A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

sexta-feira, junho 25, 2010

Siena Root

Estou chocado, entusiasmado, eufórico. Mergulhei de novo nos anos '70 com o Siena Root. Eles são um grupo e um projeto experimental com raízes no analógico rock old school.

Diante de tanta novidade, tanto lançamento e relançamentos, alguns dispensáveis, outros bastante relevantes, eis que surge uma maravilha, uma preciosidade. Formados como trio, vindos da Suécia, que diga-se de passagem tem muito stoner de qualidade, que desde de 1997 vem produzindo altos discos. Os caras sabem perfeitamente como evocar o espírito dos anos '70, é de gritar de alegria!! O som é clássico, mas ainda original. Soa como o Black Sabbath, o Rush, o Deep Purple e ainda o Uriah Heep. É Hard Prog com personalidade, com estilo. Tem como base um órgão pesado, riffs de baixo e guitarra poderosos e também instrumentos indígenas que dão uma vibração psicodélica.
A banda já lançou quatro discos, além de dois singles, todos excelentes. É difícil destacar algum, apesar de algumas diferenças. A base é a mesma, apenas a sonoridade vêm mudando com a chegada da vocalista Sanya. Sua profunda e forte voz enriquece as músicas e complementa muito bem o clima das canções que parecem terem sido gravadas na época de Woodstock.
Em algumas músicas há cítaras que dão um clima oriental, indiano, hippie, como há trinta anos atrás. Sentimos ainda as fortes vibrações do blues, teclados nostálgicos e uma maravilhosa flauta indígena, que nos remete as pradarias do oeste americano.

A explicação para o nome é bastante interessante, segundo eles mesmos, "no sentido de que o blues é azul, é preto o Hard Rock, o reggae é pan-Africano, nossa música tem a cor de Siena. É uma cor quente, de terra, inicialmente a partir das raízes enlameadas de Toscana . Porque esse som tem raízes profundas, ...".Dentre todas as boas novidades que vêm surgindo nos últimos anos, o Siena Root é, sem dúvida, a melhor. Com tantas influências, com tanta personalidade, com estilo e criatividade incomum, é hoje a minha "melhor banda do mundo da década".

segunda-feira, junho 21, 2010

Duelo de Titãs - Occy vs Curren

Nos anos '80, existiam, no circuito mundial, vários excelentes surfistas: Damien Hardman, Barton Lynch, Martin Potter, Sunny Garcia, Ritchie Collins e havia Tom Curren e Mark Occhylupo.

Esses dois foram ícones, ou melhor, são ícones, fizeram história e influenciaram a todos, digo todos que surfavam na época. Era uma disputa de estilos, comportamentos, países e equipes como vimos mais tarde algo semelhante entre Kelly e Andy, mas não na mesma proporção.

Quando esses dois caras se encontravam em baterias, e foram várias, o surf estrapolava os limites. Os dois, cada um da sua maneira, mudaram a linha e o estilo do surf. Curren era muito mais polido, clássico, fazia um surf "redondo", bonito e radical; Occy era um "touro" - como inclusive era chamado - extremamente forte, radical, com um "back side" infalível.

Lembro-me de várias discursões entre amigos e também nas revistas especializadas para decidir quem era melhor. Curren ganhou três títulos mundiais e Occy apenas um, mas isso não define nada!

Nos filmes, as sessões dos dois ficaram na memória. Era obrigatória antes das caídas. Só para citar alguns dos clássicos: The Search, Buyip Dreaming, Pump, etc...Fizeram várias finais juntos, algumas eternamente lembradas e graças, registradas, como em 1986 em Bells Beach, Australia. (ver video http://www.youtube.com/watch?v=DtY9Iwtd16E )

Recentemente, a ASP convidou-os para um desafio, lembrando os velhos tempos. Curren ganhou a primeira e Occy a segunda. É claro que a performance não é a mesma, mas serviu para matar a saudade dos milhares de fans pelo mundo e para os jovens entenderem de onde vem o surf atual. (ver video http://www.youtube.com/watch?v=9EkJG0lMS-s )

sábado, junho 19, 2010

Budgie - In For The Kill!

O Budgie, muitas vezes dito como uma mistura de Black Sabbath (pelos riffs pesados) e Rush(pelos vocais rasgados à Geddy Lee), é uma obscura banda de metal inglesa com origem ainda nos anos sessenta, em Cardiff, País de Gales. Gravou seus melhores discos apenas nos anos setenta.

Com seu quarto lançamento, In for the Kill!, o Budgie confirmou-se entre as bandas de metal mais consistentes da Inglaterra.

Como nos discos anteriores, o álbum conta com ótimos riffs do guitarrista Tony Bourge e lamentos vocais do baixista Burke Shelley.

A faixa-título abre o disco soando como Black Sabbath, mas logo volta a característica da banda. "Crash Course in Brain Surgery"(segunda canção a ser regravada pelo Metallica), contém um riff repetitivo e contínuo, é curta e ótima, enquanto "Wondering What Everyone Known", inclui um pouco de violões folk com harmonias vocais, é Beatles. "Hammer and Tongs" é uma viagem...Talvez a melhor do disco. Os vocais trancendem o real para finalizar em um blues com um preciso solo de guitarra. "Running from my soul" tem um duelo de baixo e guitarra num ritmo alucinante. Dá vontade de "empunhar" uma guitarra e bater cabeça. "Living On Your Own" fecha o álbum com a tradição da banda de músicas longas.

Infelizmente negligenciado pela mídia, In for the Kill! é mais um grande álbum de metal desconhecido do grande público. Junto com os três primeiros, "Budgie", "Squawk", e "Never Turn Your Back on a Friend", é um importante registro do British Heavy Metal.

Para conhecer um pouco mais e ouvir algumas músicas da banda, visite: http://www.myspace.com/budgieofficialmyspace

quarta-feira, junho 09, 2010

Festival Alma Surf 2010


Vem ai o "Festival Alma 2010 - Surf é Alegria". Nos dias 01, 02 e 03 de julho a Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, receberá, mais uma vez, o maior evento do surf brasileiro.


Já consagrado, o Festival terá como atrações musicais nacionais: Falcão e os Loucomotivos, Malu Magalhães, Edu Marron e Hurtmold, banda que faz um instrumental alucinante, misturando Jazz, Rock e Funk. Como sempre, também virão ícones da Surf Music internacional. Dessa vez, se apresentarão a Malali Band, banda dos californianos Rob Machado e Jon Swift e o The John Butler Trio, super banda australiana com vários cds maravilhosos, inclusive em turnê do seu mais recente trabalho "April Uprising".


Além dos shows, o Festival trará atrações de arte, design, moda e cinema, com os últimos lançamentos do surf.


Todos os anos, várias "estrelas" do esporte marcam presença, além de diversas personalidades da moda, da música e muita, muita mulher bonita...


Os ingressos já estão à venda por R$ 50,00 o dia ou R$ 80,00 o pacote para os três dias.


Infelizmente, como começará numa quinta-feira, não poderei ir, mas pra quem puder, será inesquecível.