A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

segunda-feira, junho 29, 2015

Chris Squire RIP Tribute

Ballito Pro 2015

Hoje, dia 29 de junho, na praia de Willard Beach, na cidade de KwaDukuza, Africa do Sul, foi aberta  a janela que vai até o dia 05 de julho para a terceira etapa de nível máximo da segunda divisão da WSL. Este ano serão nove etapas nessa categoria. Por oferecer a pontuação máxima, além de uma boa grana, muitos dos tops da primeira divisão participam desses eventos, pois é uma boa alternativa para aqueles que não estão garantidos na elite se reclassificarem, caso consigam se dar bem nessa que é uma verdadeira maratona de baterias até se chegar às finais.

Nessas etapas, são inscritos 96 surfistas, os 90 melhores do ranking da segunda divisão e seis entre convidados e trialistas. A pequena cidade se transforma nesses sete dias. É festa para todo lado, porque além do evento de surf, há apresentações de skate, bicicross, motocross, e vários shows que atraem uma legião de fãs de esporte e música.



Leon Bridges


O Blues e o Soul tiveram muita relevância no cenário da música popular nos anos 60 e 70, principalmente na América. Ray Charles, James Brown, Otis Redding, Aretha Franklin, Marvin Gaye, Al Green e Stevie Wonder estavam sempre nas paradas de sucesso, dominavam o mercado, eram os maiores representantes da Soul Music. Passado esse período, o estilo perdeu força, mas claro, nunca foi esquecido e alguns artistas mantém a alma viva. Macy Gray, Mary J. Blige, Amy Winehouse, Charles Bradley, Sharon Jones, Joss Stone, entre outros, continuam alimentando essa música que vai fundo na alma e toca o coração. 


Esse ano apareceu um texano chamado Leon Bridges totalmente inspirado no Soul do passado, fazendo referências aos ícones do estilo. Acabou de lançar seu primeiro disco, chamado "Coming Home", muito bom por sinal. O cara tem estilo e classe, sua música é atraente e sensual, ótima para curtir numa festa ou na companhia de alguém especial.




http://www.leonbridges.com/
https://play.google.com/store/music/artist/Leon_Bridges?id=A2vmlzqg4sgpbukm3u3mjx3pc64
http://open.spotify.com/album/4svLfrPPk2npPVuI4kXPYg

quinta-feira, junho 18, 2015

Fiji Pro 2015 - Final


Owen White estava nessa final por total merecimento, Julian Wilson teve seus momentos gloriosos, outros nem tanto. É interessante como em algumas etapas um ou outro surfista se destaca desde o início, mostra total intimidade com o mar independente das variações que porventura aconteçam. Owen abriu com 7,50 num belo tubo e na sua segunda onda fez uma onda excelente, um tubo grande e profundo, no qual ele precisou primeiro acelerar muito e já lá dentro meteu os braços na onda para atrasar e ficar mais fundo, saindo ileso, nota 9,60. Julian segurou a prioridade por muito tempo, e só faltando 5 minutos, Julian veio numa da série que fechou logo na primeira sessão. Owen desceu a segunda e mandou logo um rasgadão no crítico, fez o botton e pegou um tubo profundo e longo para marcar um 10 unânime(video). Mas o mais incrível foi ele na sequência vir numa onda intermediária onde o cara passou por dentro de todas as sessões em altíssima velocidade e fez o segundo 10(video)


Incrível, épico! É a primeira vez em toda a história do surf profissional que um surfista faz a pontuação máxima em duas baterias. Essa vitória de Owen é daquelas que a gente jamais esquece.
Apesar das derrotas precoces de Adriano de Souza e Filipe Toledo na terceira fase, os dois continuam na liderança, só que agora a diferença para os demais está bem pequena. Owen, com essa vitória subiu 3 posições, ficando agora em terceiro e Julian também subiu três, ficando em quinto. Mick é o quarto.
A próxima etapa começa em 8 de julho, nas longas e geladas direitas de Jeffrey's Bay.

