A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

sexta-feira, janeiro 10, 2020

Meu adeus a Neil Peart


Hoje é dia 10 de janeiro de 2020, início de ano e já recebemos uma notícia triste, o falecimento do nosso querido Neil Peart. Uma bomba que pegou todos de surpresa, sobretudo a despeito da causa, um câncer com o qual ele lutava há três anos sem que ninguém soubesse.

Neil foi um músico marcante, sempre citado entre os melhores do seu instrumento. Compositor, letrista e também um grande escritor. Um homem pacato, perfeccionista, educadíssimo, gentil e sempre generoso com seus fãs.

Lembrar de Neil, em retrospectiva, é lembrar do Rock na minha vida, sim, tanto assim, pois, com uma lembrança muito viva, volto ao ano de 1984, quando mudei de colégio no 2º ano do Ensino Médio. Novato na turma, um tanto estranho, surfista e rockeiro, não me entrosei logo, com exceção da aproximação com outro cara meio esquisito, calado no seu canto, que também curtia um som e tinha alguns discos, razão pela qual nos aproximamos. O maluco gostava de Led Zeppelin, Kiss e Rush. Então, certo dia, ele me chega com uma K7 na qual havia feito uma seleção com essas três bandas. Led e Kiss eu já curtia; Rush não conhecia. Eram músicas do primeiro album do Rush, lançado em 1974.


Posso afirmar que ali começou uma paixão. O Rush já tinha 10 anos de estrada e já havia lançado seus melhores discos. Mas foi depois do grande impacto que aquelas primeiras três músicas me causaram que comecei a comprar todos os lps da banda que conseguia, e foi aí que me apaixonei pelo som dos caras, três músicos excepcionais, Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart, três gigantes gentis. 

Ouvir Rush não é fácil, gostar não é pra qualquer um. A música intrincada, super criativa, tocada com excelência é arte pura. Desde aquele primeiro disco, quando ainda eram uma banda de Hard Rock, quando ainda soavam como o Led Zeppelin, já havia algo a destacar, a complexidade na construção das músicas e a perfeição na execução.

Geralmente os guitarristas ou os vocalistas são os grandes destaques ou os que chamam mais atenção nas bandas de Rock. No Rush, não. Geddy Lee é um baixista fenomenal e um grande vocalista; Lifeson é um exímio guitarrista, embora um tanto subestimado; mas naquela banda tinha um cara chamado Neil Peart, um dos maiores bateristas de todos os tempos, elogiado e sempre citado como referência pelos melhores músicos do mundo, e amado por todos os fãs do Rush. Neil ainda compunha todas as músicas, sozinho ou em parceria com Lee e Lifeson, e sempre foi o principal letrista do Rush.


Neil Peart dedicou a vida a sua família e a sua banda, escrevia por amor e com amor pela literatura, sua outra grande paixão. Dos seus vários livros, "A Estrada da Cura" é meu preferido, é belíssimo, profundamente triste, pois retrata o período mais conturbado e doloroso pelo qual viveu quando perdeu filha e esposa de forma cruel. Quando li esse livro, de certa forma, me senti mais próximo de Neil, pois ele abriu seu coração de forma tão escancarada, revelou seus mais profundos sentimentos, sua dor e desespero, deixou transparecer sua humanidade tão distante quando o vemos como o deus que é.

Tudo isso me faz relembrar quem foi Neil Peart e a importância que teve pra mim, me fez retirar da minha estante todos os dezenove discos que tenho da banda, também os três livros, olhar para eles e refletir um pouco para escrever sobre Neil e sobre mim, um pouquinho dessa nossa história juntos, dessa paixão pela música, da admiração que sinto por músicos como ele, tão grandes e tão distantes no campo físico, porém tão próximos no mental, tão queridos, caras que como ele, quando se vão, deixam um enorme vazio jamais preenchido.

Adeus Neil Peart, muito obrigado por todos esses momentos incríveis que passamos juntos. 

quarta-feira, dezembro 25, 2019

Melhores de 2019

Finalzinho de ano chegando e, para não perder o costume, vou relacionar o que rolou de melhor entre os inúmeros lançamentos que escutei nesse período. Ressalto que, embora utilize o termo "Melhores", na verdade listo aqueles que mais me agradaram, que foram os melhores para mim, para meu gosto, o que é algo pessoal, pois "Melhor" é algo relativo.
Alguns tratei logo de adquirir, em cd ou vinil, outros ainda estão na "lista de desejos" e por enquanto vamos escutando nos "streamings" da vida. 

1. Bad Religion - Age of Unreason


Essa é uma veterana, uma banda fiel aos seus princípios. Escuto Bad Religion desde que os filmes de surf começaram a trazer bandas de Punk Rock na trilha sonora. Nesse album eles estão ótimos, fazendo o mesmo de sempre, e não esperava que fosse de outra forma, pois é assim que curto, foi assim que fizeram minha cabeça e instigaram meu surf por anos e anos... 

