Fazer um retrospecto de tudo que foi lançado esse ano seria impossível. Com a facilidade da internet, temos acesso a praticamente tudo, seja em qualquer parte do mundo. Para malucos por música como eu, que não passa um dia sequer sem tentar descobrir algo novo, garimpar pérolas não é tão raro, no entanto, às vezes damos de cara com todo tipo de coisa, até com certo brilho, mas sem valor.
Posso afirmar que embora tenha descoberto coisas maravilhosas nesses últimos meses, muitas não foram lançadas em 2011. Dentre essas, a maioria veio da longinqua Suécia, mas essa postagem não se propõe a falar sobre isso, mas sim sobre os discos lançados esse ano.
Quando pensei nesta postagem, primeiro selecionei os cds que considerei relevantes, descartando de logo uma boa parte que estão apenas na média. Fiquei surpreso porque entraram na lista preliminar uns trinta discos, e então tive que trocar a peneira para só passar as pérolas. Dentre os que passaram, escolhi apenas os 7 que eram realmente preciosos.
A lista a seguir não segue a ordem classificatória e não é definitiva, até mesmo porque não tive acesso a tudo, e também porque não escuto todos os estilos de música. Procurei restringir-me apenas ao Rock 'n Roll e a suas vertentes. Estes são os meus preferidos:
Social Distortion - Hard Times and Nursery Rhymes
Banda californiana que faz um "Punk Rock Old School" inconfundível, mesclando rockabilly e hard core melódico desde seu início em 1978. Apesar das lacunas entre seus discos, o fato é que a cada lançamento, esses caras, liderados pelo maluco Mike Ness, nos brindam com petardos da melhor qualidade. Esse oitavo disco da carreira não foge à regra. É excelente e talvez mereça o posto de 1º lugar. Vida longa ao Social...
Freedom Hawk - Holding On
Altamente influenciados pelo Black Sabbath, essa banda de Virginia Beach lançou seu primeiro disco em 2008 conquistando de imediato todos os órfãos da maior banda de metal de todos os tempos. O vocalista e guitarrista T. R. Morton é Ozzy reancarnado! Esse disco é o terceiro da discografia e mantém o mesmo feeling que os consagrou. Excelente...
Uriah Heep - Into The Wild
Envelhecer não é sinônimo de amaducerer. Tenho quase a mesma idade dessa maravilhosa banda inglesa. Era adolescente quando escutei Very eavy...Very 'umble, lançado em 1970. Fiquei chocado! Era um som muito louco, metal progressivo!! Desde então a banda já teve mais de trinta formações, e claro, muitas fases, algumas nem tão gloriosas, mas a árvore vingou e seus frutos voltaram a brotar com a mesma qualidade do início e este é um ótimo exemplo. Rock Clássico feito por excelentes músicos com o feeling setentista. O verdadeiro Heep...
Warren Haynes - Man in Motion
Um estandarte que não surpreende. O cara é um "Guitar Hero" fincado no Blues e no Southern Rock. Haynes nasceu na Carolina do Norte e cresceu ouvindo Otis Redding e Wilson Pickett. Tornou-se fan de Eric Clapton e do blues inglês. Em 1988 foi para o Allman Brothers onde gravou vários clássicos. Em 1993, lançou seu primeiro solo e logo depois formou o Gov't Mule, onde está até hoje. Sua discografia é imensa. Este é um disco de blues, tem o feeling da guitarra que só os mestres conseguem tirar, além de ser contemporâneo, tem Swing, tem rocks, e as sempre presentes jams onde o cara se esbalda...
Rival Sons - Pressure and Time
Uma grata surpresa de Los Angeles, California. O som nos faz lembrar o Led Zeppelin. Esse quarteto tem apenas dois discos, já abriu para Alice Cooper e AC/DC. Quando escutei a faixa título e vi o video no youtube senti a energia que aquele som me trazia como há muito não sentia. É viciante. Não tem como ficar parado! É o puro Rock'n Roll. Muito promissor...
Blood Ceremony - Living With The Ancients
Hard Rock canadense, influências setentistas com vocais femininos. Bastava isso e já estava aprovada. Mas não é só. No primeiro álbum, ouvíamos Sabbath e Jethro Tull. Este segundo disco é mais pesado, a flauta de Alia continua lá, dando aquele tom folk, e as melodias ficaram mais psicodélicas. As letras falam de bruxaria e vampiros, tudo a ver com o som deles. Foi uma evolução sem perdas dos elementos que marcaram a estréia. Essa mistura de estilos quando bem feita é fantástica...
Graveyard - Hinsingen Blues
Lembro que quando escutei o primeiro disco desses caras fiquei confuso e maravilhado. O som era retro, um Stoner que remetia ao Black Sabbath. Pesado e psicodélico. De onde viria aquilo? Nesse segundo disco, o que era bom, ficou excelente! É Stoner Blues. Existe isso? Sim, e vem da Suécia, terra das mulheres bonitas e do Rock'n Roll atual. Esse disco, com essa linda capa, quanto mais escuto, mais me emociono...
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