terça-feira, dezembro 25, 2012
quinta-feira, dezembro 20, 2012
domingo, dezembro 16, 2012
Joel Parkinson - Campeão Mundial 2012
A palavra para descrever a disputa pelo título mundial desse ano é "Emocionante"!! Há tempos não víamos um título ser tão disputado, chegando quase até a última bateria da última etapa. Durante o ano, muitos se alternaram no topo, e chegando perto do fim, ainda havia chances para Taj, Adriano, Mick, Kelly e Joel. Chegando no Havai, apenas Kelly e Joel poderiam vencer, e foi assim que começou uma disputa emocionante, bateria a bateria, fase a fase, quem perdesse entregaria o título.
Pipeline colaborou com altas ondas, dignas de uma disputa como essa. Joel apesar de não ter vencido uma etapa sequer durante todo o ano, foi o mais constante e estava na frente por três mil pontos e surfando muito. Passou todas as baterias em primeiro. Kelly não estava tão bem. Embora tenha vencido algumas etapas, em algumas delas foi "empurrado", e chegou a perder baterias e passou pelas repescagens.
Nas quartas de final, na melhor bateria do evento e uma das melhores do ano, vimos um show de surf entre Shane Dorian e Kelly. Para mim, Shane pegou os melhores tubos e mereceu vencer, mas os juízes viram diferente e Kelly foi para as semis. Joel passava as baterias com muita segurança, sem deixar dúvidas quanto a sua superioridade.
Na segunda semi final, Kelly pegou Josh Kerr, e logo no início, Kerr pegou uma onda excelente marcando 9,20. O tempo foi passando e parecia que tudo conspirava para a vitória de Joel. As séries pararam. Kerr garantiu a prioridade e ficou no outside esperando outra onda daquela. Kelly parecia desesperado. Pegou várias ondas ruins, todas fechando.
O título estava garantido! Depois de tantos anos de hegemonia, Kelly perdeu a coroa. Joel, após vários anos em segundo e terceiro, é o novo campeão. Para fechar com chave de ouro, ele também venceu o evento. Muito merecido. O cara está numa ótima fase, surfando muito, com o estilo mais bonito do tour.
Acredito que esse título seja bom para o esporte. Estava parecendo que não havia outros bons surfistas no tour. Em vinte anos, Kelly havia vencido mais da metade, estava mais que na hora de vermos alguém derrubá-lo. Nada contra ele, mas acho que outros também tem condições e merecem a honra.
Neil Young & Crazy Horses - Americana / Psychedelic Pill
Neil Young está de volta. Este ano, além de lançar sua autobiografia, Waging Having Peace, fez as pazes com a sua Crazy Horse e lançaram logo dois álbuns, Americana e Psychedelic Pill.
Foram quase nove anos afastados, embora nesse período Neil tenha se mantido na ativa e lançado muita coisa boa, quando eles se juntam, é certeza de que teremos grandes discos.
Americana é uma coleção de clássicos, de canções folk americanas. Algumas dessas composições que, como "Tom Dooley" e "Oh Susannah", foram escritas em 1800, enquanto outras, como "This Land Is Your Land" e "Get a Job ", são clássicos de meados do século 20. Em todas, Young fez sua própria interpretação.
Psychedelic Pill é um álbum de inéditas, embora soe como um disco do final dos anos '60 e início dos '70, uma volta às suas raízes. É um disco duplo com apenas nove músicas, algumas em torno de vinte minutos. Na sua carreira, Neil experimentou muito, teve altos e baixos, mas quando acerta, e sinto que isso acontece quase sempre quando tem os Crazy Horses de apoio, ele fica mais solto, passeia pelos seus solos, canta muito bem, e nos brinda com um petardo como esse. Vida longa a esse "velhinho"...
terça-feira, dezembro 04, 2012
Helplessly Hoping - Brandi Carlile
Helplessly Hoping é uma linda canção folk/country escrita por Stephen Stills que foi originalmente gravada por Crosby, Stills & Nash e saiu no album homônimo em 1969. Em 1974, já com a presença de Neil Young, foi regravada por eles para o disco So Far. Existem inúmeras regravações de diversos artistas desde então, mas essa, da linda americana Brandi Carlile, que afirma ser apaixonada pelo trio, me chamou a atenção pelo feeling que transmite.
sábado, dezembro 01, 2012
Troubled Horse - Step Inside
O Troubled Horse é outra banda vinda da Suécia com fortes influencias no Hard Rock dos anos '70, mas que também bebe das fontes do Garage Rock dos '60.