Fiji Pro 2015 - Semi-Finais


Julian começou bem com um 7,27 num bom tubo, e deu sorte, porque depois dessa o mar mudou, as ondas encheram e os tubos sumiram. Taj pegou várias ondas, todas ruins, na faixa dos três pontos. Nos últimos minutos entraram duas ondas, uma para cada, e Taj conseguiu um tubinho para marcar 5,43, muito abaixo do que precisava, e o Julian estava na final. (Recap)


Owen está iluminado! O mar estava ruim e ele encontrou e surfou uma onda excelente, um tubo grande e profundo e um snap para finalizar e somar 9,43, inacreditável! O Jeremy esperou metade da bateria até vir numa onda gigante, fez uma curva na parede para esperar o bowl e passou por dentro voando conseguindo sua nota excelente(8,00) para voltar para a bateria. Logo depois pegou outra ainda melhor fazendo um tubo longo e limpo marcando 8,57 virando a bateria, mas na onda detrás, Owen também entubou fundo e ainda deu um rasgadão marcando 7,50 para retomar a liderança. (Recap)

Fiji Pro 2015 - Quartas de Final


Julian e Italo na primeira das quartas prometia uma boa disputa, e foi. Ambos surfaram nove ondas cada. Italo representou muito bem, chegou longe para um iniciante num mar como esse, pegou altos tubos e rasgou forte nas potentes esquerdas de Cloudbreak e por muito pouco não venceu Julian. Na verdade, se considerasse a média total de todas as suas ondas, ele teria vencido, e sinceramente, acho que merecia essa vitória. Julian fez um 9,43 numa onda boa, uma tubaço no início da onda mas sem finalização, porque após sair do primeiro tubo, ele tentou outro numa sessão monstruosa mas vacou.(Recap)


Wiggolly era a última esperança brasileira, mas infelizmente, diferente do que surfou nas fases anteriores, pareceu perdido no mar, pegando todas as ondas ruins. Taj também não surfou bem, com exceção da sua primeira onda, uma da série onde o cara fez um tubo enorme, profundo, e marcou 8,77. (Recap)


Owen x Joel. Depois do que Owen fez na fase anterior, coitado do Joel, deve ter entrado tenso...Mas ele começou bem com um tubo apertado, um cut back gigantesco e algumas batidas só para preencher a onda, nota 7,17. Owen respondeu com uma onda melhor, começou com duas batidas fortíssimas e um tubo melhor que o do Joel, nota 7,67. Joel ainda pegou mais quatro ondas, mas nem uma boa, enquanto Owen pegou outra gigante que abriu um tubaço e ele passeou lá dentro até sair na baforada, onda excelente, 8,93. Owen está sinistro!! (Recap)


Jeremy x Kai na última das quartas. Jeremy começou numa intermediária, com um tubinho complicado mas conseguiu sair e ainda encheu a onda com rasgadas e batidas, nota 8,00. Kai quebrou logo sua prancha na primeira onda. Jeremy veio em outra boa, um tubo não tão grande mas longo e limpo, muita leitura para passar essa onda. Kai desceu uma gigante e forçou a barra para conseguir dois tubos curtos que ainda lhe renderam 6,33. Jeremy vem numa bomba, tenta logo se encaixar lá dentro mas fica na boca, sai e tenta de novo dessa vez conseguindo um bom tubo, nota 7,40. Kai se joga numa onda muito perfeita e passou toda a extensão da onda lá dentro em alta velocidade mas na última sessão a onda fecha. Essa seria um 10 unânime se ele saísse, que onda! Kai não deu sorte, arriscou demais e o resultado foi uma vaca monstruosa num tubo gigantesco, saiu todo machucado e abandonou a bateria. (Recap)

Fiji Pro 2015 - Quinta Fase


Essa é a última fase de repescagem. Depois daqui já entram as fases de finais. Kelly Slater e Italo estão na primeira bateria. Será a segunda vez que se enfrentam. Kelly deve estar engasgado com a derrota no Rio e virá com tudo. Mas o tudo foi nada, nada deu certo para o careca. Italo surpreendeu novamente e Kelly amargou mais um resultado ruim esse ano. (Recap)