2. The Black Keys - Let's Rock!


Escuto The Black Keys há alguns anos e gosto de tudo deles, no entanto nunca havia comprado um disco sequer. Porém, logo que ouvi esse "Let's Rock!" garanti meu exemplar. O álbum é de um astral singular, Blues Rock na veia. Vale dizer que depois deste, já adquiri mais três outros discos da banda, agora vai...

3. Black Mountain - Destroyer


Gerar expectativa às vezes causa frustração e pode levar ao erro. Foi isso que aconteceu logo quando ouvi o primeiro single de "Destroyer". Eu esperava a continuação do disco anterior, mas, naturalmente, a banda vive outro momento e está soando diferente. Estranhei muito o novo álbum e cheguei a criticá-lo. Errei, reconheço. O disco é bom, muito bom, apenas diferente.

4. Bruce Springsteen - Western Stars


Passei a gostar de Bruce Springsteen com o tempo, e não gosto de tudo, mas de alguns discos gosto muito, e esse é um deles. Não sei sobre o que ele canta, não traduzi as letras, mas imagino que seja sobre lembranças, momentos bem vividos, de alegrias ou tristezas, mas momentos profundos e marcantes, pois é o que sinto ouvindo esse album, um misto de prazer e melancolia. 

5. Datura4 - Blessed is the Boogie


Não conhecia a Datura4 até esse ano, embora este seja o terceiro trabalho dessa banda que vem do oeste australiano. Classic Rock, Blues Rock e Psychedelia é o que esses caras fazem, e muito bem feito. Este album é o meu preferido, um dos que mais ouvi este ano, foi a melhor descoberta que fiz, até porque não conheço ninguém que já tenho ouvido esse som.

6. Gin Lady - Tall Sun Crooked Moon


A Gin Lady tem sido um das minhas queridinhas há quase uma década, todos os seus albuns estão entre os meus preferidos. É verdade que a sonoridade vem passando por leves mudanças, está cada vez mais melódica, sem perder o peso. Uma pena que seja impossível conseguir os três primeiros lps, mas pelo menos tenho os dois últimos.

7. JJ Cale - Stay Around


Já faz seis anos que JJ Cale se foi, mas este album é de inéditas, uma compilação cuidadosa da sua esposa, músicas gravadas em vários períodos da sua vida, guardadas por ele para futuros lançamentos. Algumas são de Cale com sua banda, outras ele toca todos os instrumentos, em estúdio ou mesmo em gravações caseiras. Um grande album para encerrar uma brilhante carreira.

8. Kadavar - For the Dead Travel Fast


Kadavar é uma das bandas mais interessantes da nova cena do Metal, a minha preferida junto à Witchcraft. Assim como ocorreu com a Black Mountain, quando ouvi este album as primeiras vezes estranhei. Neste trabalho o som está mais "profundo", denso, viajante, ou como disse um amigo, "mirando o pop", o que ainda não percebi. Agora, depois de devidamente degustado, posso dizer que é um discaço, um grande disco do novo Metal que não tira os olhos dos anos 70.

09. Rival Sons - Feral Roots


Mais um petardo dessa ótima banda americana que faz um dos melhores Hard Blues Rock da atualidade. Outra banda que tenho todos os discos, seja em lp ou cd. "Feral Roots" é o quinto album dos caras e talvez o mais completo, amadurecido, uma evolução natural desses grandes músicos.

10. Sad About The Times


Aqui está um lançamento fora do eixo, pois se trata de uma compilação com vários artistas obscuros da cena Folk e Pop da costa oeste americana dos anos 70, faixas que poderiam estar nas paradas dos radios daquela época, mas que, sem razão, só agora nos chegam para nosso deleite.

Para complementar, aqui abaixo estão outros tantos que rolaram e também valem menção...
11. Tedeschi Trucks Band - Signs
12. The Reverberations - Changes
13. Trey Anastasio - Ghosts of the Forest
14. Fu Manchu - Godizilla's
15. Brad Armstrong - I Got no Place Remembers Me
16. Rose City Band - Rose City Band
17. Baroness - Gold & Grey
18. Chris Robinson Brotherhood - Servants of the Sun
19. Calexico, Iron & Wine - Years to Burn
20. The Claypool Lennon Deliruim - South of Reality
21. GospelbeacH - Let it Burn
22. The Last Internationale - Soul on Fire
23. Mark Lanegan - Somebody's Knocking
24. The Raconteurs - Help us Stranger
25. Jake Xerxes Fussel - Out of Sight
26. Britanny Howard - Jaime
27. North Mississippi Allstars - Up and Rolling
28. The Who - Who
29. Beth Hart - War in my Mind
30. Bob Mould - Sunshine Rock
31. Dommengang - No Keys
32. Gary Clark Jr. - This Land
33. Kenny Wayne Shepperd - This Traveller
34. Pristine - Road Back to Ruin
35. Nick Cave & The Bad Seeds - Ghosteen 
36.Whiskey Myers - Whiskey Myers
37. The Steel Woods - Old News
38. Tool - Fear Incolum
39. Yola - Walk Through Fire
40. Black Pumas - Black Pumas
41. Friendship - Ain't no Shame
42. Durand Jones & The Indicators - American Love Call
43. Joanne Shaw Taylor - Reckless Heart
44. Lonesome Shack - Desert Dreams
45. Lucas Nelson and Promise of the Real - Turn Off The News
46. Neil Young - Colorado
47. New Model Army - From Here
48. Reingwolf - Hear me Out
49. Son Volt - Union
50. Steve Mason - About The Light