Lançaram um Ep em 2010 e agora vem com este Full-Lenght, Step Inside, muito mais coeso, com as mesmas guitarras rasgantes de John Hoyles do Witchcraft e Martin Heppich com seus vocais ensandecidos. Discaço!
terça-feira, novembro 20, 2012
domingo, novembro 18, 2012
Reef Hawaiian Pro 2012 - 3º Dia
Baterias das Oitavas de final:
6ª Alejo Muniz(Bra), William Cardoso(Bra), Tom Whitaker(Aus), Nathan Hedge(Aus)
8ª Gabriel Medina(Bra), Jadson André(Bra), Perth Standlick(Aus), Gavin Gillette(Haw)
Clash of the Legends 2012, Haleiwa, Hawaii
Terminou nesse sábado o Clash of the Legends 2012, em Haleiwa, Hawaii. Com um surf moderno e de muita força, o hawaiano Sunny Garcia não deu chances aos seus adversários, todos lendas do surf. Em ondas manobráveis de 1,5 m, esses caras mostraram que apesar da idade, ainda são excelentes surfistas. É sempre um prazer vê-los surfar...
Resultado:
1º. Sunny Garcia
2º. Kaipo Jaquias
3º. Mark Occhilupo
4º. Tom Curren
Mark Occhilupo |
sexta-feira, novembro 16, 2012
The Cult - Choice of Weapon 2012
O The Cult foi uma das grandes bandas dos anos '80, lançando discos clássicos como "Love", sempre esteve presente nas listas de preferidas de muita gente. Nos anos '90, apesar de alguns lançamentos, ficou um pouco esquecido.
Agora em 2012, depois de cinco anos sem nada de novo, a banda volta com a formação original e com um disco que promete.
Vamos ouví-lo para matar a saudade...
domingo, novembro 11, 2012
Na Base - 2ª Etapa
Triste!!
É como posso definir a decisão totalmente equivocada dos juízes em relação ao "Best Trick" na 2ª Etapa do Na Base realizado nesse fim de semana na Barra dos Coqueiros/SE.
Não se muda a regra do jogo após seu final!
JN Charles, Anderson Neném, Starret, são todos skatistas incríveis, os melhores, mas e daí?
Estavam numa competição pela melhor manobra, e naquele momento, naquela disputa, nenhum deles acertou uma manobra sequer.
Não importa o que estavam tentando, porque não foi definido antes da disputa qual manobra deveria ser executada. Então, valeria qualquer uma, e a melhor venceria. Mas só houve uma, apenas uma, então que seja a vencedora. E todos viram, os juízes viram, mas não reconheceram.
Não me venha com essa de que um Flip sobre um tonel de um metro de altura "é uma manobra básica", como "justificou" o juiz. Não é!
E mesmo que seja, mesmo que todos aqueles saibam realizá-la, como o mesmo juiz tentou justificar, naquele momento, não realizaram! Optaram por "tentar" manobras mais difíceis, mas erraram!
Qualquer um erra, nem sempre o melhor vence. E quando um garoto teve seu momento de glória, fizeram o que fizeram...Não é assim que se julga!
Se ninguém tivesse acertado uma manobra sequer, tudo bem, poderia ser considerada a melhor manobra realizada nas baterias anteriores, mas alguém acertou, e não levou!!!
Será que se um daqueles excelentes skatistas tivesse feito o "simples" Flip a decisão seria essa? Acho que não!
JN Charles não precisa disso, ele é muito bom e ainda vai vencer muitos eventos, mas esse ele não venceu, Gabriel Nascimento venceu, mas não levou, Triste!!
Não fazemos questão pelo prêmio, não brigamos por isso, somos guerreiros, brigamos pela vitória.
E essa, nós vencemos!!
sexta-feira, novembro 02, 2012
"Brazilian Storm" ou "Verão sem Fim"?
