A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

sábado, dezembro 31, 2011

Os Melhores do Ano

Fazer um retrospecto de tudo que foi lançado esse ano seria impossível. Com a facilidade da internet, temos acesso a praticamente tudo, seja em qualquer parte do mundo. Para malucos por música como eu, que não passa um dia sequer sem tentar descobrir algo novo, garimpar pérolas não é tão raro, no entanto, às vezes damos de cara com todo tipo de coisa, até com certo brilho, mas sem valor.

Posso afirmar que embora tenha descoberto coisas maravilhosas nesses últimos meses, muitas não foram lançadas em 2011. Dentre essas, a maioria veio da longinqua Suécia, mas essa postagem não se propõe a falar sobre isso, mas sim sobre os discos lançados esse ano.

Quando pensei nesta postagem, primeiro selecionei os cds que considerei relevantes, descartando de logo uma boa parte que estão apenas na média. Fiquei surpreso porque entraram na lista preliminar uns trinta discos, e então tive que trocar a peneira para só passar as pérolas. Dentre os que passaram, escolhi apenas os 7 que eram realmente preciosos.

A lista a seguir não segue a ordem classificatória e não é definitiva, até mesmo porque não tive acesso a tudo, e também porque não escuto todos os estilos de música. Procurei restringir-me apenas ao Rock 'n Roll e a suas vertentes. Estes são os meus preferidos:

Social Distortion - Hard Times and Nursery Rhymes


Banda californiana que faz um "Punk Rock Old School" inconfundível, mesclando rockabilly e hard core melódico desde seu início em 1978. Apesar das lacunas entre seus discos, o fato é que a cada lançamento, esses caras, liderados pelo maluco Mike Ness, nos brindam com petardos da melhor qualidade. Esse oitavo disco da carreira não foge à regra. É excelente e talvez mereça o posto de 1º lugar. Vida longa ao Social...

Freedom Hawk - Holding On


Altamente influenciados pelo Black Sabbath, essa banda de Virginia Beach lançou seu primeiro disco em 2008 conquistando de imediato todos os órfãos da maior banda de metal de todos os tempos. O vocalista e guitarrista T. R. Morton é Ozzy reancarnado! Esse disco é o terceiro da discografia e mantém o mesmo feeling que os consagrou. Excelente...

Uriah Heep - Into The Wild


Envelhecer não é sinônimo de amaducerer. Tenho quase a mesma idade dessa maravilhosa banda inglesa. Era adolescente quando escutei Very eavy...Very 'umble, lançado em 1970. Fiquei chocado! Era um som muito louco, metal progressivo!! Desde então a banda já teve mais de trinta formações, e claro, muitas fases, algumas nem tão gloriosas, mas a árvore vingou e seus frutos voltaram a brotar com a mesma qualidade do início e este é um ótimo exemplo. Rock Clássico feito por excelentes músicos com o feeling setentista. O verdadeiro Heep...

Warren Haynes - Man in Motion

Um estandarte que não surpreende. O cara é um "Guitar Hero" fincado no Blues e no Southern Rock. Haynes nasceu na Carolina do Norte e cresceu ouvindo Otis Redding e Wilson Pickett. Tornou-se fan de Eric Clapton e do blues inglês. Em 1988 foi para o Allman Brothers onde gravou vários clássicos. Em 1993, lançou seu primeiro solo e logo depois formou o Gov't Mule, onde está até hoje. Sua discografia é imensa. Este é um disco de blues, tem o feeling da guitarra que só os mestres conseguem tirar, além de ser contemporâneo, tem Swing, tem rocks, e as sempre presentes jams onde o cara se esbalda...

Rival Sons - Pressure and Time


Uma grata surpresa de Los Angeles, California. O som nos faz lembrar o Led Zeppelin. Esse quarteto tem apenas dois discos, já abriu para Alice Cooper e AC/DC. Quando escutei a faixa título e vi o video no youtube senti a energia que aquele som me trazia como há muito não sentia. É viciante. Não tem como ficar parado! É o puro Rock'n Roll. Muito promissor...

Blood Ceremony - Living With The Ancients


Hard Rock canadense, influências setentistas com vocais femininos. Bastava isso e já estava aprovada. Mas não é só. No primeiro álbum, ouvíamos Sabbath e Jethro Tull. Este segundo disco é mais pesado, a flauta de Alia continua lá, dando aquele tom folk, e as melodias ficaram mais psicodélicas. As letras falam de bruxaria e vampiros, tudo a ver com o som deles. Foi uma evolução sem perdas dos elementos que marcaram a estréia. Essa mistura de estilos quando bem feita é fantástica...

