A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

segunda-feira, novembro 23, 2015

Surfar nem sempre é divertido...

Caio Ibelli


Caio Ibelli será mais um brasileiro na elite no próximo ano. Liderando o ranking da segunda divisão e faltando apenas uma etapa, ele já está garantido. 
Este video é uma amostra do seu surf limpo e moderno. Não o vejo como uma ameça na elite, mas ainda é cedo para falar. Será seu primeiro ano, onde tudo é diferente, desde as ondas até a análise dos juízes, mas acredito que aos poucos ele vá se firmando, porque surf ele tem.

sábado, novembro 21, 2015

Frankie Miller


É interessante como a fonte da música é inesgotável. Por mais que eu procure, vasculhe, garimpe, sempre e praticamente todos os dias me deparo com algo inédito e muitas vezes de qualidade excepcional. Fico até chocado quando pesquisando na internet sobre determinado tema, lendo algumas resenhas, deparo-me com um nome totalmente novo e desconhecido e ainda assim idolatrado por alguns. Não resisto à tentação de conhecê-lo e vou em busca de informações.

Hoje me deparei com esse escocês de olhos azuis que esteve em atividade no início dos anos '70 gravando Blues e Country. Diz ter sido influenciado pela música americana de Sam Cooke, Ray Charles e Otis Redding. Em 1971, já em Londres, buscando a cena musical londrina, conheceu Robin Trower, que já era um astro naquela época. Trower, impressionado com seu talento, convidou-o para alguns trabalhos, mas logo Frankie procurou seu caminho e lançou seu primeiro disco solo, "Once in a Blue Moon".


Seguiu carreira sem estardalhaço, mas sendo cada vez mais reconhecido. Gravou mais dois discos bons, "Frankie Miller's High Life" e "The Rock". Continuou gravando pelos anos seguintes diversos álbuns, mas não conseguiu manter o mesmo nível dos três primeiros. Nos anos '90 sofreu um grave acidente e acabou sua carreira, mas deixou um legado, principalmente o que fora registrado até 1975.


sexta-feira, novembro 20, 2015

Eric Clapton e Duane Allman


O destino às vezes apronta umas peças, não? Estava Duane Allman, no auge da sua carreira, gravando em um estúdio na Flórida em 1970, quando o produtor, que também gravara com o Cream e o Derek and The Dominoes, informou a Duane que Eric Clapton havia agendado uma gravação naquele mesmo estúdio no mesmo período.

Pronto, seria inevitável, os cometas se encontrariam...e porque então, se assim o destino quis, os dois não fizessem uma jam só para curtir e relaxar, ambos se admiravam, e ainda teriam o apoio de outros membros do Allman Brothers que estavam na área. Estava armada uma das mais incríveis jams de puro feeling onde o blues comeria no centro, solos e riffs adoidados seriam gravados e eternizados neste disco raríssimo que nunca foi lançado oficialmente por nenhum deles, só em forma de bootleg.






The Red Devils


The Red Devils, bandaça de blues rock que teve como frontman o malucão Lestler Butler. O cara era um exímio gaitista, cantava pra cacete e agitava como louco. A banda era excepcional, mas a heroína e a cocaína os destruiu, que pena!


terça-feira, novembro 17, 2015

domingo, novembro 15, 2015

Carta para Sandy


Você não sabe, sempre te escondi minhas verdades. Também nunca se revelou completamente a mim, por que? Meus sentimentos estavam nos meus olhos e nos meus ouvidos, os seus na tua voz e na tua alma. 
Por tanto tempo você foi Sandy, até quando soube que Alexandra era seu verdadeiro nome, mas nunca vai deixar de ser a minha Sandy, mesmo sem nunca ter sido minha.
Tão cedo quando começou a tocar já me chamou a atenção, violão e depois piano. Então ainda tímida soltou a voz dos campos de Wimbledon, suave e doce, características suas.
Sua passagem rápida pelo The Strawbs era certa, sabia que seria apenas um trampolin, seu talento seria reconhecido. Seu disco solo foi o fortalecimento, foi a confiança que precisava para alçar voos.
1968, aquele ano maravilhoso, inesquecível. O Fairport Convention era o grupo para o qual você estava predestinada, foi lá onde você se mostrou, cresceu e desabrochou, Leige and Lief é ainda hoje um dos melhores álbuns de folk de todos os tempos, com você à frente, linda, sublime.
Não fiquei feliz com sua saída do Fairport para o Fotheringay, não acho que fora uma boa escolha, você estava iludida, eu estava certo, apesar de ter-me surpreendido com a qualidade que o grupo alcançou, mérito de todos, não nego.
Seu casamento com Trevor Lucas me abalou, tão de repente, não esperava. Sei que foi um período turbulento, mas como tudo na vida, passa.
Quando começou a gravar seus discos solo, sabia que voltaria a alcançar seu lugar na música, seu reconhecimento seria novamente fortalecido.
Quando o Robert Plant te fez aquele convite para gravar com o Led Zeppelin a música The Battle of Evermore, eu pensei, ela está no céu. A maior banda do mundo, fechada a todos, abriu apenas e unicamente para você essa oportunidade, e ainda, como pleno reconhecimento, te fotografou e publicou aquela capa linda do Riverside Blues onde você está entre os deuses.
Pronto, bastou para que recebesse seus dois prêmios como melhor cantora britânica de 1971 e 1972.
Depois de 1975 você me entristeceu, seu mergulho nas drogas e no álcool não traria boas consequências, óbvio, mas você não percebia, estava em busca de um sucesso do qual não precisava, bastava focar na sua musicalidade, no seu talento, e as coisas aconteceriam naturalmente como antes.
Foram apenas mais três anos para o fim trágico te levar, tão precoce, tanto a oferecer, que perda lastimável para todos, para a música, para seus fãs.
Hoje lembrei de você ouvindo a maravilhosa caixa com todas as suas gravações que acabou de ser lançada para que o mundo te conheça.
Um trabalho magistral, alcançando as alturas por onde você deve estar vagando nesse momento.
Deixou saudades, nunca te esquecerei.