Escute as 100 + aqui: Link para Playlist

domingo, dezembro 15, 2019

Leitura é vicio


- Você é usuário?
- Sim....
- Quanto tempo já?
- Faz tanto tempo....Não me lembro não.
- Qual foi o motivo pelo qual começou?
- Fugir da minha realidade, não aceitava minha condição, sempre fui criado sozinho nesse mundão.
Balançou a cabeça como se compreendesse.
- Começou como?
- Coisa leve tipo Quintana, Drumond...depois afundei, até Allan Poe usei.
                                                                                                                         - Sr. Bolivar

A leitura é uma porta para o mundo, um mundo muitas vezes desconhecido e geralmente fascinante.

segunda-feira, dezembro 09, 2019

WCT 2019


Chegamos à última parada do Tour 2019, novamente em Pipeline, a "rainha" do North Shore de Oahu, no Hawaii. Dessa vez, mais do que nunca, o título está super disputado. Temos 5 caras com chances reais de se tornar campeão do circuito, embora 2 deles estejam mais distantes e precisem torcer para que os outros percam nas primeiras fases.

Sou do tempo que surfista brasileiro na elite era "estranho", um ou outro conseguia entrar e logo saia, quando chegava aos Top 16 era motivo de orgulho, de glória e de muita alegria entre nós. Nos últimos 10 anos, essa situação vem mudando e em 2014 tivemos nosso primeiro campeão. Em 2015, outro, e ano passado novamente. Como se isso não bastasse, o Brasil vem se impondo não só com campeões, mas principalmente por ter o maior número de surfistas na elite e ainda muitos entre os melhores, tanto da primeira divisão como da segunda. Definitivamente o surf brasileiro alcançou o maior patamar e a maior prova disso é essa situação atual, essa disputa pelo título de 2019 por 5 surfistas, sendo 3 brasileiros, dos quais 2 são os favoritos.

Amanhã deve começar a etapa final e são enormes as expectativas, muitas especulações, palpites, tanto por parte daqueles fissurados como este que aqui escreve, como por mídias, especializadas ou não. O mundo do surf está em alerta, todos os olhos estão naquele pequeno espaço chamado Pipeline. O Hawaii não tem representante na disputa, pois seu melhor filho, o bicampeão mundial John John Florence, esteve machucado por metade do ano, sem pontuar, e embora volte a competir nessa etapa visando à vaga nas olimpíadas, não tem chance de título este ano. Mas e o americano Kolohe Andino? Para quem não sabe, no surf, Estados Unidos e Hawaii não são o mesmo território. 

Kolohe está em quinto e quase 6 mil pontos atrás do líder. Suas chances são mínimas. Ainda, contra ele, está o seu histórico naquelas águas. Nunca foi muito bem, não é um grande surfista naquele tipo de onda. Entuba bem, mas em ondas médias e principalmente para a direita, ou seja, vai precisar de muita sorte, tanto para que o mar colabore com ele, quanto para que seus adversários caiam logo, o que é muito difícil de acontecer.

Em quarto aparece Filipe Toledo, que mais uma vez chega ao Hawaii entre os primeiros, mas quase ninguém o vê como favorito, não é. Filipe é genial, ninguém discorda, mas é outro que perde para ele mesmo em ondas cabulosas. Se Pipeline quiser que Filipe vença, ela vai virar para a direita, o Backdoor, e não subirá muito. Aí sim, Filipinho pode virar esse jogo e conquistar seu primeiro e merecido título, mas caso isso não ocorra, também não vejo ele com esta taça, ainda não.

O gigante Jordy Smith está em terceiro e é o cara a ser batido, perigosíssimo. Jordy é um surfista completo, excelente nos tubos, principalmente para direita, ou seja, se o mar estiver grande para o Backdoor será muito difícil vencê-lo. O cara vem de uma das melhores ondas do mundo, mas sabe que para ser campeão  mundial precisa ser bom no Hawaii, então o que ele fez? Mudou-se para lá e vem treinando pesado naquelas ondas. Vejo Jordy com grandes chances de estragar nossa festa, esse é seu melhor momento, e não seria injusto.

