Começou a oitava etapa da WSL, o Hurley Pro at Lowers Trestles, Califórnia. É nessa etapa que todos os anos vemos as mais altas performances em termos de manobras. Lembro-me bem do ano passado, quando vi o John John mostrando o mais alto nível de surf até então em um campeonato. Ontem um amigo me questionou quem eu apontaria como favorito, respondi, lógico, Filipe Toledo, Gabriel Medina, John John, Julian e Kelly.
Para esse ano as expectativas são ainda maiores, e pelo menos por enquanto estão se confirmando. A velha e a jovem guarda estão brigando de igual para igual, seja na borda, sejam nos aéreos. Logo no primeiro dia o mar estava clássico e rolaram todas as baterias do Round 1. Destacar alguém é impossível. Todos os que venceram suas baterias foram destaques, mas um fato merece ser citado.
Na 10ª bateria estavam Gabriel Medina x Fred Patacchia x Bede Durbidge. Minutos antes da bateria, Fred deu uma entrevista e deixou no ar que estava se despedindo. Gabriel surfou como nunca, como o verdadeiro campeão do mundo, fez um 9,0 e um 8,50, mas Fred também destruiu, e fez daquele momento sua melhor atuação dos seus dez anos de carreira no circuito mundial. Foi muito bonito! Surfou apenas duas ondas, marcando 8,90 e 10, quando nesse momento, ainda dentro d'água foi cumprimentado pelo Gabriel e saiu do mar ovacionado por todos, anunciando que era realmente sua aposentadoria.
Mas, independente do momento, da comoção, sejamos justos, a onda do Fred não mereceu a nota 10. Ele estava em 2º, atrás do Gabriel, e precisava de 8,48 para vencer. Pegou uma onda da série, mas errou no time da primeira manobra, não foi perfeita, e isso bastaria para reduzir sua pontuação. Continuou na onda executando as demais manobras de forma arrasadora, com seu belo estilo e fluidez, finalizando uma onda excelente, que com toda justiça mereceu a virada, mas não o 10.
No segundo dia aconteceu o Round 2. O mar se manteve clássico e o show foi garantido. No entanto, nesse round, alguns nomes se destacaram, e a maior zebra apareceu, quando um dos maiores favoritos, John John, perdeu para um dos caras mais fracos, o Glen Hall. John é um surfista excelente em qualquer condição, mas continua errando em baterias, triste de ver.
Vamos aos destaques: Filipe, como já era esperado, deu seu show; Joel Parkinson confirmou ter o surf mais bonito do mundo, e ainda extrapolou nas manobras; e os goofies foram quem mais impressionaram. Os ataques de back side de Gabriel Medina, Nat Young, Wiggoly Dantas e Miguel Pupo foram fenomenais.
Começou o Round 3 e logo nas três primeiras baterias vimos os brasileiros dominarem a cena, Miguel, Italo e Filipe garantiram passagem. Na bateria seguinte mais uma linda apresentação do Joel Parkinson. Depois vieram Wiggolly e Taj, bateria dificílima para o brasileiro, mas tudo deu certo para ele e Taj se afundou. Era a vez de Adriano contra a "zebra". Bateria tensa, com poucas ondas, com restart, vira-vira a cada onda, e na última Adriano se garantiu por muito pouco, Ufa! Na sequencia, outra bateria importantíssima, porque o Mick Fanning vem colado no Adriano no ranking e precisa dessa vitória, mas contra ele tem o local Kolohe Andino, que vem destruindo. Seria ótimo se Fanning perdesse, mas a experiência falou mais alto, enquanto Kolohe pegava qualquer onda, Mick era cirúrgico, sua combinação de velocidade, força e fluidez são matadoras. Seguiu o round sem surpresas, Kelly e Gabriel confirmaram seus favoritismos e passaram fácil suas baterias.
No Round 4 o Brasil estava muito bem representado, dos 12 surfistas, éramos metade e somente 4 avançariam para as quartas, mas a galera chegou junto e Filipe, Adriano e Gabriel venceram os duelos.
O Round 5 é a última repescagem e dos 3 que caíram nesse round, só Wiggolly passou. Joel, Mick e Nat Young deram show.