Taj Burrow versus Dane Reynolds é um espetáculo à parte. Dois dos melhores surfistas do mundo, mas ambos sem grandes resultados no circuito. Fizeram uma bateria emocionante, cheia de tubos profundos e manobras ousadas. Os arcos de Dane são fantásticos, mas ele ainda não aprendeu que precisa finalizar bem suas ondas para receber notas melhores e perde por besteira. Taj fez um tubo incrível que valeu 9,07, e venceu. (Recap)

Na terceira, Owen e Melling. Foi a partir dessa bateria que os Deuses do Tahiti apontaram para Owen como o cara que brilharia no evento. Ele começou com um 8,93 e depois fez uma onda perfeita, recebeu um 10 e em seguida outra onda perfeita, outro 10. Essa é a sétima vez em toda a história do surf profissional que alguém faz a pontuação máxima. (Recap)

Kai Otton e Mick Fanning estavam na última. Mick precisava avançar se quisesse a liderança do ranking. Mick tem muito mais experiência nessas ondas, mas Kai fez uma escolha melhor, uma onda excelente desequilibrou a bateria e Mick deu adeus...(Recap)

Fiji Pro 2015 - Quarta Fase


Taj x Julian x Kelly. Que bateria! E o mar, sabendo do potencial desses caras, mandou várias bombas durante toda a bateria. Kelly era o favorito, lógigo, mas quem começou bem foi Taj, com boas rasgadas no crítico. Kelly pegou um tubinho mas nada especial. Mas a bateria foi dominada por um Julian Wilson possuído pelo demônio. Nunca vi o Julian surfar assim. Ele pegou as maiores, as melhores e mais perigosas ondas, botou pra dentro em tubos sinistros e saiu, mandou batidas insanas. Deixou Taj e Kelly em combinação, algo inédito. Fez a maior media do campeonato até agora. (Recap)

Wiggolly x Italo x Dane. Estilos de surf diferentes. Wiggolly entra como favorito porque o mar subiu bastante e os tubos vão ditar as notas. Italo abriu com dois tubinhos, mas não é isso que os juízes querem ver. Dane veio fazendo rasgadas e também não foi valorizado. Wiggolly pega um tubo um pouco melhor, mas ainda não consegue uma nota boa. Italo vira a seu favor com um tubo curto mas profundo, nota 5,67, a melhor por enquanto. O mar estava ficando muito grande e os surfistas estavam em condições bem perigosas nesse momento. Italo optou pelas menores, ficando mais embaixo para garantir uns tubinhos e notas regulares. Wiggolly pegou duas ondas grandes em sequência trocando suas duas notas virando a bateria. O show man Dane Reynolds ficou apagado. (Recap)

Mick x Joel x Owen. Três gigantes australianos num mar de responsa. Não há favoritos, quem pegar as melhores vai vencer. Mick pegou a primeira boa, Joel veia na segunda um pouco melhor e Owen na terceira com um tubaço elevando o nível para tirar a primeira nota excelente, 8,83. Mas a partir daí Joel dominou a bateria com duas ondas gigantescas, sua leitura estava perfeita, pegou tubos enormes e profundos fazendo 8,93 e o primeiro 10 unânime. Mick surfava muito, mas Owen e Joel estavam em total sintonia com o mar. Os três marcaram notas excelentes, um show de surf em ondas enormes e perfeitas. (Recap)

Jeremy x Kai x Melling. Essa seria a bateria menos emocionante da rodada. Kai Otton e Adam Melling apenas passaramm suas baterias, mas não impressionaram. Já Jeremy, vem mostrando que tem surf para ir mais longe. Surfou muito mais que os outros dois, e avançou fácil. (Recap)

Fiji Pro 2015 - Terceira Fase


Taj Burrow e Keanu Asing abriram a terceira fase numa bateria onde Taj não deu chances a Keanu. Sua experiência foi fundamental nesse momento de poucas ondas. Keanu não surfou nada, pegou cinco ondas ruins, e Taj conseguiu encontrar um tubaço para marcar um 8,33 e teve na sua segunda onda um 4,83. (Recap)

Julian abriu a segunda bateria com uma onda pequena, mas trucidou conectando uma manobra atrás da outra, todas bem executadas. Kolohe respondeu à altura com uma onda um pouco melhor, e na sequência veio em uma da série com um tubo e duas manobras fortes marcando 6,27 e 7,07. Julian ficou na pressão e esperou uma da série, pegou e não vacilou mandando três rasgadas gigantes marcando 8,43. (Recap)