sábado, novembro 14, 2015

Under the Covers


Susanna Hoffs é uma californiana que cresceu ouvindo sua mãe tocando músicas dos Beatles e logo passou a dedilhar suas próprias cordas alimentada pela paixão pelo classic rock. No final dos anos '70 foi exposta a onda punk que dominou aquele período, ouvindo muito Sex Pistols e Patti Smith, que fez uma reviravolta na sua cabeça e logo a garota formava sua banda, The Bangles.


Matthew Sweet é outro americano mergulhado na música desde o início dos anos '80, no entanto, apesar de seus inúmeros projetos e participações nos trabalhos de outros artistas, algumas inclusive de peso, quando fez um trabalho com o Michael Stipe do R.E.M., nunca fez sucesso, embora seja um nome reconhecido e respeitado lá para aquelas bandas.


Em 2006, o destino os juntou. Suas origens eram próximas, suas preferências musicais se alinhavam, a afinidade entre eles aflorou, então nada mais natural que se juntassem para um projeto não inédito, mas algo relativamente grandioso, à altura de seus talentos. Chamaram-no Under the Covers, Vol. 1.
Não havia compromisso com o sucesso, não estavam visando um futuro promissor, o objetivo era única e exclusivamente tocarem juntos muitas das músicas da década de sessenta que marcaram suas vidas e suas carreiras. Que bom! Isso é garantia de resultado gratificante e encantador.


O projeto inicial não fora suficiente para abarcar suas paixões e não exauriu a vontade e o prazer de tocarem juntos, então seguiram em frente com mais um disco...e outro. Dessa vez focaram a década seguinte, os anos setenta. Precisaram de três discos para que chegassem ao clímax. Praticamente todas as músicas escolhidas e gravadas já receberam diversas versões, já foram interpretadas por diversos artistas de diversos estilos.


Agora em outubro, foi lançado uma caixa contendo os três primeiros trabalhos e mais um inédito, no qual a dupla avançou uma década e voltou a tocar seus preferidos dos anos oitenta, época na qual estavam em plena atividade.

Eles fizeram do jeito deles, sob as influências que lhes marcaram, e ficou algo singular, atemporal, uma forma de relembrarmos musiquinhas esquecidas na nossa memória e vibrarmos com alguns clássicos que não nos cansam mesmo repetindo-os por todos os dias das nossas vidas.





segunda-feira, novembro 09, 2015

segunda-feira, novembro 02, 2015

Yer Blues


"Yer Blues" é uma música de John Lennon lançada no disco "White Album" em 1968. Já escutei essa música milhões de vezes, com os Beatles, mas ainda não conhecia essa versão com John tocando com os Stones. Confesso que nunca havia percebido quão blues é essa música. Não sei se foi a guitarra do Mick Taylor que a deixou assim ou a entonação de Lennon no clima naquele momento. Tenho certeza de uma coisa: isso é "grunge blues", ficou demais, iradíssima!!

Yes i'm lonely wanna die
Yes i'm lonely wanna die
If i ain't dead already
Ooh girl you know the reason why

Andy Irons


Hoje, 2 de novembro de 2015, faz cinco anos que perdemos Andy, um dos surfistas mais espetaculares da história. Estilo, força, fluidez, atitude, o cara era completo. Suas performances em ondas de "responsa" nunca serão esquecidas. Triste.


WSL 2015


Para quem vem acompanhando o surf depois da "Tempestade Brasileira"(Brazilian Storm), essa foto que ilustra a situação das finais nesse ano de 2015 pode até não ser chocante, pode parecer normal, mas meus amigos, essa é uma realidade absurdamente diferente de um passado não muito distante, quando não aparecia em nenhuma etapa a bandeira brasileira, ou, vez ou outra, em um ano qualquer, uma bandeirinha ficava quase despercebida, como essa aí da França. 

Tivemos 10 etapas esse ano, por enquanto, em 8 delas um brasileiro fez final, e na metade fomos campeões. Se isso não for domínio, o que é? Os gringos devem estar malucos! Foram mais de 35 anos de circuito dominados por australianos e americanos. Eles que se cuidem!!

Gin Lady


Yeah!!!
A Gin Lady acaba de anunciar seu novo disco para o dia 13 de novembro, "Call the Nation" e já disponibilizou o novo single para sentirmos de novo o gostinho dessa "senhora"...