A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

sábado, outubro 31, 2015

Wolfmother - 10 anos


31 de outubro de 2005. Hoje faz dez anos do lançamento oficial dessa obra única que viria a causar o maior furor na cena musical da década. Foi um choque, um ataque fulminante, uma bomba com potencial para arrasar o mundo. O que aqueles três jovens australianos estavam criando naquele estúdio da Universal na Califórnia nem eles mesmos podiam imaginar. 

A fórmula mágica tinha os elementos básicos: psicodelia, muito feeling, riffs agressivos, baixo pulsante, teclados alucinantes e bateria destruidora. O resultado foi um novo elemento, algo que soava como o Black Sabbath e o Led Zeppelin juntos, se isso fosse possível. Era algo inédito,  primitivo, grandioso, perigoso, sujo, pegajoso, intenso, viciante, cativante, com corpo e alma própria. 


Uma obra como essa é tão importante que depois dela houve uma mudança na cena do rock. Todos os envolvidos no movimento estavam atordoados. Era preciso mudar os rumos, um novo caminho fora aberto e seria por ele que a maioria das melhores bandas seguiriam até os dias atuais.

Para comemorar essa façanha, a gravadora está lançando uma edição especial em cd e lp duplos. O primeiro disco é idêntico ao original, e o segundo vem com 15 faixas demos, b-sides e versões ao vivo. Nenhuma explosão será causada, nenhuma outra revolução iniciada, é apenas uma homenagem e uma forma de conhecermos um pouco mais de como eles chegaram ao resultado final.




quarta-feira, outubro 28, 2015

Novo vídeo do John John


Novo short vídeo do John John Florence. Além do show de surf, belíssimas imagens. Vale assistir o melhor surfista do mundo. 

Yago Dora


Este ano de 2015 temos uma das maiores e melhor participação de brasileiros na elite, 1ª divisão do circuito mundial profissional de surf. São sete os nossos representantes fixos, além do Alejo Muniz, Caio Ibeli e do Thomas Hermes que participaram como convidados/alternates em algumas etapas. Isso representa quase um quarto de todos os atletas, apenas atrás da Australia, que sempre foi absoluta, com 10 representantes, privilegiada por sediar três eventos no seu território, contra apenas um em cada outro país. 
No entanto, a coisa pode melhorar ainda mais para o próximo ano, pois já temos garantidos mais dois nomes, o Alejo Muniz e o Caio Ibeli, ou seja, se nenhum dos que estão hoje for rebaixado, teremos 9 nomes, quase um terço do total, mas ainda faltam algumas etapas e vamos esperar para comemorar na hora certa.
Temos ainda o Alex Ribeiro, Deivid Silva e Jesse Mendes com grandes chances de classificação, tudo vai depender dos seus resultados nessa reta final. Um nome, por enquanto, ainda não ameça classificação, mas tenho certeza que dentro de dois ou três anos será presença garantida, o garoto chama-se Yago Dora. Está sendo preparado desde pequeno com esse objetivo e está mostrando grande evolução e já reconhecimento. Não tardará para sermos maioria nesse grupo que por toda história teve domínio australiano e apesar de muita resistência, e muito trabalho da nossa parte, chegaremos lá.

Wolfmother - Easy Lover (Phil Collins cover)


Nunca gostei de Phil Collins, aliás, em tempos longínquos, quando ainda tinha cabelo e tocava bateria nos primeiros anos do Genesis, até cheguei a admirá-lo com as baquetas, ninguém pode negar, foi um grande baterista. Com a saída do Peter Gabriel da banda, Phil acumulou os vocais e ainda fez um bom trabalho, mas sua carreiro solo é muito fraca. 
Também não sou chegado a versões, com raríssimas exceções, e mais raras ainda são aquelas que superam as originais. Mas está aí um exemplo para queimar minha língua. A excelente banda Wolfmother conseguiu tornar uma música chata, pop e grudenta, em um rock bem agradável. Tirou onda, colocou peso, guitarras distorcidas nos riffs e superou a original. Muitos vão discordar, mas gosto não é para qualquer um.

segunda-feira, outubro 26, 2015

Sementes


As sementes, assim como as almas, são invisíveis,
as primeiras, dormem no interior da terra,
as outras, habitam o interior do ser,
até quando cismam em despertar.


Small Faces x Faces.

O Small Faces ou Faces, como muita gente pensa, não é a mesma banda, ou quase isso. O Small Faces foi uma banda londrina que fez muito sucesso no seu país de origem na metade dos anos '60, batendo de frente com o The Who e os Rolling Stones. Esse sucesso, no entanto, nunca foi atingido na América, sabe-se lá o porquê.

Mas voltando a diferença, ou confusão, como absurdamente fora cometido pela gravadora americana, a Demon, quando lançou o primeiro disco do Faces nos Estados Unidos, em 1970. O que ocorreu foi uma mudança na formação que resultou em uma pequena mudança no nome da banda.


