Susanna Hoffs é uma californiana que cresceu ouvindo sua mãe tocando músicas dos Beatles e logo passou a dedilhar suas próprias cordas alimentada pela paixão pelo classic rock. No final dos anos '70 foi exposta a onda punk que dominou aquele período, ouvindo muito Sex Pistols e Patti Smith, que fez uma reviravolta na sua cabeça e logo a garota formava sua banda, The Bangles.
Matthew Sweet é outro americano mergulhado na música desde o início dos anos '80, no entanto, apesar de seus inúmeros projetos e participações nos trabalhos de outros artistas, algumas inclusive de peso, quando fez um trabalho com o Michael Stipe do R.E.M., nunca fez sucesso, embora seja um nome reconhecido e respeitado lá para aquelas bandas.
Em 2006, o destino os juntou. Suas origens eram próximas, suas preferências musicais se alinhavam, a afinidade entre eles aflorou, então nada mais natural que se juntassem para um projeto não inédito, mas algo relativamente grandioso, à altura de seus talentos. Chamaram-no Under the Covers, Vol. 1.
Não havia compromisso com o sucesso, não estavam visando um futuro
promissor, o objetivo era única e exclusivamente tocarem juntos muitas
das músicas da década de sessenta que marcaram suas vidas e suas carreiras. Que bom! Isso é garantia de resultado gratificante e
encantador.
O projeto inicial não fora suficiente para abarcar suas paixões e não exauriu a vontade e o prazer de tocarem juntos, então seguiram em frente com mais um disco...e outro. Dessa vez focaram a década seguinte, os anos setenta. Precisaram de três discos para que chegassem ao clímax. Praticamente todas as músicas escolhidas e gravadas já receberam
diversas versões, já foram interpretadas por diversos artistas de
diversos estilos.
Agora em outubro, foi lançado uma caixa contendo os três primeiros trabalhos e mais um inédito, no qual a dupla avançou uma década e voltou a tocar seus preferidos dos anos oitenta, época na qual estavam em plena atividade.
Eles fizeram do jeito deles, sob as influências que lhes marcaram, e
ficou algo singular, atemporal, uma forma de relembrarmos musiquinhas
esquecidas na nossa memória e vibrarmos com alguns clássicos que não nos
cansam mesmo repetindo-os por todos os dias das nossas vidas.
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