A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

sexta-feira, novembro 28, 2014

Stephanie Gilmore 6 x World Champion


Depois desses anos de blog sem nunca ter feito uma postagem especial para as mulheres, é chegada a hora, por várias razões: porque elas merecem, claro, porque são nossa principal fonte de inspiração e desejo, obvio, porque elas estão novamente à frente de algumas das melhores bandas da atualidade, porque estão mostrando performances incríveis nos esportes radicais, porque escrevem livros maravilhosos, com sua superior sensibilidade, porque são lindas, cada vez mais lindas, e a principal delas, o título, aliás, o sexto título mundial da minha musa, da minha surfista preferida de todos os tempos, a linda, talentosa, inteligente, carismática, sempre sorridente e maravilhosa Stephanie Gilmore. 


Steph é incrível, já ganhou vários prêmios, já fez campanhas publicitárias, já posou nua, participou de ações humanitárias por países pobres, já dominou o circuito mundial, mas nos últimos anos o surf feminino evoluiu tanto, com tantos talentos incríveis como Carissa Moore, Tyler Writer e Sally Fitzgibbons, que Steph sentiu o peso e precisou dividir seu reinado com as outras. No entanto, nesse ano de 2014 ela voltou com tudo, com performances arrasadoras, com um surf polido como já é de costume, só que mais forte, mais consistente, sem desmerecer as demais, pois segundo ela mesma, esse foi seu título mais difícil. 


Aproveitando esse feito inédito, uma garota especial também merece ser lembrada pelo exemplo de superação e de vida que ela é. Estou citando Bethany Hamilton, outra que admiro bastante. Pessoas como ela são inspiração para muitos. Uma garota passar pelo drama que ela passou ao ser atacada por um tubarão, quase morrer, perder um braço e ainda voltar a competir com as melhores surfistas do mundo é única.


Outra que está comemorando e nos dá orgulho por onde passa é a cearense Silva Lima, a melhor surfista do Brasil e, sem dúvida, uma das melhores do mundo. Silvana é um diamante bruto! Nasceu pobre numa favela do Ceará, viveu no meio da criminalidade, mas viu no surf sua salvação, e lutou por isso, lutou como uma guerreira, pois é o que ela é. Com todas as suas dificuldades, conquistou o mundo, revolucionou o surf feminino com seu estilo agressivo e manobras só executadas pelos homens. Passou os últimos anos fora da elite por uma série de problemas, mas estará de volta em 2015 entre as melhores e nos dará muita felicidade, tenho certeza.


Vou abrir um parágrafo para outra brasileira, dessa vez uma skatista, Letícia Bufoni. Linda, com muita coragem e atitude, essa garota vem conquistando o mundo. Considerada uma das melhores no esporte, com vários títulos internacionais, inclusive três medalhas no X-Games, Letícia é pouco conhecida no Brasil, mas tem muito respeito lá fora. Adoro vê-la andando de skate, além das suas fotos, sempre sensuais.


Na música, as mulheres sempre ocuparam um espaço singular. Aqui a sensibilidade fala mais alto que a força, a beleza da voz feminina nos encanta. Mulheres incríveis estiveram à frente de grandes bandas, conquistaram terrenos dominados pelos homens. Em retrospectiva, posso citar Ella Fitzgerald, Billie Holiday, as lindas Grace Slick e Janis Joplin, Stevie Nicks, Christine McVie, todas essas romperam grandes barreiras para externar sua paixão, seu amor pela música.


Mais recentemente, outras musas surgiram e vêm nos conquistando, dilacerando nossos corações com suas performances. Elin Larsson, da Blues Pills, está à frente dessa nova safra. Lindíssima, com uma voz impressionante, muito estilo e muita presença de palco, vai conquistar a todos que tiverem a sorte de conhecê-la. 


Na minha opinião, é a voz do rock feminino atualmente junto a Delila Paz, a belíssima morena vocalista da The Last Internationale, que além de todas as suas qualidades físicas, tem muita personalidade e talento para escrever letras inspiradoras.


Realmente a lista é imensa, levaria muito tempo e espaço para esgotar todas essas beldades, além de tantas outras pouco conhecidas mas não menos importantes para aqueles que as tem como suas musas, suas deusas, suas parceiras, companheiras, sem as quais todos nós, pobres homens mortais não viveríamos. Essa é minha pequena homenagem a elas.

domingo, novembro 23, 2014

Abaís 22/11/2014


Um dia de surf com altas ondas, na companhia de bons amigos, em uma praia afastada do centro, do crowd, é sempre muito especial. E assim foi o dia de ontem, 22/11/2014. Depois de uma semana sem vento, com muita chuva, e sem ondulação, a previsão apontava um swell grande de leste/sudeste e sem vento. Na sexta feira, dia 21/11/2014, ele encostou. Surfei logo cedo na Cinelândia e já estava com bom tamanho e boa formação, apesar de ainda fraco. À tarde voltei para conferir com a maré cheia, e o surf já foi outro. Altas ondas durante a tarde inteira, e subindo...O sábado prometia, porque a previsão se mantinha e ainda mostrava que as ondas ficariam maiores.