Recentemente fiz um upgrade na minha TV por assinatura a fim de contratar o Canal Off, sem dúvida o melhor canal para quem curte esportes radicais. Nele, um dos meus programas preferidos é o "Brazilian Storm", que documenta a nova geração de surfistas brasileiros que está impressionando, para não dizer incomodando, o circuito mundial. O termo foi colocado pelos gringos e reflete muito bem como "eles" sentem o incômodo causado pelos brasileiros.
Achava o termo bem colocado, mas lendo um artigo do colunista Alex Guaraná, mudei minha opinião. Guaraná cita o longo trabalho que vem sendo feito aqui no Brasil com o objetivo de chegarmos à elite do esporte, mesmo com todas as nossas dificuldades, como a baixa qualidade das nossas ondas, a falta de recursos, de educação, mas cita também a nossa vontade, competitividade, e atualmente o profissionalismo de alguns atletas, que fazem toda a diferença para chegarmos ao topo.
Gabriel Medina |
Desde o início da ASP, no final dos anos '70, sempre tivemos algum brasileiro entre os melhores do mundo, mas era uma presença sem consistência e a cada temporada os nomes mudavam, e mesmo com alguns excelentes resultados, nunca chegamos realmente a incomodar. Agora a situação é outra. Há seis anos, Adriano "Mineirinho" de Souza, membro da "Tempestade Brasileira", classificou-se para a elite e foi o melhor brasileiro, terminando o ano com um discreto 20º lugar. Em 2007, manteve-se com uma pequena queda e finalizou em 28º. Em 2008 os ventos começaram a soprar a seu favor e ele terminou em 7º. Em 2009, mesmo com o número menor de brasileiros, Adriano ficou em 5º e a partir dai passou a ser visto com outros olhos. No ano seguinte outra pequena queda, mas manteve-se entre os 16 e ainda tivemos a chegada do Jadson André, terminando o ano em 13º.
Miguel Pupo e Jadson André |
2011 foi o ano da mudança. A "Tempestade" colocou sete brasileiros entre os melhores do mundo: Adriano em 5º, Alejo Muniz em 10º, Gabriel Medina em 12º, Heitor Alves em 18º, Jadson em 22º, Raoni Monteiro em 29º e Miguel Pupo em 36º. Das onze etapas, ganhamos quatro, Adriano 2 e Gabriel 2, e todos eles reclassificaram-se este ano.
Normalmente, fenômenos naturais não duram tanto tempo, por isso agora considero o termo "Brazilian Storm" inadequado. O susto que os gringos tomaram com a presença de tantos brasileiros transformou-se em desconforto, mas falar que o domínio australiano e americano está ameaçado é precipitado, porque entre os dez melhores temos um ou dois apenas. Contudo, a nossa presença agora é contundente e consistente. Chegamos para ficar. Para o próximo ano já temos mais um classificado, Filipe Toledo, com Adriano e Gabriel mantendo-se entre os dez primeiros.
Filipe Toledo |
Estamos vivendo o melhor momento do surf brasileiro, e os melhores momentos vivemos no verão, a temporada do calor, da alegria, das festas e comemorações. O frio passou e o calor dos brasileiros está esquentando a briga pelo título mundial. Passamos muito tempo esperando por isso e chegou a hora. Se continuarmos nesse caminho e fizermos tudo certinho teremos um "Verão sem Fim", uma longa temporada de bons resultados. Plantamos e estamos colhendo os frutos da estação.
quarta-feira, setembro 05, 2012
Road - Road
Road - Road 1972 |
Este discaço é uma pérola perdida que só pode ser encontrada nas melhores coleções dos mais antenados e malucos colecionadores como eu, que não desistem até conseguirem um exemplar raro que passa despercebido pela maioria. Há muito tempo que eu tento conseguir essa maravilha, mas preciso dizer que foi com muito esforço, pesquisa e insistência que consegui, somente hoje, a minha cópia original, comprada diretamente da gravadora, importada da Inglaterra!!
