Este disco, segundo da fracassada carreira comercial dos "pais do Punk Rock" - palavras do saudoso Joey Ramone - é um clássico!! A banda, que tinha o porra-louca, lunático, viciado e excêntrico Iggy Stooge, que mais tarde ficou conhecido por Iggy Pop, apelido gentilmente cedido por David Bowie, como front man, nunca se preocupou em vender discos, o que eles queriam era tocar ao vivo para se divertir e se dar bem com as garotas...
O primeiro disco, entitulado The Stooges, de 1969, foi um verdadeiro fiasco! Produzido por John Cale, do Velvet Underground, que tentou transformar a energia e agressividade dos palcos em arte audível, e não refletia nem uma coisa, nem outra. À época, os Beatles, os Rolling Stones, Hendrix, eram os ícones daquela geração. Foram imediatamente dispensados da gravadora, a Elektra.
Deprimidos e quebrados, além da péssima reputação das suas apresentações, voltaram para sua região, Detroit, e para os clubes barra-pesada, até que, por insistência de um produtor bichona, foram convidados a gravar mais um disco, que dessa vez se propôs a refletir o clima ao vivo com a clareza de uma boa gravação de um estúdio. Nem precisa dizer que o resultado não poderia ter sido melhor. Daí saiu Funhouse, barulhento, agressivo, inspirado, nervoso, simplesmente quatro caras tocando como se num palco estivessem.
Iggy está ensandecido, selvagem. A guitarra está mais rápida, com solos lesérgicos, com suingue e peso. Baixo e bateria massacrantes...As vendas, no entanto, fracassaram novamente! Não adiantava, não era um som para aquela época. Ninguém deu atenção àqueles garotos barulhentos de Detroit. Se este disco tivesse sido lançado em 1977, auge do Punk Rock, teria feito o mais sucesso.
Down on the street, Dirt - a insana balada psicodélica, 1970, e Funhouse, são os melhores exemplares da atitude desses caras e são os embriões do estilo que revolucionaria a música anos mais tarde com bandas como os Ramones, The Clash, Sex Pistols, entre outras.
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