Marquei com meus amigos Marcos Xavier e Mário Vasconcelos para irmos ao Abaís logo cedo. Marquinhos nos garantiu que teríamos uma fotógrafa para registrar nossas ondas, sua amiga Maysa Costa, perfeito! Saímos por volta das 7:30 h., e ao chegarmos já vimos um mar lindo, liso, perfeito, com altas ondas e sem ninguém. Aproveitei para testar minha prancha nova, a Firewire, pois era a minha maior prancha e seria o dia ideal para experimentá-la.


Surfamos até umas 11:00 h., quando entrou um ventinho e estragou um pouco a formação. Saímos para almoçar, tomamos uma cerveja comentando a sessão e decidimos ficar por ali mesmo para surfar novamente à tarde. Foi a decisão certa. Com a maré enchendo, o vento parou e as ondas ganharam força. Surfamos até não aguentar mais e ainda saímos deixando para trás um mar que raramente vemos por aqui, mas nenhum de nós tinha mais condição de continuar surfando, estávamos exaustos.


Tomamos outras cervejas para "lavar" a alma curtindo aquele fim de tarde. Brincadeiras uns com os outros e muitas risadas...depois de uma dia como esse, o astral da galera vai para as alturas, tudo é lindo e maravilhoso, uma energia contagiante toma conta de todos. É impossível transmitir o que sentimos, é apenas perceptível para aqueles que estão a nossa volta. Tudo se resume ao velho slogan da Billabong: "Only a Surfer Knows the Feeling"...


quarta-feira, novembro 19, 2014

Discos de Vinil


Quem me conhece sabe que sou louco por discos, principalmente vinil, mas nem sempre foi assim. Comecei a me interessar por música e por discos muito cedo, ainda muito novo, com 12 ou 13 anos já curtia uns sons malucos como Secos e Molhados, Raul Seixas, A Cor do Som, entre outros. Logo logo conheci o Pink Floyd e fiquei fascinado. Dai pra frente foi só som Underground e Rock 'n Roll. Comecei então a comprar meus próprios discos, em vinil, claro, porque era o que existia na época. Havia pouca opção aqui em Aracaju, apenas duas lojas tinham a nata do estilo, a Cine Foto Walmir e o Cantinho da Música. Walmir era um fotógrafo, não sacava nada de música, mas trabalhava uma garota lá, chamada Iranir, que era nossa salvadora. Além dela curtir um som, curtia a vibe da galera, e fazia os pedidos como nós sugeríamos. A loja então passou a ser o ponto de encontro dos rockeiros da cidade, e foi assim até a chegado dos cds, quando o Sr. Walmir desistiu de vender discos.

Bom, nessa época, quando os cds tomaram conta do mercado, eu já tinha uma coleção memorável de vinil. Não sei o número exato, mas era entre 800 e 1000, dos quais uns 200 eram importados e outros tantos já raros. Tinha até alguns repetidos, porém em versões diferentes, coisa de colecionador.

Mas aí lançaram o CD, algo totalmente inovador, muito mais prático, com uma proposta de qualidade superior e durabilidade. Foi um divisor de águas. Muitos colecionadores, inclusive eu, começaram então a substituir os títulos em vinil pelo novo disquinho. O vinil foi perdendo valor até ficar praticamente extinto. Não havia mais comércio, nem sequer vitrolas eram mais fabricadas.

Então, vendi vários dos meus discos, dei outra grande parte, e fiquei apenas com alguns, aqueles que mais gostava e os mais raros, até o dia que um cara me procurou dizendo que estava abrindo na sua casa uma espécie de museu, onde os discos seriam expostos e poderiam ser ouvidos por quem se interessasse. Poxa, fantástica a ideia do cara! Levei então todos os meus melhores discos pra lá, acho que entre 100 e 200 títulos, coisas raríssimas, importados, verdadeiras pérolas.

Passei um tempo sem visitar o cara, e certo dia, quando fui à casa dele, tomei um susto: o imóvel estava desocupado. O FDP sumiu com todos os discos! Fiquei desesperado, além do valor monetário perdido, havia o emocional, incalculável, irrecuperável. Foi-se então tudo que tinha, fiquei zerado.