Este é um disco único. Gravado em 1972, tem como baixista o excelente Noel Redding, que gravou nada menos que os três primeiros discos de Jimi Hendrix, Are You Experienced, Axis: Bold As Love, e Electric Ladyland, entre 1966 e 1969, além de outros projetos. Aqui, Redding também canta em três músicas, e o som é um puro Hard Rock com pitadas de blues. Imperdível!!
domingo, agosto 26, 2012
"Love Hurts"
Acho que não tem quem não goste dessa música, por razões ou situações das mais diversas. Alguns podem até dizer que é muito melosa, xarope ou grudenta, mas não tem quem não se toque ao ouví-la. Não vou conseguir lembrar quando a escutei pela primeira vez, pois já faz muitos e muitos anos...Acredito que tenha sido em alguma radio, quando ainda muito novinho, lá pelos idos do anos 70.
Apesar do grande sucesso mundial na versão do Nazareth, a qual a grande maioria das pessoas conhece, esse som foi na verdade escrito na década de '50 para Roy Orbison, pelo casal Felice e Boudleaux Bryant que além dessa, escreveu várias outras músicas que foram gravadas por Everly Brothers, Tony Bennett, Roy Orbison, Buddy Holly e muitos outros.
"Love Hurts", além das versões de Roy Orbison e Nazareth, foi também gravada por Jim Capaldi(Traffic), Joan Jett, Gram Parsons e Emmylou Harris, Cher, e está no filme "Love & A.45", numa versão de Kim Deal & Bob Pollard, e mais recentemente, por Keith Richards e a bela Norah Jones. Esta é uma daquelas lindas canções que, graças aos mais variados artistas, perpetuará pela eternidade.
segunda-feira, julho 16, 2012
Jon Lord - Das Trevas à Luz
Um dos maiores tecladistas do Rock 'n Roll de todos os tempos, um grande compositor, um gentlemam, um dos meus favoritos. Jon Lord faleceu hoje aos 71 anos de idade. Além de ter sido um dos fundadores do Deep Purple, compondo e tocando na melhor fase da banda, participou de vários outros projetos.
É mais uma lenda que se vai, é a roda da vida fazendo sua parte. Sua música, que tanta alegria nos traz, hoje tem outro tom, de tristeza.
Billabong Pro - Jeffrey's Bay 2012
Adriano de Souza quebrou mais um paradigma. Venceu numa das melhores ondas do mundo um dos eventos mais importantes do mundo. Embora a etapa não faça mais parte do WCT, muitos dos melhores surfistas estavam lá, e em ondas alucinantes, Mineiro deu show e garantiu uma linda vitória para o Brasil, levando pra casa U$ 25.000, somando mais 3.500 pontos no ranking.
Com este resultado, Adriano está em 2º no ranking unificado, atrás apenas de John Florence, e mantém-se em 4º no WCT.
terça-feira, julho 10, 2012
Ronnie James Dio - 70 Anos
Hoje, dia 10 de julho de 2012, não poderia deixar de prestar minha homenagem a um dos maiores vocalistas do heavy metal, falecido no dia 16/05/2010.
Ronnie James Dio esteve à frente das bandas Elf, Rainbow, Black Sabbath e Heaven & Hell, além da sua própria banda. Criou inúmeros clássicos do estilo como "Man On The Silver Mountain", "Neon Knights", "Holy Diver" e muitos outros.
O Rock and Roll ficou menor com a sua partida. Deixou muitas saudades, mas sua voz soará pela eternidade.
sábado, julho 07, 2012
Alabama Shakes - Boys & Girls
Este ano o número de banda novas com discos maravilhosos está realmente surpreendendo. Seja da Suécia, Alemanha ou Estados Unidos, na maioria das vezes o que se ouve é um resgate às origens, seja do Hard Rock ou do Blues, como é o caso desta incrível banda americana chamada Alabama Shakes, formada há três anos por quatro amigos que dizem só querer tocar sua música, sem se importar se alguém dará ouvidos.
No seu primeiro disco, chamado Boys & Girls, onze músicas nos remetem ao melhor do passado. A voz de Brittany Howard cai como uma luva na sonoridade do grupo, que é extremamente competente. Aqui não há hits, apenas música soul, blues e rock, algo viciante.
http://www.alabamashakes.com/
http://www.reverbnation.com/#!/alabamashakes
domingo, junho 24, 2012
Zodiac - A Bit of Devil
Hoje é dia 24 de junho, dia de São João. Como sou nordestino e venho de uma família do interior, então nada mais natural que tenha o Forró enraizado no meu coração, e Luiz Gonzaga, um dos maiores artirtas do Brasil, em qualquer época do ano, é um prazer ouvir.