Ítalo ou Gabriel? Que coisa!! Dois monstros, dois caras com características diferentes, ambos sedentos por títulos. Gabriel já sabe o caminho, já esteve no topo duas vezes, sentiu o gostinho e quer mais. Não tenho dúvida que Gabriel é o melhor surfista do mundo, o mais preparado, o mais completo, uma máquina mortífera! Quanto maior o mar, maiores são suas habilidades, maiores suas chances, não importa se para esquerda ou direita, ele surfa tão bem em qualquer condição, e isso é seu maior diferencial, ele não tem ponto fraco. Já Ítalo é meu preferido para vencer, é por ele que eu torço. Gosto de como ele surfa, sua abordagem é divertida, inovadora, sem deixar de ser agressiva e atender ao que exigem as regras. O baixinho é destemido e até inconsequente às vezes. Ítalo fez um ano fantástico! Chega ao Hawaii na liderança merecidamente, acaba de receber o prêmio de "Melhor do Ano" pela Surfer, maior publicação do mundo, está no seu melhor momento e seria maravilhoso se vencesse esse evento e se tornasse mais um brasileiro campeão do mundo.

Não se pode esquecer, contudo, todos os demais que também estão no jogo e podem estragar a festa de qualquer um desses candidatos. Seja quem for o campeão, será bonito de ver. Afinal, só temos uma certeza, que será um grande espetáculo, emocionante, vamos torcer...

sábado, dezembro 07, 2019

WQS 2019


E a história se repete...
Mais uma vez as duas últimas etapas da gigantesca maratona anual do circuito da segunda divisão, o WQS, ou Qualyfing Series, fizeram a diferença. Se dar bem nessas etapas é essencial, isso todos sabem, mas numa análise mais crítica, será que só essas duas etapas não seriam suficientes para garantir a tal almejada classificação? É uma boa questão, pois alguns caras chegam ao Hawaii muito atrás no ranking e com apenas duas boas colocações conseguem vagas para o CT.

O circuito WQS teve esse ano 76 etapas espalhadas por diversos países. Chegou ao Hawaii em novembro para o encerramento com as duas últimas e mais valiosas etapas, ambas com 10.000 pontos em jogo. Ressalto que das 76 paradas, apenas 5 valem 10.000 pts, uma na Africa do Sul, uma na Califórnia, outra em Portugal e as 2 havaianas. 

Em todos os últimos anos vimos que os 10 melhores do ranking, aqueles que passam para a primeira divisão, alcançaram um pouco mais de 20.000 pontos, ou seja, essa é a marca a ser atingida para a tão almejada vaga na elite. Com isso, é fato que vitórias ou excelentes colocações em duas ou três etapas de nível 10.000 garantem a vaga. Para que então se desgastar tanto durante todo o ano? Para que valem etapas de 1.000 ou 1.500 pontos senão para aqueles que estão apenas começando no circuito sem chances de classificação? É apenas treino, é como vejo. Prova disso é que os cinco campeões dessas cinco principais etapas estão na lista dos 10 melhores do ranking, todos garantidos para a elite do próximo ano. Os outros cinco ou venceram uma ou outra etapa de pontuação 6.000 e também foram bem nas demais.

Jack Robinson
Encerrado o circuito, o ranking ficou assim:
1º. Frederico Moraes(Portugal - 26.400) - venceu Haleiwa, a primeira do Hawaii. Grande surfista, sobretudo em ondas grandes. Não tem o jogo aéreo, mas é excelente nas bordas. Surf polido e muito forte. Merece muito a vaga.
2º. Jadson André(23.800) - venceu o Oi Hang Loose, etapa de 6.000 pts. Jadson entra pelo QS e sai pelo CT, entra e sai. Não o vejo mais como surfista do CT, é muito inconstante,vamos ver como se comporta.
3º. Yago Dora(23.200) - venceu na California. Yago surfa muito, mas também é inconstante. Está perdendo sua vaga na elite, mas voltando pelo QS. Acredito nele e torço para que se encontre próximo ano;
4º. Matthew McGillivray(Africa do Sul - 22.580) - estreante, não venceu nenhuma, porém se deu bem nas duas etapas mais valiosas e se garantiu, é uma incognita.
5º. Jack Robinson(Australia - 21.930) - campeão da última etapa em Sunset. Outro estreante e, a meu ver, uma grande promessa para se manter na elite por muito tempo. Em ondas tubulares é exímio, tem surf de borda e jogo aéreo. Meu favorito;
6º. Alex Ribeiro(21.580) - venceu o Burton, na Africa, etapa de 6.000 pts. Alex já foi da elite e fez muito feio. Pra mim não tem nível para a primeira divisão;
7º. Miguel Pupo(21.000) - venceu em Portugal. Miguel também já foi do CT, teve seus momentos de glória, porém ainda o acho um tanto limitado. Não deve se manter.
8º. Ethan Ewing(Australia - 20.400) - Não ganhou nenhuma, mas foi muito bem em etapas importantes. Já foi da elite, surfou muito, mas sempre perdia por pouco. É outro que vejo como forte candidato a continuar entre os melhores;
9º. Connor O'leary(Australia - 19.650) - Esteve no CT por dois anos com ótimas performances e alguns desastres. Ganhou duas esse ano e foi bem em outras reconquistando uma vaga que lhe merece;
10º. Deivid Silva(18.650) - venceu na Africa do Sul. Estreou este ano no CT e está se reclassificando, o que, se assim continuar, abrirá uma vaga para o 11º no ranking.

