"Se
um país é uma árvore, as crianças são seus frutos".
Cidadania
Quem é
cidadão? Todos são, responderia o ignorante. Não sejamos
ignorantes. Para ser cidadão não basta estar vivo e fazer parte de
uma sociedade, mas sim viver em uma cidadania, onde todos têm todos
os seus direitos garantidos, conhece-os e têm liberdade para
exercê-los. Um país que pensa e respeita a cidadania não ignora
nem seus filhos, nem seus pais, os polos mais fracos, não os exclui,
seja porque ainda não contribuem economicamente ou porque deixaram
de contribuir, sendo assim vistos apenas como "despesas" e não
"investimentos".
"Um
menino de rua é
mais do que um ser descalço, magro, ameaçador e mal vestido. É
a prova da carência de cidadania de todo um pais, onde uma imensa
quantidade de garantias
não
saiu do papel da Constituição."
Onde
estão os Direitos Fundamentais senão na Constituição. Não
deveriam ser respeitados acima de tudo? E os Direitos Humanos
expressos na Carta da ONU? Apenas faz-se de conta que se cumprem.
Ainda não saíram do papel.
Estado
Democrático de Direito
A
democracia se propõe a ser o regime mais civilizado que existe,
porque todos – do presidente ao menino de rua – deveriam ter seus
direitos assegurados. Direito à vida, à liberdade, direitos sociais
e políticos, direito à educação, ao lazer e
ao bem estar, à
segurança e a
um meio ambiente equilibrado
e saudável. O
Estado nos deve tudo isso, mas nem
sempre paga, não se
comporta como deveria, na maioria das vezes é ausente quando deveria
ser presente; e é excessivamente presente, ou abusivamente autoritário, quando deveria garantir a liberdade e os direitos do
cidadão.
Violência
Não
deveríamos admitir a violência, não é algo natural. No entanto, o
que vemos é a instalação de toda e qualquer forma de violência no
nosso dia-a-dia. Vivemos com medo, quase exilados da nossa condição
de liberdade, de ser, de ter, de agir,
de sentir. As nossas assombrações que outrora eram lendas, hoje são
reais, temos medo de pessoas, de menores infratores, de mocinhos
e de bandidos. A
polícia, representante da
força do Estado, tantas vezes é truculenta e despreparada, excede e
abusa do poder que lhe foi conferido por Lei para salvaguardar o
cidadão e garantir o usufruto da cidadania. Temos
a polícia que mais mata no mundo, mata menor, criminoso, mata
pessoas de bem, todos
são vítimas, e muito disso se deve à impunidade, ausência
de agir do Estado, que
tem o dever de garantir a paz social.
Economia
A
economia de um país costuma ser medida pelo PIB(Produto Interno
Bruto), ou seja, todas as riquezas produzidas em um período de um
ano. É um índice que dá uma boa idéia e serve de comparação com
anos anteriores para que seja avaliado o crescimento ou regresso da
economia, no entanto, ele é relativo. Para uma melhor análise, é
preciso dividí-lo pela população, assim teremos um PIB per
capta, que seria mais próximo da realidade, mesmo que ainda seja
irreal, pois o bolo não é dividivo de forma igualitária. Quanto
mais democrático e desenvolvido for um país, mais igualitária será
essa divisão. Em 2015, o PIB per capta no Brasil foi de R$
28.876,00, algo em torno de R$ 2.406,00 por mês, o que sabemos ser
um valor totalmente fora da realidade, haja vista existirem no país
mais de 30 milhões de habitantes vivendo na pobreza, com menos de R$
150,00 por mês, algo bem distante da média do PIB, o que comprova a
imensa desigualdade social.
Recessão
+ Inflação
A
recessão não é algo novo, mas continua atual. É um dos maiores
problemas que enfrentamos, embora nem sempre esteja presente. Ela se
apresenta quando um Estado deixa de crescer, a produção diminui e o
maior reflexo disso é o aumento do desemprego. Com menos dinheiro
circulando, menos impostos são arrecadados, o governo não paga as
contas, fica em déficit, e aí uma das saídas é emitir moedas.
Isso automaticamente gera um reflexo negativo, que é a
desvalorização da moeda, gerando inflação.
Educação
A
falta da educação leva à pobreza. É um círculo vicioso. Sem a
devida educação, a criança torna-se um adulto incapaz de galgar a
um bom emprego, a um bom salário que possa lhe garantir e a sua
família uma boa casa, saúde, alimentação adequada, segurança e
lazer.
O
nível de instrução da pessoa está diretamente ligado a sua
rentabilidade e a sua produtividade. Quanto maior a produtividade,
menor o tempo de produção e menor o desperdício, gerando mais
rentabilidade.
Infelizmente
são os mais pobres que menos estudam, tanto por falta de estímulos,
quanto pela necessidade de produzir alguma renda imediata para a
família que já é carente de recursos.
Um
país com baixo índice educacional é uma ponte para as
desigualdades sociais. Com a educação vem o conhecimento, o acesso
aos direitos e obrigações, à cidadania. A educação é um dos
pilares que sustentam a verdadeira democracia.
Quanto
mais conhecimento, mais informação, mais politização, mais
fiscalização, mais exigências, mais isonomia.
O
analfabetismo priva o cidadão do exercício da cidadania, nega a ele
direitos que lhe foram conferidos, mesmo estando garantidos nas
constituições, valorados como bem maior, mas que sem capacidade e
possibilidade de conhecê-los, jamais serão reclamados.
Esse desequilíbrio afeta de alguma forma toda a população, ninguém
estará imune. Os mais pobres sofrerão mais e mais diretamente, mas
os mais ricos sofrerão de outra forma, sofrerão as consequências da
pobreza e das desigualdades pela violência que estas geram, ou seja,
a paz social, que por todos é almejada, jamais será alcançada. A
democracia será utopia, a cidadania, prevista como fundamento da
República e do Estado Democrático de Direito, apenas pela minoria será
exercida, ambas não sairão do papel.
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