O Small Faces era composto por Steve Marriot(guitarra e vocais), Ronnie Lane(baixo e vocais), ambos membros fundadores, e ainda Jimmy Winston(orgão), que logo foi substituído por Ian McLagan, e Kenney Jones na bateria.

Quando em 1969, Steve Marriot deixou a banda, os três membros remanescentes convidaram para substituí-lo o guitarrista Ron Wood(que anos mais tarde iria para os Stones) e o cantor Rod Stewart(que mais tarde faria bastante sucesso em carreira solo). Com isso, retiraram o nome "Small" e ficaram apenas com "Faces ."

Tirando esse equívoco, o que fica e o que mais importa é a música feita por esses caras, os excelentes discos gravados até o início dos anos '70, quando infelizmente tenderam para o Pop e vieram a acabar.



sábado, outubro 24, 2015

"The Rest"


Porra, esse vídeo é sensacional! O que nós somos, para onde vamos? Somos uns merdas ficando velhos e rabugentos e vamos para um buraco. Se não nos mantermos unidos, continuando a fazer o que gostamos, com quem nos entendemos, rindo dos nossos tropeços e das nossas memórias, viveremos cada vez menos, tristes e lamentando os bons tempos. Fodam-se! Quero mais é me divertir, sorrir, amar, gozar, curtir cada dia com o que ainda tenho, fazer o que posso e tirar proveito da minha capacidade, enquanto ainda tenho alguma.

quarta-feira, outubro 21, 2015

Lee Harvey Osmond


Beautiful Scars é o terceiro e recém lançado álbum do projeto de Tom Wilson, que em 2009 lançou "A Quiet Evil", e em 2013, "The Folk Sinner", ambos premiados no circuito canadense.
Com a produção de Michel Timmins, do Cowboy Junkies, esse trabalho está exuberante. Blues e Folk tradicionais são a tônica das dez músicas do álbum. A voz de Wilson é modesta e profunda, belíssima, as guitarras nos elevam e a cozinha de baixo e bateria nos faz voltar aos velhos tempos, quando a música era tocada por homens simples, com muita dor e sentimento aflorando, seja por amor, seja por esperança ou desilusão.




http://leeharveyosmond.com/
https://soundcloud.com/latent-recordings/lee-harvey-osmond-blue-moon-drive/sets
https://leeharveyosmond.bandcamp.com/

segunda-feira, outubro 19, 2015

ISA World Junior Surfing Championship 2015


Terminou nesse domingo a maratona que define os melhores surfistas até 18 anos. O Brasil teve uma das suas piores colocações nesse evento, ficando apenas com o 12º lugar geral por equipes.

Bobby Martinez

http://backdraft.surfline.com/

domingo, outubro 18, 2015

Meu Amor


....
meu amor
tenho certeza que o 
nosso amor será biblioteca
vou andar pelos seus corredores
pegar os livros que falam dos seus sonhos, medos e esperanças
tenho uma utopia linda de tentar conhecer cada canto de sua alma
com esse meu espírito de leitor voraz
mesmo que no fundo eu sei
que nunca conseguirei saber tudo sobre a sua alma
acho que o amor é isso
é a constatação do infinito que existe no outro
por isso a expressão "perdido de amor"
quem não quer se perder em um infinito?
eu quero
e talvez eu possa desaparecer em um coração
quero me sentar nessa confortável poltrona de envelhecer
com uma boa xícara de café
e ler as suas páginas pelo resto da minha vida
e celebrar a genialidade dessa escritora chamada
vida

Nossos Lugares

Há muita beleza espalhada por aí, basta ter olhos atentos e vontade para ver...Esse fim de semana, 17 e 18 de outubro de 2015, a natureza estava se exibindo, feliz de quem pôde apreciar seu espetáculo.




quinta-feira, outubro 15, 2015

Top 10 Led Zeppelin Acoustic Songs

O Led Zeppelin é a banda perfeita, sua história e trajetória registram essa minha afirmação. Uma única formação, dez discos, inúmeros bootlegs não autorizados, apresentações memoráveis. Foram do blues ao hard rock, flertaram com música indiana e folk, alguns até consideram metal, apesar de não concordar com isso.  Dentre seus clássicos, algumas músicas acústicas também se destacam, entre elas:

10_ Hey, Hey What Can I Do - Está no lado B do compacto de Immigrant Song, de 1970, e só foi relançada no Box comemorativo de 1990.

9_The Battle of Evermore - Uma linda música incluída no disco Led IV, de 1971.

8_Poor Tom - Essa música nunca entrou nos discos da carreira do grupo, apenas nos outtakes do Coda, após o fim da banda em 1982.

7_Friends - Essa é uma versão de Four Sticks gravada na India em 1972, também não está nos discos oficiais.

6_Bron-Yr_Aur - Uma das mais curtas e mais lindas músicas da banda.

5_Going to California - Outra que está no clássico Led IV, simplesmente fantástica!