Fred e Kelly são amigos de longas datas e já disputaram 7 baterias, das quais Kelly venceu 6, fora essa, a qual Fred foi mero coadjuvante. Optou pela estratégia que usou contra Miguel, ficando mais embaixo para pegar as intermediárias, mas isso não funciona contra Kelly, e ele tomou uma lavada. Kelly só precisou pegar três ondas, entubou profundo em todas e ainda mandou rasgadas insanas, somando 18,57 contra 10,17 de Fred. (Recap)

Primeiro brasileiro nessa fase, Wiggolly tem um surf forte e gosta desse tipo de onda, assim como Nat Young. Foi uma bateria com poucas ondas. Nat abriu bem com um cut back forte seguido de um bom tubo e outro cut back, garantindo 7,17. Depois disso, somente faltando seis minutos Wiggolly reagiu numa da série com três manobras muito fortes, conectadas e mereceu 8,43. Nat veio na detrás e fez outro tubaço e ainda duas rasgadas, mas ficou nos 6,77. Faltando três minutos, Wiggolly precisava de 5,51 e tinha a prioridade. A série entrou e ele dropou, mas foi uma fechadeira e parecia que seria seu fim, mas não desistiu e voltando rápido, mesmo sem a prioridade, pegou uma intermediária que lhe rendeu dois tubos profundos e um floater para finalizar e marcar 6,93. (Recap)

Italo e Jadson fariam a próxima. Um brasileiro cairia fora, mas um estaria garantido. Assim como no Rio OPen, Italo levou a melhor. Foi uma bateria morna, com notas regulares. Mesmo sem experiência alguma nessa onda, o garoto surpreendeu quando optou pelos tubos, mesmo pequenos, enquanto Jadson atacou com boas rasgadas e batidas, mas os juízes valorizaram mais o surf de Italo. (Recap)

A próxima bateria era muito esperada. O líder do ranking Adriano enfrentaria o show man Dane Reynolds, a técnica versus a espontaneidade. Adriano começou melhor com duas batidas muito fortes, marcando 6,67, mas Dane veio logo na detrás e fez um tubo incrível, uma onda excelente, 8,77. Adriano passou a precisar de 7,14 e pegou várias ondas, mas sem conseguir a nota. Faltando menos de cinco minutos, Dane com a prioridade, veio em uma onda linda, fez duas curvas apenas para esperar ela rodar e se encaixou lá dentro ainda mais profundo e mais longo que na primeira, nota 9,57. Adriano ficou em combinação, não daria mais pra ele. Mineiro ainda pegou sua melhor onda, metendo várias batidas e rasgadas que só lhe renderam 6,97. (Recap)

O brasileiro convidado, Alejo Muniz, contra Mick Fanning. Mick tem muito mais experiência nessas ondas e é favorito absoluto, mas Alejo já havia vencido Kelly, então tudo poderia acontecer. O mar baixou um pouco e os tubos não apareceram. Alejo surfou muito bem e chegou a fazer a melhor onda da bateria, mas lhe faltou uma segunda onda boa. Mick foi mais constante, como sempre, e venceu por apenas 0,37 centésimos. (Recap)

Joel Parkinson e Sebastian Zietz são dois exímios tuberiders, garantia de show nessa bateria. Zietz parecia estar com muita vontade, muito agressivo, mas pegou um Joel inspirado, perfeito na escolha das ondas e na leitura. Apesar de este ano Joel não ter conseguido ainda bons resultados, seu surf é o mesmo, muito estiloso, clássico, o mais bonito da elite. Não foi uma bateria fácil, Zietz surfou bem, mas Joel dominou do início ao fim. (Recap)

Na nona, dois australianos, Owen e Adrian. Esse foi um daqueles momentos no qual o mar sofreu com as adversidades naturais e os tubos não abriam. Ambos precisaram usar seus repertórios de manobras, e Adrian fez arcos lindos, perfeitos. Owen sofreu a bateria inteira até quando na sua última onda conseguiu reverter a situação. (Recap)