Então temos, 1 português, 1 sul africano, 3 australianos, 5 brasileiros e nenhum americano!! Novamente o Brasil coloca o maior número de surfistas na elite, embora sem renovação, o que não vejo com bons olhos. Seria isso uma falha do próprio circuito? Pois dos 10 classificados, apenas 2 são novatos. Este é o momento para a WSL repensar esse formato, tornar a coisa mais dinâmica e atraente, há tantos nomes novos que gostaríamos de ver nas melhores ondas do mundo, enquanto alguns outros sem qualquer brilho continuam se requalificando e tornando o circuito um tanto repetitivo.

domingo, outubro 06, 2019

Ginger Baker


Ginger é mais um daqueles icônicos músicos que quando "partem" deixam um certo vazio. É mais um de uma geração que produziu "monstros" que pareciam ser imortais, mas a vida nos mostra que não é assim, que até esses gigantes têm seu fim. 

Não tenho idéia de quando ouvi Ginger pela primeira vez, porém tenho certeza que foi com o Cream, um dos maiores e mais influentes "power trio" de todos os tempos. Quando comecei a me aprofundar mais no rock, buscando bandas obscuras e underground, deparei-me com uma quase banda, um "super grupo" ou projeto do qual Ginger participou, o sensacional Blind Faith. E este, com apenas um album gravado, sempre esteve em destaque na minha coleção de discos, tanto em cd quanto em vinil.

Depois do Blind Faith, Ginger mudou, afastou-se do rock e do blues, foi para a Africa e mergulhou no Jazz. Tocou com vários músicos do estilo e formou sua banda, a Airforce, mas aí não era mais meu estilo, não me agradava, e então fiquei com ele no passado, ouvindo o Cream e o Blind Faith, sempre.

Essa semana li em algum lugar que Ginger estava internado num hospital e muito mal. Com 80 anos, hoje ele se foi deixando sua música eternizada nos ótimos discos que gravou, em vários estilos. Sempre será lembrado e citado como um dos maiores do mundo. É mais um gigante que vai fazer zuada no céu.



terça-feira, setembro 03, 2019

Hellacopters de volta!


Sim, uma grande notícia! O Hellacopters está de volta, fazendo shows pela Europa e afirmando a possibilidade de um novo álbum.

Praticamente com a formação original - apenas o baixista é "novato" - a banda está super afiada e ainda com a mesma energia que nos contagiou no passado.

Vi o show recente dos caras no Rockpalast, simplesmente avassalador. Uma hora e meia do mais puro Rock and Roll. Quem dera ver esse show ao vivo!! Também li uma entrevista com o batera Robert Eriksson na qual ele afirma a possibilidade de um novo álbum. Que venha!!



domingo, julho 07, 2019

Rival Sons - Feral Roots


O nome da fera é Rival Sons, vem da California, e nesses últimos 10 anos foi e é uma das principais bandas americanas quando se trata de Hard Blues Rock. Começaram arranhando, sem muito impacto. Mas em 2012, com o album "Preasure and Time", mostraram as garras com uma sonoridade que lembrava muito o Led Zeppelin, com os quais foram inevitavelmente associados, e como sempre digo em relação ao Greta Van Fleet, isso não é defeito, pelo contrario, deve ser uma honra.

Contudo, os caras estavam obstinados e provaram seus talentos, individuais e como banda, e soltaram na sequencia mais dois grandes discos, destaque para "Great Western Valkyrie" de 2014. A evolução da banda estava clara, esse disco começava a mostrar que eles procuravam a própria veia. 

Com discos no topo das listas mais conceituadas do mundo, com shows por todos os cantos, vem a consagração e os convites para acompanharem os gigantes, Deep Purple e Black Sabbath, em suas turnês. Se alguém ainda não os conhecia, passaria assim a ser mais um fã.


