A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

quarta-feira, abril 08, 2015

Rip Curl Pro Bells Beach 2015


Mais uma vez foi emocionante, apesar de revoltante e frustante acompanhar mais essa etapa do circuito mundial. A WSL mostra-se cada vez mais uma entidade política e injusta. Uma etapa super tradicional como essa, uma das mais importantes do tour, disputada na Austrália, patrocinada pela maior empresa do surf do mundo, a também australiana Rip Curl, com o seu atleta número um na final contra um brasileiro, o nosso guerreiro Adriano de Souza, que já venceu aqui em 2013. Numa bateria disputadíssima, de alto nível técnico, quando nos minutos finais o Adriano pega uma onda da série onde presisava de uma nota 7,78 para virar a bateria, dois juízes dão a nota 7,80, um dá 7,70 e o último dá 7,50, o que na média faz com que a nota final fique em 7,77, um centésimo mudou a história. Com isso, a bateria fica empatada em 15,27 e no desempate a vitória fica com o Mick Fanning por ter a melhor nota da bateria. 

Parabéns aos dois que deram show! Mas não concordo com esse critério, já fiz vários comentários contra esse sistema que permite aos juízes saberem antes de soltarem suas notas quanto o surfista precisa para vencer ou perder a bateria, e isso dentro de uma escala de dois pontos onde ele pode dar a nota que quiser, na verdade eles dão " a vitória" a quem eles quiserem. Isso não é justiça!

Na minha opinião, o Adriano mereceu a vitória, fez manobras maiores, arriscou e variou mais. Seria seu segundo título nessa etapa, mas foi um excelente resultado e com isso ele se posiciona agora em terceiro no ranking, muito bom para começar bem o ano. Mick Fanning conseguiu igualar o record de Kelly Slater e Mark Richards com quatro títulos nesse evento, e passa a ser o líder do circuito, por enquanto.

Devemos também reconhecer e valorizar as excelentes atuações dos outros brasileiros, em especial os quintos lugares conquistados pelo Filipe Toledo e pelo Gabriel Medina, que passam a ocupar a segunda e a nova posição no ranking, respectivamente. Essa foi apenas a segunda etapa das onze para o ano, muitas águas vão rolar, e o que sempre esperamos é que os melhores vençam, independente da nacionalidade e dos patrocinadores. Mantemos a esperança e que o surf prevaleça.

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