Gabriel Medina e Kai Otton deveria ter sido fácil, todas as apostas estavam em Medina, mas esse ano  parece que a estrela do garoto parou de brilhar. Foi uma disputa acirrada, ambos surfaram bem, alternado a liderança. No final, Medina precisava de 7,70, e só não marcou porque caiu na última manobra. Kai foi um pouco melhor, e venceu. (Recap)

Dois caras que vêm surfando muito, Bede Durbidge e Jeremy Flores. Sempre gostei do surf de Bede, mas esse ano parece estar melhor que nunca, nessas condições então, seu ataque de back side é poderoso. Jeremy também é especialista em tubos, então era garantia de bateria boa, e foi. Sobraram pauladas e rasgadas, ambos destruíram, Bede ainda mais, mas cometeu uma interferência, abrindo espaço para Jeremy vencer, uma pena. (Recap)

Filipe e Adam Melling fariam a última bateria. Sabemos que Filipe tem mais surf que Melling, mas ele ainda não mostrou sua força no Tahiti e Melling é perigoso nessas condições. Melling foi nas maiores em busca dos grandes tubos, Filipe optou pelas manobras, mas não fez nada de especial.(Recap)

sábado, junho 13, 2015

Fiji Pro 2015 - Segunda Fase


A segunda fase começou com Adriano de Souza e Inia Nakalevu, sorte de Adriano, porque embora o local tenha total conhecimento naquelas ondas, Adriano tem muito mais técnica, e como o mar se apresentava com ótimas condições, proporcionando paredes de 2,5 m., lisas e perfeitas para manobras, as chances seriam todas de Adriano. Inia até pegou umas boas, mas Adriano fez um surf de alto nível, com excelentes batidas e rasgadas. Abriu com 6,83 e finalizou com 6,67. (Recap)

Filipe Toledo enfrenta o outro local, Aca Ravulo. Pelo nível técnico dos surfistas, Filipe passaria fácil, mas mais uma vez Filipe não apresentou seu potencial e passou apertado com duas notas regulares, 5,5 e 5,2. Não parecia o Filipe que estamos acostumados a ver, surfou sem pressão, demonstrava insegurança nas ondas, enquanto Aca procurava os tubos, sua especialidade, e se o mar tivesse um pouco maior talvez suas notas fossem bem mais valorizadas, alterando o resultado. (Recap)
Na próxima bateria está um dos melhores surfista do mundo, embora por opção dele mesmo, não faça parte da elite, pois se dedica apenas ao free surf, uma pena. Dane Reynolds não sabe competir, ou simplesmente não dá valor aos resultados, surfa suas baterias como se estivesse se divertindo, e dá show, quando não tenta extrapolar seus próprios limites. Josh Kerr é um excelente surfista, muito técnico, surfou muito bem, entubou com classe e manobrou bem, mas Dane estava nos seus dias, suas manobras são gigantes, tem muita pressão, ele as faz com total comprometimento. Foi apertada, mas Dane levou a melhor. (Recap)

Kelly apareceu com sua Al Merrick. Muito concentrado, daquele jeito que nem os deuses conseguem impedí-lo de vencer. Quando esse cara está assim determinado, ele ainda é o melhor do mundo, e nessa que é sua onda preferida no circuito, ele dá show. Parecia que estava combinado, suas ondas seriam as melhores, as maiores e as mais abertas, com tubos impressionantes em alta velocidade. Chegou a fazer três tubos numa onda, marcando 9,93. Coitado do Jay Davies, a pressão de Kelly abalou-o completamente. (Recap)

Owen White e Aritz Aranburu foram prejudicados pelo forte vento que entrou nessa bateria. Nessas condições fica difícil para Owen mostrar seu power surf, e Aritz se aproveitou para dominar a bateria do início até o finalzinho, quando Owen achou a salvadora, com fluidez, executou quatro manobras no crítico e virou a seu favor. (Recap)

Devido às condições do mar, a direção resolveu suspender as próximas baterias. 
Somente no dia seguinte a competição reiniciou. Dia do aniversário do Mick Fanning, 13 de junho.