Logo no comecinho deste ano a fera voltou a atacar. Maior, mais forte, mais pesada. Assim é esse petardo. Um album de uma grande banda que evoluiu nos seus dez anos de existência sem perder sua identidade, sem desgarrar das suas origens, Blues Rock e Hard Rock, mas foi além.

Agora numa grande gravadora, a Atlantic, embora com o mesmo produtor - o cara tem a mão - Feral Roots é o trabalho mais completo e elaborado até então. Não sei se até por estarem na Atlantic, mas aqui e alí tem um pouco de Soul, Folk e Country. Jay Buchanan está afiadíssimo, o cara abre a boca e ouvimos seus sentimentos. Na letra de "End of Forever" ele revela: "Eu gostaria de dizer que sinto muito, desculpe que nos conhecemos, nós dois estamos prontos para reduzir o melhor e a pior coisa que já tivemos...".

Tenho curtido bastante esse disco, o vinil duplo com uma primorosa capa dupla aumenta ainda mais o prazer. Depois do impacto de "Presure and Time", este está sendo uma grande revelação. É a Rival Sons, uma das melhores bandas de Blues Rock da atualidade, uma banda verdadeira, firme às suas raízes ("feral roots calling me back home"/raízes selvagens estão me chamando de volta para casa) encerrando uma década gloriosa e criando energia para iniciar um novo ciclo.




terça-feira, julho 02, 2019

Gin Lady - Tall Sun Crooked Moon


Que prazer! "Tall Sun Crooked Moon", mais novo album da Gin Lady é tudo que eu esperava e muito mais, é o melhor disco do ano, pelo menos por enquanto, é o melhor trabalho da banda desde seu debut, é a prova que os músicos encontraram suas raízes e delas fizeram seu alimento e sua bebida e nos ofereceram para degustá-los com eles, e a satisfação está garantida.

Nunca vou esquecer do gozo quando ouvi pelas primeiras vezes(isso mesmo, não foi só uma) o primeiro disco da Gin Lady, que estupendo! Lembro-me bem que por pelo menos um mês o disquinho não saiu do player. Foi, de longe, o melhor disco de 2012. No ano seguinte veio "Mother's Ruin", também excelente, porém não tinha como superar, nem mesmo igualar aquele primeiro album, então esse segundo ficou um tanto subestimado, embora, com o tempo, tenha dado a ele o devido valor. Passaram-se dois anos e chegou "Call the Nation", que não me agradou de cara, deixando-o meio esquecido, inclusive cometendo o erro de não adquirí-lo, o que hoje só me arrependo, pois trata-se de outro ótimo album, mas já fora de catálogo. Em 2017 eles lançaram "Electric Earth", disco com uma sonoridade mais cool, simplista, o disco mais leve da banda, e novamente levei um tempo para assimilá-lo até que, há poucos meses, garanti meu vinil importado, meu primeiro vinil da banda, até porque os primeiros sumiram do mercado faz tempo. 


24 de maio de 2019 foi o dia do lançamento oficial do quinto album da Gin Lady pala Kozmik Artifactz, uma gravadora alemã, pela qual, ainda no período da pré-venda, garanti o meu vinil. "Tall Sun Crooked Moon", este incrível disco de Rock Clássico com texturas que nos remetem ao final dos anos 60 e início dos 70. Um album que já conquista pela linda capa, mais linda ainda no meu vinil(sic). Vibrações suaves, maravilhosas harmonias vocais, irresistíveis melodias...sobram adjetivos.

Cinco anos se passaram, a banda cresceu, evoluiu, transitou pelo hard rock, progressivo, country rock, classic rock e se encontrou novamente reunindo cada uma e todas as suas influências e experiências. Se lá atrás lembrou o Uriah Heep, aqui passa longe. Estamos agora muito mais próximos de Neil Young, Tom Petty e até Allman Brothers, por que não? O que era bom, ficou melhor. Este album será a trilha sonora de muitos dias deste ano e além...




segunda-feira, junho 03, 2019

Black Mountain - Destroyer


Criar expectativas não é bom, mas como não esperar muito por um novo album de uma das suas bandas preferidas, banda da qual você vem acompanhando todos os lançamentos desde o primeiro disco, lá no já longínquo ano de 2005? Difícil. Pois bem, mas isso é, ou foi, um tanto frustrante nesse caso em particular. 

Depois de quatro excelentes discos num período de 11 anos, a banda me deixou ansioso esperando por um grande disco, o que não ocorreu, nem de longe. Fiquei triste ao ver e ouvir o primeiro single divulgado por eles no youtube. Não gostei, não era o que esperava. Mas era apenas um single, então dei crédito e esperei por mais, o que veio logo depois, e novamente não me agradei. Isso é no que dá criar expectativas...

