não dá para destacar ninguém. Os caras fazem um Heavy Rock com fortes influências de Blues.
https://www.youtube.com/watch?v=MDxa_1SV5rY

Blues Pills - Blues Pills
O Blues Pills é outra das minhas bandas preferidas na atualidade. De origem Americana-Sueca-Francesa é uma das bandas mais interessantes da nova cena do Rock. Hard Blues Rock é a tona do seu som. Pitadas de Fleetwwod Mac, Led Zeppelin, Janis Joplin, Jimi Hendrix, está tudo aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=wHhABdBLJqE

Rival Sons - Great Western Valkyrie
Rival Sons é outra das minhas preferidas da década! São californianos, altamente influenciados pelo Led Zeppelin, embora nesse disco isso não esteja tão presente, pois aqui já se consolida uma sonoridade própria. Na ativa desde 2009, foi o grande destaque de 2011 com o maravilhoso Pressure and Time, e esse disco está no mesmo nível.
https://www.youtube.com/watch?v=QVS_CQGhqyg&index=2&list=RDPPNQHPf0OZo

Mark Lanegan Band - Phantom Radio
Este é o 14º disco de Lanegan desde que deixou os Screaming Trees. O cara é foda! Sua voz é inconfundível, macabra, sinistra, sempre mantendo aquele clima soturno. Adoro todos os seus discos. 

The Conspiraters - Forever Free
The Conspiraters veio da Bielorússia com um Hard Rock arrasador. Banda formada por irmãos em 2011, mas só com esse disco lançado até agora. Um petardo com muitas guitarras.

Ben & Ellen Harper - Childhood End
Ben Harper costuma ocupar lugar de destaque em todas as listas. Mesmo gravando discos com artistas distintos, o cara mantém a qualidade do seu trabalho. Dessa vez ele apresentou a mãe. Com composições de ambos, as músicas são lindas, muito folk com as mesmas guitarras que lhe são característica.

Trigger Hippy - Trigger Hippy
Esse disco chegou pra mim no finalzinho do ano e me conquistou de imediato. Tenho uma queda pelo folk, e esse é o estilo principal dessa banda formada por dois membros do Black Crowes com Joan Osbourne nos vocais. Um disco leve e alto astral. Nunca gostei de Joan, mas aqui ela está ótima!

Rich Robinson - The Ceaseless Sight
Fundador do Black Crowes, Rich Robinson entra pela primeira vez nas minhas listas com seu terceiro álbum solo. Assim como nos discos da sua banda, o som é cheio de Psych Country e Classic Rock. No entanto, The Ceaseless Sight é mais suave e está muito mais inspirado que seus antecessores. 

Spiders - Shake Electric
A Spiders também vem da Suécia e, como a maioria, bebe das fontes dos anos '70. Heavy Rock cheio de riffs, vocais femininos com fortes melodias. Este é seu segundo disco, um petardo!

Os EPs e os Singles funcionam como cartões de apresentação de novas bandas. Estes são alguns dos que mais gostei.

Death Goldbloom - Cluster Funk

A única informação que se tem do Death Goldbloom é que são de Vancouver, mas o som fala por eles. É basicamente Blues Rock ou Stoner, como alguns preferem. Este disco tem seis músicas ótimas, foi um dos discos que mais ouvi durante o ano, na íntegra. Meu Ep preferido.

Dead Feathers - Dead Feathers
Dead Feathers lançou este lindo Ep no início do ano passado. Eles são de Chicago e fazem um maravilhoso Psychedelic Rock. Mais uma grande banda com vocal feminino. Estou muito ansioso pelo primeiro full lenght deles, promete muito. 

A Girl's A Gun - Head Up, Above the Clouds
Com o Ep Head Up, Above The Clouds, essa banda de Sidney/Australia desponta como uma grande promessa daquele país que sempre nos trás boas surpresas. Bebendo da fonte do Southern Rock, são claras as influências dos Rolling Stones e dos Black Crowes.

Pat Kane - Black Medicine
Não sei o porquê, mas desde 2012, Pat Kane só gravou Eps. Black Medicine é o quinto da carreira desse músico de São Francisco/Califórnia. Um disco maravilhoso, incrivelmente lindo! São seis faixas de Folk com lindas harmonias de violão combinadas com vocais suaves, ótimas para ouvir curtindo um final de tarde na praia.

The Golden Grass
Esse é mais um Ep maravilhoso. Banda vinda do Brooklin/New York, The Golden Grass é classic rock na sua forma mais abrangente, pois aqui suspira boogie, blues, jam, hard, psych, de forma que fica impossível classificar seu estilo. São cinco faixas deliciosas, um dos melhores discos desse ano, e uma das capas mais lindas também.

Montes Jura
Mais uma pérola australiana, também de Sidney. Com esse primeiro single da carreira, Montes Jura é uma fusão de Psych e Blues Rock experimental com fortes influências do Led Zeppelin. Esse disco é pura viagem.

Coletâneas e Tributos

Não acho justo as coletâneas e os tributos entrarem na lista de Melhores do Ano pelo simples fato de serem, como o próprio nome já diz, uma seleção das melhores de algum tempo ou de algum artista. Contudo, não posso deixar de citá-las entre os grandes lançamentos do ano, sendo assim, decidi postá-las numa sessão à parte.

Eric Clapton &Friends - The Breeze, An Appreciation of JJ Cale
Eric Clapton sempre nos brinda com bons discos, às vezes com clássicos! Nesse lançamento ele convidou outros grandes artistas e fez uma justa e linda homenagem àquele que criou alguns dos seus maiores sucessos. Não se trata apenas de uma coletânea, pois as gravações receberam novas roupagens com um toque pessoal dos convidados. Um disco belíssimo!

Mark Lanegan - Has God Seem My Shadow?
Mark Lanegan só grava coisas boas, então uma coletânea dos seus discos já é um clássico por natureza. Aqui tem músicas desde 1989 até 2011, mais de vinte anos, muitas fases, o mesmo Lanegan de sempre.