Comecei ai a buscar esses títulos em cd, mas nunca seria a mesma coisa, além do que muitos nunca foram lançados nesse tipo de mídia, e quando lançados, não tinham a mesma riqueza de materiais dos LPs. Como fui idiota!! Choro essa perda até hoje, mas as coisas estão mudando...

Ano passado, uma reviravolta aconteceu: O vinil renasceu com força total. Várias pessoas passaram a negociar discos na internet, feiras por todo o Brasil, e as gravadoras voltaram a apostar nos LPs. Com isso, lógico, os preços explodiram. Discos que estavam guardados há anos, sem valor, voltaram ao mercado valendo fortunas. Quem ainda os tinha, ficou rico de uma hora pra outra. 

No meu caso, vislumbrei a possibilidade de conseguir alguns dos títulos perdidos, mesmo pagando caro por eles, e assim o foi...Certo dia, passeando pela orla à noite, vejo um maluco com uma banquinha com alguns LPs e achei o primeiro do Iron Maiden por R$ 25,00. Levei na hora. Foi o primeiro dessa minha nova coleção que hoje conta com 68 discos, tudo em menos de um ano(Caramba! Isso dá em média um disco por semana...Sou mesmo compulsivo!).

Dentre as pérolas perdidas, algumas já foram recuperadas, e assim pretendo formar meu novo acervo, focando não em quantidade, mas em qualidade. Não tenho a mínima pretensão de possuir centenas de discos como antes, apenas buscarei aqueles que considero importantes e que me trazem o máximo de  prazer.

Das minhas três bandas preferidas, Pink Floyd, Led Zeppelin e Black Sabbath, quero ter tudo, e já estou quase conseguindo, graças a um amigo que conheci pela internet e mora nos EUA. O cara é uma mina, consegue discos originais, de época, que parecem recém lançados. Hoje mesmo recebi mais um pacote com cinco discos, todos clássicos! 

E assim vou esvaziando minhas economias e enchendo minhas prateleiras com essas bolachas desse plástico negro que para muitos não significa nada, mas para mim traz momentos de alegria,  vislumbramento, me faz viajar, me transporta sem movimento, preenche meu coração com os mais diversos sentimentos.




domingo, novembro 16, 2014

FireWire


Essa semana fui apresentado a uma australiana por um amigo que chegou recentemente de um campeonato mundial de surf que rolou em Maresias, São Paulo, e trouxe essa linda e maravilhosa "peça" esculpida pelo renomadíssimo designer Nev Hyman
No nosso primeiro contato já senti aquela afinidade no toque, na textura de suas curvas, como se minhas mãos fossem capazes de fazer uma leitura de sua alma, sua essência. Minha felicidade foi imediada, não me contive, sabia que ali estava uma oportunidade única de possuir uma modelo tão cobiçada. Estava em minhas mãos, ao meu alcance, precisava apenas convencer meu amigo a deixá-la comigo, e isso significava desembolsar uma boa quantia, pois seu valor era em moeda australiana, bem superior à nossa. 
Não houve negociação, o cara foi irredutível, sucumbi a ele, mas fiquei com a "garota".


Apesar de ter sido concebida para um outro cara, suas medidas são muito próximas daquelas que venho usando ultimamente e já estou bem adaptado, então tenho certeza que não terei problemas com ela. Embora, talvez, por ser produzida com materiais inovadores, evoluídos, bem diferentes dos utilizados no Brasil, com maior resistência, maior flutuação e flexibilidade estendida, isso possa provocar algum estranhamento a principio, mas nada que algumas sessões de intimidade não resolvam.


http://www.firewirebrasil.com.br/

domingo, novembro 09, 2014

Filipe Toledo - O'Neill SP Prime


Show de manobras aéreas de Filipe Toledo garantiram-lhe a vitória no O'Neill SP Prime em Maresias nesse fim de semana. Agora ele é o líder do ranking no Men's Qualification Series 2014.

Zodiac - Sad Song (Official Lyric Video)


Mais uma do tão aguardado novo disco do Zodiac...

sábado, novembro 08, 2014

Pink Floyd - The Endless River


Essa postagem é para mim muito especial por uma série de motivos, dentre esses vou apenas citar alguns, porque precisaria de muito espaço para esgotá-los. Para mim e para milhões de pessoas por todo o mundo, o próximo dia 10, segunda feira, também será muito especial, pois, depois de vinte anos sem lançar um disco inédito, uma das maiores bandas de todos os tempos, o meu querido, idolatrado, precioso, amado Pink Floyd lançará seu tão aguardado e último disco, The Endless River.