Julian Wilson x CJ Hobgood; dois surfistas de táticas e épocas distintas, mas nessas ondas, não há favorito. O mar havia subido como esperado e CJ procurou os tubos, sua especialidade e sua única chance contra o ataque moderno de Julian. Foi uma bateria fraca, com notas baixas, até quando no final, numa série bem grande, Julian inverteu o jogo, pegou um tubaço perfeito e marcou 9,50. (Recap)

Bede Durbidge e Dusty Payne são dois gigantes que se favorecem nessas condições. Foi uma bateria bem disputada, com notas altas de ambos. Carves gigantescos, power surf em ondas pesadas e tubos. Bede foi perfeito, fez o surf mais bonito dessa fase até então, suas batidas jogavam muita água pra cima. Dusty também impressionou, mas cometeu uns erros nas finalizações e Bede venceu mais uma. (Recap)

Joel Parkinson não deu chances a Glen Hall. Joel escolheu as melhores, fez grandes arcos, atacou o lip com pressão e entubou muito, fazendo inclusive dois tubaços na mesma onda, sempre finalizando bem. Ganhou fácil. (Recap)

Na nona bateria, Adam Melling não deu chances a Matt Wilkinson. Abriu a bateria com um tubo enorme e marcou logo um 8,90. Fez ainda um segundo Hi Score, só que nessa ele atacou o lip com muita pressão, executando várias batidas e ganhou um 8,10. Wilkinson surfou bem, mas teve apenas uma onda boa, sem chances contra Melling. (Recap)

A bateria entre Miguel e Fred foi frustrante. Miguel começou com uma onda regular, um 4,83, e boiou, ficou a bateria inteira muito mal posicionado esperando uma onda que não existia naquele momento da bateria. Fred foi esperto, começou com uma boa, 6,27, e como não tinha a prioridade, se posicionou mais embaixo e pegou uma atrás da outra, melhorando sua posição. Na última série, Miguel teve sua última oportunidade mas escolheu a onda errada, uma fechadeira, e Fred venceu fácil, mesmo com notas baixas. (Recap)

Jeremy Flores e Ricardo Christie foram abençoados com ondas excelentes e aproveitaram as séries surfando muito, todos dois. Foi a bateria mais disputada com as duas ondas de cada no critério excelente. Show de power surf de back side. Ricardo perdeu, mas venceria qualquer outra bateria se não tivesse enfrentado um Jeremy perfeito. (Recap)

Kolohe Andino e Matt Banting são dois surfistas novos com estilos parecidos. Kolohe vem evoluindo claramente a cada etapa. Os dois começaram bem, com ondas boas, com várias manobras no pocket da onda, mas Kolohe foi mais vertical e saiu na frente(6,83 x 6,00). Kolohe melhorou sua posição na segunda onda com duas batidas verticais e um tubo no inside marcando 7,50. Depois achou uma onda excelente e esculachou com várias batidas e rasgadas fortes até o inside marcando 9,50. (Recap)

quinta-feira, junho 11, 2015

Fiji Pro 2015 - Primeira Fase


Até que enfim começou! O swell ainda não encostou, mas a galera fez pressão e a direção de prova cedeu. Depois de cinco dias de espera, vai para água a primeira fase. 

Kelly surpreendeu a todos com sua prancha sem adesivos, shapeada pelo Greg Webber. Alejo, como convidado, não deu chances a ninguém, surfou com muita pressão, melhor que Kelly e Kolohe e passou direto pra terceira fase. Ótima estreia para ele e para o Brasil. (Recap)

Na segunda bateria deu Taj, surfou manobrando muito, com muita velocidade, passou fácil. (Recap)

Expectativa para a terceira bateria com Wiggolly Dantas contra Josh Kerr e Jay Davies. Surpresa! Josh como favorito não achou as ondas, ficou em último. Wiggolly fez a melhor onda até então, variação de manobras fortes, fluidez sempre no crítico. Esperava um 8, mas saiu um 7,17, que somado com 6,67 foi suficiente para colocá-lo em primeiro. Mais um brazuca passou direto. (Recap)