Mas é por um outro motivo que hoje é um dia especial. Tive a oportunidade de conhecer a banda Zodiac, que não tem nada a ver com o Forró, a não ser pelo fato de que também canta o sentimento de um povo sofrido, mas de uma região bem distante da nossa, Münster, na República Federal da Alemanha.
Formada em 2010, estrearam em 2011 com uma demo de 5 faixas que já previa o que estava por vir, um Blues Rock coeso, pesado. Agora, dia 25 de maio, saiu o full lenght, "A Bit of Devil", com 8 músicas do mais puro e clássico Hard/Heavy/Blues.
De cara, fiquei encantado com a linda capa que reflete perfeitamente o conteúdo! E o som, meu Deus, que coisa maravilhosa!! Clássico Hard Blues com solos muito bem construídos, riffs potentes, baixo e bateria com ótima pegada e um vocal inspiradíssimo...
Difícil destacar as melhores, mas Blue Jeans Blues, música do ZZ Top, que vai às profundezas do Blues; e Coming Home, quase uma balada com clima setentista, são arrebatadoras!!
https://www.reverbnation.com/zodiacgermany
http://www.myspace.com/zodiac-rock
sexta-feira, junho 15, 2012
"Mistérios da Vida"
Dois homens se admiravam...
Tornaram-se arqui-rivais...
Abriram caminhos... Dividiram o mundo... Superaram as adversidades...
Uniram-se. Mas o destino os separou novamente...
Um partiu para outro mundo e deixou seu filho nos braços do outro...
Um dia estarão juntos novamente...
Somos muito pequenos, muito ingênuos para entender os mistérios da vida!
Quando nos anos '90 Kelly Slater e Andy Irons entraram no circuito mundial, o surf mudou!
Dois excelentes surfistas que elevaram o surf a níveis inimagináveis.
Era uma rivalidade saudável, que se tornou feroz...
Kelly dominou o circuito por anos, até cansar.
Afastou-se.
Andy assumiu a liderança. Conquistou o mundo...
Sua postura era outra, muito mais agressiva, rebelde.
O veneno foi lançado, e atingiu Kelly.
A rivalidade voltou ainda maior.
Não tinha espaço para mais ninguém.
Até que eles perceberam que podiam, e deviam se unir.
Seria melhor para ambos.
E foi assim, até que, um triste dia, Andy partiu...
O quê? Como? Não!!
O mundo chorou...
Não podia ser, não naquele momento...
Poderiamos ter ido mais longe, ter feito muito mais...
Mas Deus quis assim.
Juntou-os para separá-los.
Não para sempre!
Deixou um filho.
Kelly o abraçou. O abraço que queria dar no seu amigo, mas não deu...
Sozinhos eles conversarão, dirão tudo que não foi dito...
Até o reencontro...
The Lone Crows
Os corvos são um jovem grupo de Minneapolis formado por Lone Joe Goff na bateria, Andy Battcher no baixo, Julian Manzara na guitarra e Tim Barbeau nos vocais e guitarra base.
Lançaram ano passado uma demo com três músicas de um blues nervoso que remete aos últimos discos do Led Zeppelin, tendo inclusive uma versão para Whole Lotta Love.
The Big Smokey Room 2011 |
Este ano vieram com o primeiro álbum. Amadurecidos e com uma boa produção, o disco tem uma boa dose de doces canções que se cruzam em vários gêneros. Musicalmente mostra influências que vão da psicodelia dos anos '60, passando pelo hard/blues dos anos '70, ao grunge dos anos 90. Ouve-se Led Zeppelin e Stevie Ray Vaughan, Alice in Chains e Black Keys. O disco é excelente, posso garantir que será um dos meus preferidos deste ano.
