O critério de avaliação do surf competição sempre foi subjetivo, embora essa subjetividade venha sendo diminuída tanto pela evolução e definição de regras claras como pela capacitação dos juízes. No entanto, é um tanto comum vermos julgamentos que contrariam tudo que aprendemos com o tempo.
Não quero aqui defender esse ou aquele atleta, mas já faz algum tempo que está ficando clara a parcialidade da entidade maior do esporte, aquela que deveria servir de exemplo. É triste quando fica exposta a intenção em favorecer alguns em detrimento de outros, seja por nacionalidade, patrocínio ou imagem.
Kelly Slater é o maior surfista de todos os tempos, onze vezes campeão do mundo, ninguém questionou ou impediu a sua supremacia. Contudo, os dois últimos títulos mundiais do Brasil parecem que afetaram a credibilidade e dignidade da WSL que está agindo de forma criminosa a fim de impedir um possível terceiro título de um brasileiro.
Quem ama o surf, acompanha as competições e tem um mínimo de entendimento técnico ficou revoltado com a nota absurda nessa bateria que eliminou o Gabriel. O Tanner já havia conseguido um 8,67 numa onda com apenas três manobras sólidas. Gabriel precisava de um 8,34 para virar, fez a melhor onda da bateria com uma sequencia incrível de manobras com força e fluidez, esmerilhou a onda do início ao fim, mas os juizes não viram o que todo o mundo viu, eles deram 8,8/8,5/8,2/8,2/7,8, que na média resultou um 8,3, muito abaixo do real valor daquela onda e míseros 0,04 centésimos abaixo do que ele precisava.
É triste e revoltante ver isso acontecer, ver o caminho escuso que a WSL está seguindo. Cada vez mais, o que era dúvida fica claro, a entidade ou quem está por trás dela não deseja ver a troca de guarda, a supremacia brasileira tomando conta de um circuito que sempre foi dominado por australianos e americanos.
Parece que o momento é de extrema reflexão e de necessária mudança nos critérios de julgamento, pois subjetividade é uma característica saudável, mas não pode se transformar em poder tirano.
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