Graveyard - Hinsingen Blues


Lembro que quando escutei o primeiro disco desses caras fiquei confuso e maravilhado. O som era retro,  um Stoner que remetia ao Black Sabbath. Pesado e psicodélico. De onde viria aquilo? Nesse segundo disco, o que era bom, ficou excelente! É Stoner Blues. Existe isso? Sim, e vem da Suécia, terra das mulheres bonitas e do Rock'n Roll atual. Esse disco, com essa linda capa, quanto mais escuto, mais me emociono...

segunda-feira, dezembro 26, 2011

The Stooges - Funhouse


Este disco, segundo da fracassada carreira comercial dos "pais do Punk Rock" - palavras do saudoso Joey Ramone - é um clássico!! A banda, que tinha o porra-louca, lunático, viciado e excêntrico Iggy Stooge, que mais tarde ficou conhecido por Iggy Pop, apelido gentilmente cedido por David Bowie, como front man, nunca se preocupou em vender discos, o que eles queriam era tocar ao vivo para se divertir e se dar bem com as garotas...

O primeiro disco, entitulado The Stooges, de 1969, foi um verdadeiro fiasco! Produzido por John Cale, do Velvet Underground, que tentou transformar a energia e agressividade dos palcos em arte audível, e não refletia nem uma coisa, nem outra. À época, os Beatles, os Rolling Stones, Hendrix, eram os ícones daquela geração. Foram imediatamente dispensados da gravadora, a Elektra.

Deprimidos e quebrados, além da péssima reputação das suas apresentações, voltaram para sua região, Detroit, e para os clubes barra-pesada, até que, por insistência de um produtor bichona, foram convidados a gravar mais um disco, que dessa vez se propôs a refletir o clima ao vivo com a clareza de uma boa gravação de um estúdio. Nem precisa dizer que o resultado não poderia ter sido melhor. Daí saiu Funhouse, barulhento, agressivo, inspirado, nervoso, simplesmente quatro caras tocando como se num palco estivessem.

Iggy está ensandecido, selvagem. A guitarra está mais rápida, com solos lesérgicos, com suingue e peso. Baixo e bateria massacrantes...As vendas, no entanto, fracassaram novamente! Não adiantava, não era um som para aquela época. Ninguém deu atenção àqueles garotos barulhentos de Detroit. Se este disco tivesse sido lançado em 1977, auge do Punk Rock, teria feito o mais sucesso.

Down on the street, Dirt - a insana balada psicodélica, 1970, e Funhouse, são os melhores exemplares da atitude desses caras e são os embriões do estilo que revolucionaria a música anos mais tarde com bandas como os Ramones, The Clash, Sex Pistols, entre outras.

                                                            

domingo, dezembro 11, 2011

Ranking Final ASP 2011

Billabong Pipe Masters
1º Kelly Slater - 68100;
2º Joel Parkinson - 56100;
3º Owen Wright - 47900;
4º Taj Burrow - 45700;
5 º Adriano de Souza - 44950;
...

Foi com chave de ouro que a ASP encerrou o circuito WT 2011. O Pipe Masters foi histórico! Previsto para rolar de 8 a 20 de dezembro, não precisou mais do que os três primeiros dias para todo o campeonato.
Com um sweel de 12 pés, apesar de muito vento que às vezes fechava demais as ondas, foi a melhor condição em anos. Não foi fácil passar os tubos...As notas variaram demais em todas as baterias, porque ou se pegava um tubão e recebia um High Score ou se tomava uma vaca sinistra...

Destaques para as figuras já tarimbadas, Kelly(3º), Joel(2º), Taj(9º), CJ(9º); para os havaianos, John John(5º) - que fez a melhor onda, Evan Vallerie(5º - wild Card); para Gabriel Medina(5º - surpresa total); e para Kieren Perrow, grande campeão!!

Esse foi mais um ano bom para o Brasil, senão o melhor em toda a história da ASP...Adriano de Souza terminou em 5º lugar no ranking final, com 2 vitórias(Rio de Janeiro e Portugal), consolidando seu nome mais uma vez no 5. Alejo Muniz também foi excelente, terminando em 10º. O que dizer de Gabriel Medina? Correu apenas cinco etapas e terminou em 12º, com duas vitórias e performances arrasadoras. Conseguiu um 5º lugar em Pipe contando muito com a sorte, mas não importa!!! Jadson, Raoni e Heitor foram bem, apesar desse último ter perdido algumas etapas por contusão.

Kelly, mais uma vez, foi o melhor. Foi quem mais venceu(3 etapas), além de dois segundos e um terceiro. Embora considere que muitas das suas notas foram supervalorizadas.

Pelo novo sistema, esse ranking visa definir o campeão do mundo, mas não define os participantes para o próximo ano, que serão rankiados pelo World Ranking, onde apenas os 8 melhores resultados são validados.