The Lone Crows 2012 |
As capas dos álbuns são extremamente simples e não refletem o poder do conteúdo. Busquei na internet maiores informações a respeito da banda, mas não achei muita coisa. Parece que estão precisando de um melhor gerenciamento, até mesmo para explorar todo o potencial desses garotos que têm muito, muito mesmo a nos oferecer...
Ouça algumas músicas nos links abaixo:
http://thelonecrows.bandcamp.com/
http://www.reverbnation.com/thelonecrows
terça-feira, junho 12, 2012
Cruz - A Banda
Outro dia estava vagando pelo youtube em busca de novidades e dei de cara com um video de uma banda brasileira chamada Cruz que me chamou a atenção pela competência e pelas influências. São cinco amigos paulistas que se uniram para formar uma banda de rock sentimental com um toque de modernidade. Na primeira audição nota-se uma grande influência do Pearl Jam, mas aos poucos a sonoridade da banda nos leva por vários caminhos, do pop dos anos '60 ao grunge dos '90, nas 14 músicas do disco tem muita coisa boa. Não tem como não destacar a voz de Enrico Minelli, algo entre Eddie Vedder e Richie Havens, é mole?
Gravaram seu primeiro álbum em uma semana e fizeram as malas para Los Angeles. Pouco depois de chegar, os membros da Cruz impressionaram Jay Baumgardner com seu talento, energia e som. Eles assinaram com sua gravadora e foram gravar seu novo álbum no famoso NRG Recording Studios em North Hollywood no ano passado. "Cruz" está atualmente tocando ao vivo em vários locais em torno de L.A. para divulgar o álbum e estão programando uma tour por todos os EUA para uma turnê de verão.
Não há previsão de turnê pelo Brasil, o que é uma pena para nós, porque esta banda é o que tem de melhor no Rock nacional, apesar das suas letras serem todas em inglês, lingua mãe do Rock'n Roll.
http://cruzofficial.com/videos/
segunda-feira, junho 11, 2012
Volcom Fiji Pro 2012
Ontem, dia 10 de junho, foi finalizado o Volcom Fiji Pro, 4ª etapa do circuito mundial 2012. Para quem viu, esse será mais um evento que ficará na história. Excelentes condições, ondas perfeitas, swell monstruoso, baterias incríveis e, para finalizar, Gabriel Medina e Kelly Slater na final.
De modo geral, os brasileiros arrebentaram. Digo isso porque naquelas condições, para nós que não temos nada nem parecido, estar ali e surfar bem já é uma vitória. E falando em vitória, tivemos várias: Adriano de Souza, Heitor e Alejo venceram no 1º round e passaram direto para a 3ª fase que teve ainda Gabriel Medina e Miguel Pupo classificados pela repescagem. Dos 5, apenas Adriano, Heitor e Gabriel venceram de novo. No round 4, Gabriel deu um show e derrotou dois gigantes, Joel Parkinson e Mick Fanning, e Adriano venceu CJ Hobgood e Julian Wilson.
Chegaram às quartas de final e só tinha casca grossa. Gabriel derrotou Taj Burrow e mostrou que nome pra ele não significa nada. Adriano surfou muito, mas, por azar, no finalzinho da bateria, CJ pegou a melhor onda e venceu por pouco.
Nas semis, Gabriel pegou novamente Mick Fanning e meteu o cacete! O australiano bicampeão do mundo deve estar louco. Perder duas vezes para um moleque num mesmo campeonato não deve ser fácil de engolir. Na 2ª bateria Kelly mostrou ao mundo que ainda é o melhor surfista de todos os tempos. Tirou um 10 e um 9,50 em condições épicas. Com tubos profundos, batidas insanas no limite e muita velocidade o careca não deu chances a CJ Hobgood.
Gabriel Medina mais uma vez chamou a atenção chegando a uma final num mar para gente grande. Para aqueles que ainda duvidavam da sua capacidade, e aqui eu me incluo, não resta dúvidas, ele é capaz de surfar de igual para igual com qualquer um em qualquer condição. Mas seu oponente era o fenômeno, o monstro, o incansável, o extraterrestre, ou o que mais possa se dizer do Kelly Slater, e aquele era o dia dele. Surfou apenas 2 ondas, um 8,33 e um 9,83, para selar sua vitória da forma mais contundente possível!
