Depois desses anos de blog sem nunca ter feito uma postagem especial para as mulheres, é chegada a hora, por várias razões: porque elas merecem, claro, porque são nossa principal fonte de inspiração e desejo, obvio, porque elas estão novamente à frente de algumas das melhores bandas da atualidade, porque estão mostrando performances incríveis nos esportes radicais, porque escrevem livros maravilhosos, com sua superior sensibilidade, porque são lindas, cada vez mais lindas, e a principal delas, o título, aliás, o sexto título mundial da minha musa, da minha surfista preferida de todos os tempos, a linda, talentosa, inteligente, carismática, sempre sorridente e maravilhosa Stephanie Gilmore.
Steph é incrível, já ganhou vários prêmios, já fez campanhas publicitárias, já posou nua, participou de ações humanitárias por países pobres, já dominou o circuito mundial, mas nos últimos anos o surf feminino evoluiu tanto, com tantos talentos incríveis como Carissa Moore, Tyler Writer e Sally Fitzgibbons, que Steph sentiu o peso e precisou dividir seu reinado com as outras. No entanto, nesse ano de 2014 ela voltou com tudo, com performances arrasadoras, com um surf polido como já é de costume, só que mais forte, mais consistente, sem desmerecer as demais, pois segundo ela mesma, esse foi seu título mais difícil.
Aproveitando esse feito inédito, uma garota especial também merece ser lembrada pelo exemplo de superação e de vida que ela é. Estou citando Bethany Hamilton, outra que admiro bastante. Pessoas como ela são inspiração para muitos. Uma garota passar pelo drama que ela passou ao ser atacada por um tubarão, quase morrer, perder um braço e ainda voltar a competir com as melhores surfistas do mundo é única.
Outra que está comemorando e nos dá orgulho por onde passa é a cearense Silva Lima, a melhor surfista do Brasil e, sem dúvida, uma das melhores do mundo. Silvana é um diamante bruto! Nasceu pobre numa favela do Ceará, viveu no meio da criminalidade, mas viu no surf sua salvação, e lutou por isso, lutou como uma guerreira, pois é o que ela é. Com todas as suas dificuldades, conquistou o mundo, revolucionou o surf feminino com seu estilo agressivo e manobras só executadas pelos homens. Passou os últimos anos fora da elite por uma série de problemas, mas estará de volta em 2015 entre as melhores e nos dará muita felicidade, tenho certeza.
Vou abrir um parágrafo para outra brasileira, dessa vez uma skatista, Letícia Bufoni. Linda, com muita coragem e atitude, essa garota vem conquistando o mundo. Considerada uma das melhores no esporte, com vários títulos internacionais, inclusive três medalhas no X-Games, Letícia é pouco conhecida no Brasil, mas tem muito respeito lá fora. Adoro vê-la andando de skate, além das suas fotos, sempre sensuais.
Na música, as mulheres sempre ocuparam um espaço singular. Aqui a sensibilidade fala mais alto que a força, a beleza da voz feminina nos encanta. Mulheres incríveis estiveram à frente de grandes bandas, conquistaram terrenos dominados pelos homens. Em retrospectiva, posso citar Ella Fitzgerald, Billie Holiday, as lindas Grace Slick e Janis Joplin, Stevie Nicks, Christine McVie, todas essas romperam grandes barreiras para externar sua paixão, seu amor pela música.
Mais recentemente, outras musas surgiram e vêm nos conquistando, dilacerando nossos corações com suas performances. Elin Larsson, da Blues Pills, está à frente dessa nova safra. Lindíssima, com uma voz impressionante, muito estilo e muita presença de palco, vai conquistar a todos que tiverem a sorte de conhecê-la.
Na minha opinião, é a voz do rock feminino atualmente junto a Delila Paz, a belíssima morena vocalista da The Last Internationale, que além de todas as suas qualidades físicas, tem muita personalidade e talento para escrever letras inspiradoras.
Realmente a lista é imensa, levaria muito tempo e espaço para esgotar todas essas beldades, além de tantas outras pouco conhecidas mas não menos importantes para aqueles que as tem como suas musas, suas deusas, suas parceiras, companheiras, sem as quais todos nós, pobres homens mortais não viveríamos. Essa é minha pequena homenagem a elas.