4_Gallows Pole - Voltando ao Led III, o disco mais acústico da banda. Plant está frenético, Page usa banjo, bandolin e guitarras. Bonzo aparece, como sempre, detonando.

3_Black Country Woman - Essa é puro blues, Plant canta e toca harmônica, está no duplo Physical Graffiti, de 1975.

2_That's the Way - Também do Led III, com o mesmo feeling de Bron-Yr-Aur, uma belíssima canção aqui em uma versão ao vivo em 1975.

1_Babe I'm Gonna Leave You - Essa é do início da história da banda, uma das primeiras músicas que Page e Plant fizeram juntos. Lançada no primeiro disco, em 1968, já anunciava o que estava por vir.

quarta-feira, outubro 14, 2015

Van Zant Legacy

Quando ouvimos o nome Van Zant, lembramos logo de três caras que representam muito para a música americana, Donnie, Ronnie e Johnny.
Donnie fez carreira com sua banda, a .38 Special, com vários discos e turnês por toda a America com relativo sucesso.
Ronnie formou um dos maiores grupos americanos, o Lynyrd Skynyrd, gravou discos excelentes e fez história sendo um dos criadores do estilo conhecido como Southern Rock
Em outubro de 1977, porém, uma tragédia se abateu sobre a banda quando o avião que levava alguns membros em turnê caiu e seis pessoas faleceram, incluindo Ronnie. Seria o fim da banda, mas o irmão mais novo, Johnny, aceitou a difícil tarefa de substituir o ícone e manter viva a banda que era adorada por milhões.
Na época do acidente, Ronnie deixou uma filha com dez anos, Tammy Michelle, que hoje também faz música, assim como seu primo, Jimmie, ambos mantém o legado da família e do nome Van Zant.






Donavon Frankenreiter - The Heart


The Heart é o novo trabalho de Donavon, um disco bastante sentimental, todas as canções são íntimas, honestas, feitas com o coração, palavras do próprio Donavon. 
O álbum foi gravado em um estúdio no Texas, mas de forma inusitada, aberto ao público. 
Donavon e apenas mais dois companheiros mudaram-se por duas semanas para o estúdio localizado em uma fazenda. Não saíram de lá até o disco ser concluído. A cada dia uma nova música era gravada e as gravações podiam ser vistas por quem quisesse.
A última música do disco, California Lights, foi composta apenas ao violão, inspirada pelo momento que o pai dele passava, com leucemia, e que logo depois veio a falecer.
"Eu senti como se estivesse em uma bolha, todo o tempo, eu estava tão dentro da música...eu chorei quando saí do estúdio, e os caras da banda também...foi como voltar à realidade. Isso é o que a música faz, você pode definitivamente escapar."





10 OurVinyl Sessions












sábado, outubro 10, 2015

Seis Álbuns de Outubro

Ontem recebi mais uma encomenda que fiz na Classic Rock Brazil Store, do meu amigo Leonardo Martins. Foram seis discos clássicos de bandas que adoro.
Dois discos do Ten Years After, Cricklewood Green e Watt, ambos gravados em 1970, que com o trabalho seguinte, A Space in Time, fecharam um período que começou em 1967 com sete excelentes álbuns.




 



Um dos discos que fez parte da minha seleta coleção de importados e raros nos anos '90, um daqueles que ocupavam lugar de destaque na prateleira e no meu coração. Já me lamentei muito por todos esses anos a sua perda porque pensava ser impossível recuperá-lo, o maravilhoso Tonight's The Night, de Neil Young, lançado em 1975.




Alimento uma paixão especial pela primeira fase do Fleetwood Mac, quando Peter Green estava na banda. Foram apenas quatro discos, mas foi o suficiente para deixar uma marca no blues inglês. Esse English Rose se confunde com o Mr. Wonderful. Ainda não consegui entender o porquê desses dois discos serem lançados com quase todas as mesmas músicas, ambos excelentes.



Stephen Stills foi um dos fundadores do Buffalo Springfield junto com Neil Young. Com o fim da banda, ele participou do projeto Super Session com Mike Bloomfield e Al Kooper. Depois juntou-se a David Crosby e Grahan Nash para formarem o Crosby, Stills & Nash. Um ano depois convidaram Neil Young e gravaram dois discos maravilhosos. Stills arriscou-se em carreira solo e gravou estes dois ótimos discos, Stephen Stills, em 1970, e Stephen Stills 2, em 1971.





Francês Outubro 2015


Pela terceira vez nesse ano fiz meu retiro surfístico na Praia do Francês. Apenas três dias, mas suficientes para renovar as boas energias que emanam daquele lugar. 
A tranquilidade da comunidade, a beleza da praia e o mar...ah! o mar...sempre lindo, azul, com suas águas translúcidas, quentes, convidativas...e as ondas, sempre fortes, desafiadoras, um caso de amor.
É isso, um caso de amor.