Após essa etapa, o ranking da ASP WCT fica assim:
1º Mick Fanning - 24750
2º Kelly Slater - 23700
3º Joel Parkinson - 23700
4º Adriano de Souza - 22400 (Em 9º pelo Ranking Mundial)
5º Taj Burrow e John Florence - 20950
13º Gabriel Medina - 10750 (Em 4º pelo Ranking Mundial)
14º Heitor Alves - 10250 (Em 18º pelo Ranking Mundial)
18º Miguel Pupo - 8000 (Em 16º pelo Ranking Mundial)
20º Alejo Muniz - 7950 (Em 28º pelo Ranking Mundial)
26º Raoni Monteiro - 4500 (Em 29º pelo Ranking Mundial)
sábado, junho 09, 2012
Dane Reynolds, an Excerpt
O circuito mundial de surf, mesmo sendo um sonho para a maioria, para caras como Dane Reynolds não faz sentido. Apesar desse cara fazer algumas das manobras mais incríveis da atualidade, como se pode ver nesse video, ele não consegue se adaptar ao critério de julgamento. Assim, sua inconstância faz com que perca baterias mesmo com algumas das melhores notas dos eventos.
Bom, como não o veremos mais no circuito, só nos resta esperar que ele continue postando seus videos caseiros para nos mostar para onde o surf irá...
sábado, junho 02, 2012
Charles Bradley - No Time For Dreaming
Meu irmão, na hora que escutei esta maravilha, confesso: senti uma dor no coração, tamanha a emoção que este negão emana da sua voz! Isto é soul, brother, puro soul, vindo da mais profunda alma sofrida de um cara que nasceu na Flórida, mas se criou nos guetos do Brooklin, Nova Iorque, cozinhando como profissão e cantando nas horas vagas.
Sua paixão sempre foi a música soul, desde quando criança teve a oportunidade de ver seu idolo maior em ação, James Brown. Aos 51 anos, adotou o pseudônimo de "Black Velvet" e organizou um tributo ao ídolo. Foi quando finalmente foi descoberto por um produtor que gravou seu primeiro disco sob o nome "No Time For Dreaming". Atualmente excursionando amparado pela "Menahan Street Band", fez essa apresentação na rádio KEXP, de Seattle, de onde sairam estes e outros exemplares da mais pura música soul americana. Taí, é só curtir...
sábado, maio 26, 2012
Green Bullfrog
Green Bullfrog é o resultado de um projeto de estúdio gravado entre fevereiro e maio de 1970. O disco foi idéia do produtor Derek Lawrence que já havia trabalhado com aqueles músicos nos anos '60, nas suas respectivas bandas(The Pretty Things, Outlaws, Deep Purple, Wishbone Ash...). Por razões contratuais, os músicos aparecem nos créditos com pseudônimos: Albert Lee(Pinta), Matthew Fisher(Sorry), Ian Paice(Speedy), Tony Ashton(Bevy), Rod Alexander(Vicar), Chas Hodges(Sleepy), Earl Jordan(Jordan), Big Jim Sullivan(Boss), e Ritchie Blackmore(Boots). Há ainda rumores da participação de Jeff Beck, Roger Glover and Jon Lord.
Algumas músicas são originais e outras são covers de clássicos do Blues e do Rock. A "bolacha" foi lançada em 1972 e distribuída pela Decca Records. Como nas sessões sempre havia membros do Deep Purple, em algumas músicas a sonoridade é bem típica da banda, mas nada que comprometa a originalidade do som, afinal, com tantas feras juntas, o resultado só poderia ser um disco de alto nível, gostoso de ouvir, pois não há exageros, onde o rock'n roll flui naturalmente...
sexta-feira, maio 25, 2012
Birth of Joy
Sei que ainda não estou curado desse "vicio" que me faz querer sempre mais, descobrir e experimentar coisas novas a cada dia, tudo no bom sentido, é claro! Pra ser bem sincero, não tenho a menor intensão de ficar curado, afinal, quando "experimento" coisas como essa Birth of Joy, o prazer é inexplicável!