Não sei se foi o caso, mas provavelmente o que aconteceu foi, talvez, aquela necessidade de experimentar que algumas bandas/músicos sentem no decorrer das suas carreiras, e que, naturalmente, incomodam fãs como eu que preferiam a banda como soava antes, e por outro lado conquistam novos admiradores adeptos a este novo estilo.

Tenho os quatro albuns da Black Mountain em LP e CD, quase compro esse ainda na época que estava em pré-venda, mas depois de ouvir os dois singles, os quais me decepcionaram, não dei crédito e resolvi esperar para ouvir o album na íntegra, o que faço agora, e sinto-me aliviado por não tê-lo comprado, pois, pelo menos por enquanto, com exceção de duas músicas, as quais nem são tão boas quanto as antigas, o restante é um tanto chato, arranha meus ouvidos. Espero que este tenha sido um deslize e que a Black Mountain volte ao seu lugar na minha lista de melhores.



quinta-feira, maio 23, 2019

Datura4 - Blessed is the Boogie


Lá se vão quatro anos desde que essa banda apareceu e colocou - pelo menos aqui - seu debut entre os melhores discos de 2015. 
Numa linha Pych Blues Rock, o novo album, terceiro do grupo, coloca mais uma vez a banda entre as minhas preferidas do estilo. 


Blessed is the Boogie é um disco de Rock and Roll vintage, tão bom quanto os clássicos albuns do Status Quo e Savoy Brown, claras influencias desses australianos que mais uma vez refrescam a cena com uma música repleta de guitarras afiadíssimas e melodias marcantes.




sexta-feira, maio 03, 2019

quinta-feira, maio 02, 2019

Pristine - Road Back to Ruin


A Pristine já não é mais uma grata surpresa, está solidificada como mais uma grande banda da região da Escandinávia. Essa região vem nos mostrando algumas das melhores bandas da década, sobretudo no quesito Metal, no qual a Noruega é destaque absoluto. Mas a Pristine, embora Norueguesa, não se enquadra nesse estilo. Sim, tem bastante peso, mas é Hard Rock com fortes influências do Blues e até pitadas de Folk.


Com quase dez anos de estrada e cinco albuns, a banda alcançou seu ápice neste lançamento. O disco está coeso e equilibrado, com rocks certeiros e blues inspirados. "Road Back to Ruin" abre com uma pedrada chamada Sinnerman, Rock and Roll visceral para levantar defunto. Segue com a faixa título, pesadona, mais lenta, quase um Stoner. Depois de algumas pauleiras, entra Aurora Skies, pura lisergia, uma faixa belíssima. Em Blind Spot também estão os elementos do Folk, porém com quebras de rítmo como fazia o Led Zeppelin. Mesmo com tantas faixas de alto nível, ainda se destaca Cause and Effect, na qual a banda mostra todo seu potencial tocando um blues dos mais bonitos da atualidade. E para fechar o disco, Your Song, uma música linda, tão suave, quase angelical. Com este album a Pristine sobe uma escala, que fique por lá.




segunda-feira, janeiro 21, 2019

Fantastic Negrito


"Fantastic Negrito" não chega a ser fantástico, mas é bom, viu? Pois é, pelo menos não é mais do mesmo, tem caráter, tem estilo, e mesmo na impossibilidade de ser algo totalmente novo, tem bastante personalidade, e isso fica muito evidente quando visto ao vivo.

Sempre que vai chegando o final do ano, começo a refletir sobre o que mais me tocou e me agradou no período. Gosto de checar o que alguns sites e blogs também acharam e estão publicando nesse sentido. Foi assim que em dezembro último, durantes essas pesquisas, vi o disco do "Fantastic Negrito" aparecendo com frequência. Como era desconhecido pra mim, fui ouví-lo nas plataformas de Streaming. O disco, como um todo, não me chamou tanto a atenção, embora de logo tenha destacado umas duas músicas. 
Nunca fui muito fã de bandas que misturam tantos estilos e ele o faz, é Rock, Soul, Blues, Reggae, Jazz, e quanto mais você ouve, mais vai sentir nuances disso ou daquilo, enfim, aquela salada.


Bom, nem cheguei a salvar o álbum. Apenas ouvi mais algumas vezes, gostei mesmo de duas ou três músicas e deixei passar o restante. Mas sabe como são os "cookies", ficam nos importunando, insistindo com tudo aquilo que em algum momento mostramos interesse, e com o "Negrito" não foi diferente. Até que hoje o Youtube me sugeriu um show do cara no L.E.A.F. Festival em 2017 e deixei rolar. 

Num pequeno palco, com uma dúzia de pessoas assistindo, o "negão" começou devagar, mas parece que com o calor o caldeirão esquentou, as pessoas foram chegando e o espetáculo musical contagiou a todos, inclusive a mim. A banda é coesa, vibrante, e tem aquele teclado vintage que me amarro. O "negão" canta muito e é performático, chama a atenção. 