Para fans como eu, o sentimento é certamente ambíguo, pois ao saber que a banda estava em estúdio trabalhando nesse disco, um estado de euforia, alegria e curiosidade me tomou conta, mas ao mesmo me vem a tristeza, a desesperança, a saudade ao saber também que essa será a despedida da banda.

Ouvi o Pink Floyd pela primeira vez entre 1979 e 1980, então com 11 ou 12 anos, e se não me engano foi pelo álbum Atom Heart Mother que se deu essa iniciação, e para um garoto que estava ainda conhecendo o rock, aquilo foi sublime, inesquecível, aquela música era transcendental, e foi amor a primeira escutada.

É claro que o acesso a essa música naquela época era muito restrito, ainda mais para uma criança. Não havia muitos discos disponíveis, não havia rádios especializadas em rock, mas talvez essa dificuldade tenha estimulado meu interesse em descobrir outros sons, tanto dessa como de outras bandas do estilo. 

E assim foi crescendo o meu interesse, minha curiosidade, minha ânsia em experimentar novas músicas, pois aquelas que estavam acessíveis já não me satisfaziam. Por sorte, tive na família uns tios que curtiam rock e tinham alguns discos bem interessantes.

Logo depois dessa iniciação, lembro-me perfeitamente quando em 1983, no extinto cinema Palace, foi exibido por uma semana o filme The Wall. Não tinha idéia do que seria, mas como soube que tinha a música do Pink Floyd, fui assistir. Aquilo foi talvez o evento mais marcante da minha vida musical. Foi um susto. Causou-me transtornos irreversíveis no modo de pensar sobre a sociedade. Não estava preparado para aquele impacto, e não foi possível absorvê-lo naquela sessão, então voltei todos os dias daquela semana ao cinema para captar melhor as mensagens e a música daquela produção.

Desde então passei a consumir vorazmente tudo que se relacionava à banda, sua música, livros, revistas, fotos, tudo. Comprei todos os discos, em várias versões, algo impulsivo tomou conta de mim. São passados trinta anos e ainda mantenho os mesmos sentimentos, amadurecidos. 

Agora chega a nós o derradeiro trabalho dessa jornada, que apesar de não contar com a banda na íntegra, representa muito bem seu legado. Nas suas 18 faixas, a maioria delas instrumental, a beleza sublime é onipresente. Os gritos e choros das guitarras de David Gilmour nos transportam para outros planos. Wrigth, mesmo em estado espiritual, está presente e flutua por todo o álbum. As faixas estão bem conectadas, mesmo tendo sido produzidas independentemente, pois são sobras de estúdio do disco The Division Bell

Este não é um disco clássico do Pink Floyd, nem poderia ser diante das circunstâncias. Soa como uma despedida, o adeus de uma banda que fez história, que encantou milhões pelo mundo, que sempre será referência no rock clássico e progressivo. É o fim.



quinta-feira, novembro 06, 2014

Carousel - Jeweler's Daughter


Esse não é um lançamento, mas não deixa de ser novidade, porque nunca vi nada sobre essa banda. Tive acesso ao som deles pela música que também é o título do álbum, Jeweler's Daughter, quando assisti a um video de skate produzido pela Trasher Magazine e fiquei excitado com a energia do som. Não é uma banda inovadora, tampouco retrô. O caras fazem um Heavy Rock carregado de guitarras em ritmo nervoso, com baixo e bateria acelerados, do jeito que a gente gosta para curtir uma sessão de skate ou para instigar para aquela caída no mar. Não posso deixar de destacar a linda foto da capa, sensual, mística, daquelas que colocamos à frente de qualquer coleção de discos com todo orgulho.


quarta-feira, novembro 05, 2014

Jerry Lee Lewis - Rock & Roll Time


Envelhecer com saúde é o que todos almejam, mas envelhecer com saúde, dignidade e criatividade é para poucos, e esse coroa é um desses felizardos. Jerry Lee já está com quase 80 anos, e produzindo...
Ele acaba de lançar mais um disco excelente com participação de várias feras como Keith Richards, Ron Wood, Derek Trucks, Neil Young e muitos outros. 