Como a Suécia vem nos brindando com bandas incríveis, sempre que tomo conhecimento de uma nova banda daquelas bandas(ops!!), já espero mais um petardo na velha linha Stoner, que é o estilo em alta por lá, mas quando a banda vem de um país como a Holanda, como é o caso dessa Birth of Joy, fico louco de curiosidade para saber o que está por vir.
Mesmo não sendo Stoner, o som nos remete direto aos anos 70, só que as influências estão mais para The Doors do que para Black Sabbath, como a maioria. Meu primeiro contato com essa belezura foi com "Make Things Happen", do primeiro disco homônimo. Pensei: "Kraio, o The Doors encarnou nesses caras", puta semelhança!! Sabe aquele clima que Ray Manzarek botava no orgão, tenso, nervoso, misterioso, tá aqui!; os vocais de Jim, também, só que mais agressivos; a psicodelia também é a mesma, tudo que os Doors tinham só que bem mais pesado, é claro, os tempos são outros, kkkkk...
Birth of Joy 2010 |
Life in Babalou 2012 |
terça-feira, maio 15, 2012
Jeremy Irons & Ratgang Malibus
Li uma resenha na semana passada sobre essa banda que começava assim: "Uma das melhores coisas que ouvi esse ano!!!". Poxa, com certeza não era mais uma banda qualquer, principalmente porque as palavras vinham de um cara que admiro muito pelo vasto conhecimento no assunto, o Dagon, do Hard&Heavy. Então, tratei logo de ouvir as músicas disponíveis no Youtube e procurar os links para os downloads. Opa, tinha algo novo no ar. Bom, não era bem algo novo, na verdade, quando sabemos que a banda vem da Suécia, atualmente o país do Heavy/Hard Rock, logo esperamos aquele som com influências retrô, sabbaticas, Stoner, o que não é o caso do Jeremy Irons & Ratgang Malibus.
Elefanta 2009 |
É impressionante como a cena musical daquele país está fértil. Praticamente toda semana se descobre uma nova banda(que coisa boa são esses blogs...). Mas esta não é uma banda nova, pois estão na ativa desde 2004, quando começaram de forma discreta, tocando covers e alguma coisa de própria "pelos bares da vida". Somente em 2009 conseguiram um contrato com a Transubstan Records para seu primeiro disco, Elefanta, que "puta que pariu", é um discaço! Já abre com uma porrada nervosa para logo depois emendar num clima southern com muita guitarra e melodia. O disco segue na mesma linha, alternando Heavy/Southern/Psych numa mistura muito gostosa de ouvir, viciante.
Bloom 2011 |
Ano passado saiu o segundo disco, Bloom. Quando uma banda acerta a mão, quase não se percebe diferença entre seus discos. Este abre com uma balada linda, dedilhados, órgão, vocais viajantes, e a tensão sobe quando o baixo crescente abre a segunda música ditando o ritmo para mais uma série de Heavy Rock acelerados, embora com as mesmas sonoridades southern, que aliadas à energia da banda, às guitarras com solos certeiros, sem exageros, na medida certa, aos ótimos vocais, principalmente nas baladas, fazem desta uma das melhores bandas de hoje. Difícil destacar as melhores músicas deste disco, a cada vez que o escuto, gosto ainda mais de tudo! Se tivesse descoberto esse disco ano passado, com certeza o teria colocado na minha postagem com os melhores daquele ano. Acho que vou ter que alterá-la, kkkk....
domingo, maio 06, 2012
Howlin Rain
Lançaram seu debut auto-intitulado em 2006. Saíram em turnê e chegaram a abrir para o QOTSA. Em 2008 veio o segundo disco, Magnificent Fiend, que foi o que me levou a conhecê-los. Confesso que não me impressionou, apesar de ter chamado minha atenção. Embora não apresentasse nada de novo, o disco era bem agradavel. Quando isso acontece, prefiro esperar pelos próximos lançamentos para formar uma opinião a respeito do grupo.
Este ano saiu o terceiro trabalho, The Russian Wilds. Mais um bom disco sem surpresas. O som segue na mesma linha, o que é bom! Até posso dizer que é um pouco mais pesado e mais psicodélico.
Vale muito a pena conhecer esse som. As músicas não são "grudentas", é preciso algumas repetições para assimilá-las, mas é muito gostoso curtir na íntegra todos os três discos.
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