Filipe toledo estava na bateria número 4. Me pareceu perdido, sem sintonia com o mar, escolheu mal as ondas, fazia uma manobra e caía. Dane Reynolds é o eterno free surfer. O cara destrói, mas exagera e cai, não sabe competir. Adrian Buchan escolheu melhor as ondas e surfou muito bem, no critério, fez uma leitura bem feita e venceu fácil. (Recap)

Mick Fanning abre a quinta bateria e detona em todas as ondas. Surf limpo, leitura perfeita. Esse cara sabe usar as bordas como ninguém, conectando as manobras com muita fluidez e sempre no crítico. Ricardo Christie chegou a ameaçar, tem um estilo feio, meio desengonçado. Fez a melhor nota da bateria, mas faltou a segunda onda. (Recap)

Sexta bateria tem Adriano de Souza, atual líder do ranking. Abre com uma boa onda, mas é onda intermediária e não sai nota alta. Depois disso ficou perdido no mar, não achou mais uma onda boa, caiu em todas as suas ondas logo na primeira manobra. Uma pena ver o Adriano assim. Kai Otton escolheu melhor, pegou uma onda excelente e logo em seguida outra onda muito boa, somando juntas 15,60. Surfou muito, destruiu todas as suas ondas. Deixou Adriano e o local em combinação. (Recap)

O mar nesse momento piorou bastante. Gabriel abriu tentando um aéreo, mas caiu. Jeremy pegou logo um tubo e começou botando pressão. CJ também fez logo uma boa, soltando batidas e rasgadas. Gabriel pegou mais duas ruins, e então, numa onda média, o moleque destruiu tudo! Quatro manobras super comprometidas, metendo um 9,23, melhor onda do dia. Conseguiu um 5,5 na sequência para garantir a liderança. Jeremy e CJ continuaram surfando bem, ameaçando Medina a cada onda surfada. Mas no final, no último minuto, Gabriel pegou uma da série e meteu mais quatro manobras em alta velocidade para fechar a bateria mais disputada até então. (Recap)

Na oitava bateria tínhamos três nomes de peso, mas foi uma bateria morna. O mar subiu um pouco, mas as ondas não abriam para vermos boas performances. Só na metade da bateria o Owen achou duas  ondas boas, mostrando o power do seu surf e disparou na frente. Mas no finalzinho, Sebastian Zietz faz sua melhor onda e vira por apenas 0,33. Owen soca sua prancha enfurecido. (Recap)

Miguel Pupo é mais uma esperança para o Brasil, mas Nat Young começou muito forte, com tubo e sequências de manobras com muita pressão. Colocou duas ondas boas para começar bem. Miguel usou seu estilo polido, variou bem as manobras e esquentou a batera. Glen Hall pegou uma da série e entrou na briga. Logo achou outra e passou a segundo. Miguel conseguiu ainda trocar uma nota e reconquistou o segundo lugar, no entanto, ninguém ameaçou Nat Young. (Recap)

Décima bateria. Jadson começou com atitude, uma onda com um rasgadão e outra com um tubão, mas não foi adiante. Ficou a bateria toda em último até no final achar suas duas melhores ondas passando para primeiro. Foi guerreiro, fez altas manobras, arriscando muito, pegando tubo e conseguindo um 7,5 e um 7,67. Na última onda, ainda fez seu melhor tubo e lacrou a vitória. (Recap)

Penúltima do dia. Bede Durbidge é um cara que já está no tour há muitos anos, nunca chegou perto do topo, mas esse ano veio inspirado, tem mostrado um surf muito forte e polido. O mar continua estranho, variando muito de acordo com o vento. Bede pega uma boa, manda um batidão de back mas a onda fecha. Matt pega duas intermediárias, manda umas manobrinhas, mas sem expressão. Daí o Keanu escolhe bem uma da série e destrói com três off the top. É isso que os juízes esperam, atitude, notão, 7,73. A bateria segue morna até Bede fazer outra regular, com duas batidas boas, mas cai na finalização. Keanu Asing precisava apenas de um 3,2 para virar, tinha a prioridade e pegou uma merreca, fez o básico para conseguir 3,77, virou. (Recap)