Quartas de Final na água. Filipe x Joel em ondas de meio metro lisinhas era certeza de vitória do elétrico Filipinho. Adriano e Wiggolly, para quem torcer? Wiggolly vinha surfando muito, mas nessa bateria não achou as ondas e Adriano passou fácil. Da mesma forma, Mick não deu chances a Buchan. Medina e Young prometiam destruir as ondas. As merrequinhas não ajudaram, Gabriel usou sua arma letal, os aéreos, e Young ainda fez uma interferência boba.
Então chegamos às semis com 3 brasileiros e um australiano, domínio total. Adriano e Filipe era briga pela liderança do ranking. Filipe levava vantagens nessas ondas, mas Adriano surpreendeu e venceu por apenas 0,19 pts. É claro que isso gerou polêmicas. Mick e Gabriel foi do mesmo jeito, disputadíssimo. Muitos acharam que Gabriel mereceu a vitória, mas não os juízes. Particularmente, achei que Mick venceu, mas uma direita de Gabriel foi subjulgada.
Mick x Adriano estavam na final disputando a etapa e a liderança do ranking. Mick foi cirúrgico, surfou como o critério exige, fez o que os juízes querem ver, e fez bem feito. Adriano surfou bem, mas não o suficiente, não o que ele é capaz. Até pensei que seria diferente, mas o Mick me convenceu do contrário.
Começou o Round 3 e logo nas três primeiras baterias vimos os brasileiros dominarem a cena, Miguel, Italo e Filipe garantiram passagem. Na bateria seguinte mais uma linda apresentação do Joel Parkinson. Depois vieram Wiggolly e Taj, bateria dificílima para o brasileiro, mas tudo deu certo para ele e Taj se afundou. Era a vez de Adriano contra a "zebra". Bateria tensa, com poucas ondas, com restart, vira-vira a cada onda, e na última Adriano se garantiu por muito pouco, Ufa! Na sequencia, outra bateria importantíssima, porque o Mick Fanning vem colado no Adriano no ranking e precisa dessa vitória, mas contra ele tem o local Kolohe Andino, que vem destruindo. Seria ótimo se Fanning perdesse, mas a experiência falou mais alto, enquanto Kolohe pegava qualquer onda, Mick era cirúrgico, sua combinação de velocidade, força e fluidez são matadoras. Seguiu o round sem surpresas, Kelly e Gabriel confirmaram seus favoritismos e passaram fácil suas baterias.
No Round 4 o Brasil estava muito bem representado, dos 12 surfistas, éramos metade e somente 4 avançariam para as quartas, mas a galera chegou junto e Filipe, Adriano e Gabriel venceram os duelos.
O Round 5 é a última repescagem e dos 3 que caíram nesse round, só Wiggolly passou. Joel, Mick e Nat Young deram show.
Quartas de Final na água. Filipe x Joel em ondas de meio metro lisinhas era certeza de vitória do elétrico Filipinho. Adriano e Wiggolly, para quem torcer? Wiggolly vinha surfando muito, mas nessa bateria não achou as ondas e Adriano passou fácil. Da mesma forma, Mick não deu chances a Buchan. Medina e Young prometiam destruir as ondas. As merrequinhas não ajudaram, Gabriel usou sua arma letal, os aéreos, e Young ainda fez uma interferência boba.
Então chegamos às semis com 3 brasileiros e um australiano, domínio total. Adriano e Filipe era briga pela liderança do ranking. Filipe levava vantagens nessas ondas, mas Adriano surpreendeu e venceu por apenas 0,19 pts. É claro que isso gerou polêmicas. Mick e Gabriel foi do mesmo jeito, disputadíssimo. Muitos acharam que Gabriel mereceu a vitória, mas não os juízes. Particularmente, achei que Mick venceu, mas uma direita de Gabriel foi subjulgada.
Mick x Adriano estavam na final disputando a etapa e a liderança do ranking. Mick foi cirúrgico, surfou como o critério exige, fez o que os juízes querem ver, e fez bem feito. Adriano surfou bem, mas não o suficiente, não o que ele é capaz. Até pensei que seria diferente, mas o Mick me convenceu do contrário.
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