Chegamos à última parada do Tour 2019, novamente em Pipeline, a "rainha" do North Shore de Oahu, no Hawaii. Dessa vez, mais do que nunca, o título está super disputado. Temos 5 caras com chances reais de se tornar campeão do circuito, embora 2 deles estejam mais distantes e precisem torcer para que os outros percam nas primeiras fases.
Sou do tempo que surfista brasileiro na elite era "estranho", um ou outro conseguia entrar e logo saia, quando chegava aos Top 16 era motivo de orgulho, de glória e de muita alegria entre nós. Nos últimos 10 anos, essa situação vem mudando e em 2014 tivemos nosso primeiro campeão. Em 2015, outro, e ano passado novamente. Como se isso não bastasse, o Brasil vem se impondo não só com campeões, mas principalmente por ter o maior número de surfistas na elite e ainda muitos entre os melhores, tanto da primeira divisão como da segunda. Definitivamente o surf brasileiro alcançou o maior patamar e a maior prova disso é essa situação atual, essa disputa pelo título de 2019 por 5 surfistas, sendo 3 brasileiros, dos quais 2 são os favoritos.
Amanhã deve começar a etapa final e são enormes as expectativas, muitas especulações, palpites, tanto por parte daqueles fissurados como este que aqui escreve, como por mídias, especializadas ou não. O mundo do surf está em alerta, todos os olhos estão naquele pequeno espaço chamado Pipeline. O Hawaii não tem representante na disputa, pois seu melhor filho, o bicampeão mundial John John Florence, esteve machucado por metade do ano, sem pontuar, e embora volte a competir nessa etapa visando à vaga nas olimpíadas, não tem chance de título este ano. Mas e o americano Kolohe Andino? Para quem não sabe, no surf, Estados Unidos e Hawaii não são o mesmo território.
Kolohe está em quinto e quase 6 mil pontos atrás do líder. Suas chances são mínimas. Ainda, contra ele, está o seu histórico naquelas águas. Nunca foi muito bem, não é um grande surfista naquele tipo de onda. Entuba bem, mas em ondas médias e principalmente para a direita, ou seja, vai precisar de muita sorte, tanto para que o mar colabore com ele, quanto para que seus adversários caiam logo, o que é muito difícil de acontecer.
Em quarto aparece Filipe Toledo, que mais uma vez chega ao Hawaii entre os primeiros, mas quase ninguém o vê como favorito, não é. Filipe é genial, ninguém discorda, mas é outro que perde para ele mesmo em ondas cabulosas. Se Pipeline quiser que Filipe vença, ela vai virar para a direita, o Backdoor, e não subirá muito. Aí sim, Filipinho pode virar esse jogo e conquistar seu primeiro e merecido título, mas caso isso não ocorra, também não vejo ele com esta taça, ainda não.
O gigante Jordy Smith está em terceiro e é o cara a ser batido, perigosíssimo. Jordy é um surfista completo, excelente nos tubos, principalmente para direita, ou seja, se o mar estiver grande para o Backdoor será muito difícil vencê-lo. O cara vem de uma das melhores ondas do mundo, mas sabe que para ser campeão mundial precisa ser bom no Hawaii, então o que ele fez? Mudou-se para lá e vem treinando pesado naquelas ondas. Vejo Jordy com grandes chances de estragar nossa festa, esse é seu melhor momento, e não seria injusto.
Ítalo ou Gabriel? Que coisa!! Dois monstros, dois caras com características diferentes, ambos sedentos por títulos. Gabriel já sabe o caminho, já esteve no topo duas vezes, sentiu o gostinho e quer mais. Não tenho dúvida que Gabriel é o melhor surfista do mundo, o mais preparado, o mais completo, uma máquina mortífera! Quanto maior o mar, maiores são suas habilidades, maiores suas chances, não importa se para esquerda ou direita, ele surfa tão bem em qualquer condição, e isso é seu maior diferencial, ele não tem ponto fraco. Já Ítalo é meu preferido para vencer, é por ele que eu torço. Gosto de como ele surfa, sua abordagem é divertida, inovadora, sem deixar de ser agressiva e atender ao que exigem as regras. O baixinho é destemido e até inconsequente às vezes. Ítalo fez um ano fantástico! Chega ao Hawaii na liderança merecidamente, acaba de receber o prêmio de "Melhor do Ano" pela Surfer, maior publicação do mundo, está no seu melhor momento e seria maravilhoso se vencesse esse evento e se tornasse mais um brasileiro campeão do mundo.
Não se pode esquecer, contudo, todos os demais que também estão no jogo e podem estragar a festa de qualquer um desses candidatos. Seja quem for o campeão, será bonito de ver. Afinal, só temos uma certeza, que será um grande espetáculo, emocionante, vamos torcer...
Ítalo ou Gabriel? Que coisa!! Dois monstros, dois caras com características diferentes, ambos sedentos por títulos. Gabriel já sabe o caminho, já esteve no topo duas vezes, sentiu o gostinho e quer mais. Não tenho dúvida que Gabriel é o melhor surfista do mundo, o mais preparado, o mais completo, uma máquina mortífera! Quanto maior o mar, maiores são suas habilidades, maiores suas chances, não importa se para esquerda ou direita, ele surfa tão bem em qualquer condição, e isso é seu maior diferencial, ele não tem ponto fraco. Já Ítalo é meu preferido para vencer, é por ele que eu torço. Gosto de como ele surfa, sua abordagem é divertida, inovadora, sem deixar de ser agressiva e atender ao que exigem as regras. O baixinho é destemido e até inconsequente às vezes. Ítalo fez um ano fantástico! Chega ao Hawaii na liderança merecidamente, acaba de receber o prêmio de "Melhor do Ano" pela Surfer, maior publicação do mundo, está no seu melhor momento e seria maravilhoso se vencesse esse evento e se tornasse mais um brasileiro campeão do mundo.
Não se pode esquecer, contudo, todos os demais que também estão no jogo e podem estragar a festa de qualquer um desses candidatos. Seja quem for o campeão, será bonito de ver. Afinal, só temos uma certeza, que será um grande espetáculo, emocionante, vamos torcer...
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