Enfim, a última do dia, e tem brasileiro numa bateria difícil contra Joel Parkinson e Fred P. Ítalo abriu elétrico como sempre, fazendo uso das bordas e atacando o lip. Fred P. e Joel optaram pelos tubos, mas as ondas não ajudavam. A bateria esquenta quando os três pegam ondas boas. Joel passa por um bom tubo manda mais três no lip(7,83). Ítalo responde com um super floater e mais três lascadas no lip(7,67). Fred foi fluido, manobrou bem, mas faltou agressividade e não finalizou(5,70). No finalzinho, Joel tinha a prioridade e precisava de 7,44. Escolheu uma bomba da série, mas apenas passeou na onda e os juízes soltaram 7,37(se fosse um brasileiro estaríamos chorando). Ítalo também veio numa bomba, mas atacou a bicha e fez sua melhor nota, 8,30, selando a vitória. (Recap)

Final da primeira fase, No Losers, ninguém é desclassificado, mas quem perdeu agora está na pressão porque na repescagem é tudo ou nada, e vários "favoritos" caíram, Kelly, Filipe, Adriano, Jeremy Flores, J. Wilson e Joel Parkinson. O bicho vai pegar!

segunda-feira, junho 08, 2015

Sonny Landreth


E por falar em exímios guitarristas, veio-me a memória o subestimado Sonny Landreth. Esse americano que desde 1973 está na ativa tocando com os grandes mestres e gravando dezenas de álbuns solo, todos de alta qualidade mesclando blues e country, para não fugir da sua origem, o Mississippi. Acaba de lançar hoje mais um discaço, Bound By The Blues. Felizes aqueles que puderem ouví-lo.

Para dar uma gostinho da pureza, beleza e sensibilidade desse cara...



https://soundcloud.com/mascotlabelgroup/02-sonny-landreth-bound-by-the
http://www.sonnylandreth.com/

A.C. Myles


Descobri esse exímio guitarrista hoje navegando em busca de uma outra banda. O cara canta bem e detona nas guitarras, além de ter uma boa banda de apoio. Fã de Jimi Hendrix, é clara a influência do mestre no seu som, embora ele não se apegue a sonoridade da época, explorando um blues moderno. Gostei muito do som da banda. Parece que só tem dois discos gravados, o Rush to Red, que acaba de ser lançado, e um do ano passado, Reconsider Me. Vale muito dedicar um tempinho para curtir essa pancada.






https://soundcloud.com/acmyles
https://www.reverbnation.com/acmyles

domingo, junho 07, 2015

Fiji Pro 2015

Vai começar o Fiji Pro 2015, na ilha de Tavarua. Quinta etapa do Tour, é uma das mais esperadas e emocionantes do ano, tanto pela beleza do lugar, quanto pela perfeição e tamanho das ondas que geralmente quebram nesse lugar incrível.


Hoje aconteceu a cerimônia de abertura, mas a competição foi adiada devido às condições do mar não se apresentarem tão perfeitas quanto se espera. Como a organização dispõe de 13 dias para realizar o evento, melhor esperar um pouco já que a previsão indica um grande swell para os próximos dias.

O time brasileiro está completo, e ainda conta com o reforço de Alejo Muniz, convocado como alternate devido à ausência de alguns tops que estão machucados. Não participarão do evento: Michel Bourez, John John Florence, Brett Simpson e Jordy Smith.


As baterias para a primeira fase já estão definidas, ficaram assim:
1. Kelly Slater x Kolohe Andino x Alejo Muniz
2. Taj Burrow x Matt Banting x Aritz Aramburu
3. Josh Kerr x Wiggolly Dantas x Jay Davies
4. Filipe Toledo x Adrian Buchan x Dane Reynolds
5. Mick Fanning x Ricardo Christie x Aca Ravulo
6. Adriano de Souza x Kai Otton x Inia Nakalevu
7. Gabriel Medina x Jeremy Flores x C J Hobgood
8. Owen Write x Sebastian Zietz x Dusty Payne
9. Nat Young x Miguel Pupo x Glen Hall
10. Julian Wilson x Jadson Andre x Adam Melling
11. Bede Durbidge x Matt Wilkinson x Keanu Asing
12. Joel Parkinson x Italo Ferreira x Fredrick Patacchia