Ginger é mais um daqueles icônicos músicos que quando "partem" deixam um certo vazio. É mais um de uma geração que produziu "monstros" que pareciam ser imortais, mas a vida nos mostra que não é assim, que até esses gigantes têm seu fim.
Não tenho idéia de quando ouvi Ginger pela primeira vez, porém tenho certeza que foi com o Cream, um dos maiores e mais influentes "power trio" de todos os tempos. Quando comecei a me aprofundar mais no rock, buscando bandas obscuras e underground, deparei-me com uma quase banda, um "super grupo" ou projeto do qual Ginger participou, o sensacional Blind Faith. E este, com apenas um album gravado, sempre esteve em destaque na minha coleção de discos, tanto em cd quanto em vinil.
Depois do Blind Faith, Ginger mudou, afastou-se do rock e do blues, foi para a Africa e mergulhou no Jazz. Tocou com vários músicos do estilo e formou sua banda, a Airforce, mas aí não era mais meu estilo, não me agradava, e então fiquei com ele no passado, ouvindo o Cream e o Blind Faith, sempre.
Essa semana li em algum lugar que Ginger estava internado num hospital e muito mal. Com 80 anos, hoje ele se foi deixando sua música eternizada nos ótimos discos que gravou, em vários estilos. Sempre será lembrado e citado como um dos maiores do mundo. É mais um gigante que vai fazer zuada no céu.
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