Sua voz parece que não envelheceu, tampouco seus dedos, pois o velhinho ainda mantém a mesma habilidade no seu piano e continua cantando como poucos. Suas baladas são inspiradoras, arrasam corações. Seus Blues e Boogies têm o mesmo feeling de outrora. Sem medo de ser feliz, eu garanto: esse é um dos melhores lançamentos do ano! Long Live Jerry Lee...


http://jerryleelewis.com/

terça-feira, novembro 04, 2014

Fluir 31


Hoje recebi minha Fluir comemorativa de trinta e um anos, uma vida. Como sempre faço, vou logo para o editorial, que assim começa: "Cabeça de 31 anos, responsável; Corpo de 20, no auge; E disposição de um moleque de 15. É assim que nos sentimos...". É assim que me sinto, mas não tenho só 31, tenho 46, trinta e uns só de surf...
E continua: "O surf é um estilo de vida que mantém seus adeptos eternos garotos em busca do mais puro, mágico e único sentimento de deslizar sobre uma onda. Não existe nada melhor do que estar na água naquele dia de boas ondas...". Esse é o meu estilo de vida, nada me deixa mais feliz do que um dia de boas ondas...
Fluir nº 1
Quando a Fluir nasceu, em 1983, eu estava "engatinhando" no surf, estava ainda nas minhas primeiras experiências, então praticamente nascemos e crescemos juntos. Começamos a surfar numa época já bem distante, quando o surf era completamente outro. Vivenciamos a evolução, passamos por crises e hoje vivemos o auge do esporte, mas nunca o abandonamos. A relação que mantenho com essa revista é de afinidade, sentimentos mútuos, ideologia. É uma vida inteira de dedicação em busca de algo puro, mágico e único, o prazer de deslizar sobre uma onda.

segunda-feira, novembro 03, 2014

Frontside Ollie


Um dos mais talentosos skatistas sergipanos, estiloso e com muita atitude, um garoto pacato, super educado e tranquilo; um fotógrafo experiente, também skatista, que sabe exatamente onde e como se posicionar; quando se encontram dá nisso, uma foto espetacular! Gabriel Nascimento e Eduardo Freire na Pista Cara de Sapo no dia 01/11/2014, dois gênios em suas "máquinas maravilhosas"...

domingo, novembro 02, 2014

Neil Young - Storytone


Desde a minha adolescência que "ando" com esse cara, mas não tenho um adjetivo para ele, meu vocabulário é pobre diante de todas as suas qualidades. Um dos artistas mais prolíficos do mundo da música, na ativa desde 1966 quando gravou algumas músicas com a banda The Mynah Birds, e hoje com 69 anos, esse "velhinho" ainda é tão bom quanto naqueles tempos de outrora. 

Lembro exatamente quando e como nos "conhecemos". Era 1987, eu tinha 19 anos e era um rockeiro inveterado(ainda sou). Estagiava numa repartição pública e certo dia um colega bem mais velho que eu levou o disco On The Beach para o trabalho. Curioso, pedi para olhar e questionei do que se tratava. Surpreso, o coroa disse que era um disco de Country/Rock, um dos seus preferidos. Bom, aquele coroa não devia sacar muito de Rock, pré julguei. Mas ele foi gentil, e diante do meu interesse, ofereceu-me o álbum para ouvir em casa. Aceitei como alguém que aceita uma droga de um viciado, relutante, e as consequências foram as mesmas da droga, dependência.

A partir daquele momento conheci um mundo que até então parecia distante e desinteressante, o mundo da música Country. Mas sua música não se limita a esse estilo. Para começar, sua origem é canadense, suas influências vêm de Elvis, Chuck Berry e Little Richards. Seus primeiros trabalhos são mais voltados ao Rock 'n Roll. Seus discos ao longo da sua longa carreira são tão variados que é impossível caracterizá-lo em um único estilo.


Neste ano de 2014, Neil já gravou e lançou dois discos, algo raro para qualquer artista, ainda mais surpreendente quando esse artista está no seu 35º trabalho. Muito inspirado, esse Storytone é admirável, formidável, maravilhoso. São dez músicas gravadas ao vivo no estúdio, numa abordagem simplista, em versões solo. As mesmas músicas também foram gravadas acompanhadas por uma orquestra, de forma bem singela, e estarão disponíveis numa edição especial, Deluxe, imperdível!

Neil Young está entre os meus cantores, compositores, guitarristas e flautistas preferidos de todos os tempos. Tenho todos os seus discos, de todas as suas bandas, a maioria cds originais que faço questão de comprá-los, nacionais ou importados. Sua música me faz bem, fez parte e esteve presente em quase toda minha vida. Sou fan incondicional desse cara. Emociono-me ainda hoje com quase tudo que ele faz. Espero que ele mantenha-se ativo ainda por muito tempo, pois sua fonte de inspiração é inesgotável.


http://neilyoung.warnerreprise.com/storytone/row/