Lá pela metade os caras mandam muito bem numa versão blueseira, muito próxima da original, de "In The Pines(Where Did You Sleep Last Night), que ficou famosa com o Nirvana, mas é da lenda LeadBelly. Logo depois, uma sequência com "Plastic Hamburgers", do disco novo, e "The Duffler", invocando os gigantes do Soul, foi muito foda! Pronto, fechou a tampa.

sábado, janeiro 12, 2019

quarta-feira, janeiro 02, 2019

Jack Robinson

Publicado nos últimos dias do ano passado, novo clip de Jack Robinson impressiona pelas belas imagens das ondas do oeste australiano, além, é claro, do incrível surf desse garoto prodígio.


domingo, dezembro 30, 2018

Melhores Discos de 2018

Eis que no último suspiro ele acordou...
Um ano adormecido, inativo, esquecido, mas ainda vivo para revelar segredos, paixões alimentadas pela alma oculta nos sulcos dos discos de vinil e lasers nos cds.

Como sempre faço nesse época do ano, vou revelar, em ordem alfabética - porque não consigo ordenar por preferência - os discos que mais curti dentre os inúmeros lançamentos que ouvi nesse período.

Naturalmente, é impossível tomar conhecimento e ouvir a grande maioria de todos os álbuns lançados no intervalo de um ano. Assim, não tenho a menor pretensão de eleger "os melhores", mas sim listar os que mais me agradaram dentre os que tive o prazer de conhecer.

Bandas maravilhosas, discos incríveis, inspirados, novidades que todos os anos, além dos clássicos e eternos, estiveram nas minhas playlists e marcaram, de alguma forma, esse ano de 2018.

All Them Witches - ATW


Mais um do All Them Witches. Banda de Nashville, Tennessee, que contrariou a regra. Não bebe do Country daquela região, embora esteja contaminada pelo Blues, mas não o tradicional. O Blues aqui é outro, é psicodélico, soturno, moderno. Os discos da ATW costumam aparecer nas minhas listinhas quase todos os anos desde que a conheci. A sonoridade da banda muito me agrada, tem aquele climão mistico, muita psicodelia e peso na medida. ATW, o disco, é fodástico!


BlackBerry Smoke - The Southern Ground Sessions



Esses caras são velhos conhecidos, embora nunca tenham aparecido aqui, não porque não os curta bastante, mas acho os discos um tanto inconsistentes. A Blackberry Smoke lançou este ano o bom "Find a Light", além desse Ep, que não é um disco de estúdio, mas um acústico com cinco músicas do álbum anterior e mais uma cover do Tom Petty, que ficou muito massa! Uma delícia de disco que toco inteiro duas ou três vezes sem tirar de dentro...


First Aid Kit - Ruins


Foi após ver a capa desse disco em diversas publicações que fui ouvir o novo album das irmãs  suecas do First Aid Kit. Opa! Coisa linda, elas e ele, o disco, Ruins. Som limpo, vocais suaves, melodias leves. Chamam de Indie, chamo de Folk. Gostei bastante. 


Fu Manchu - Clone of the Universe



Puta banda essa!! A Fu Manchu é veterana, tem quase 30 anos e ainda muito combustível. A prova disso está aqui, seu novo disco é matador! A banda sempre foi fiel à sua sonoridade, não tem fase boa ou ruim, é a mesma Fu Manchu de sempre, por isso já sabe que nesse disco a pancadaria é a mesma, com uma única novidade, a última música com dezoito minutos, algo inusitado para eles, porém digo que é apenas reflexo da evolução musical da banda explorando toda sua capacidade.


GospelBeacH - Another Winter Alive


Ouvi pela primeira vez a GospelbeacH - é assim mesmo a grafia - logo no início do ano, pelo disco anterior, e gostei daquele sonzinho, levinho, praiano, meio Folk-Rock, meio Pop. Não era um grande disco, assim como esse também não é, embora seja grudento, agradável, gostosinho, e talvez por isso tenha tocado varias vezes nas minhas playlists nos últimos meses e ele esteja aqui entre os mais curtidos.


Greta Van Fleet - Anthem of the Peaceful Army



Agora sim, eles vieram com tudo, com um belíssimo Full Length recheado do mais puro veneno Rock 'n Roll, capaz de fazer com que todos que os experimentem afirmem que estão ouvindo Led Zeppelin, mesmo sabendo que o Zeppelin - a banda - implodiu em 1979. Isso não é ruim, não é defeito, não é pouco, pelo contrário, é uma honra. Incrível uma banda de garotos tão jovens ser tão poderosa. Eu quero é mais Greta Van Fleet!!


King Buffalo - Longing To Be The Mountain


Que boa surpresa esse disco! Quando ouvi pela primeira vez a King Buffalo num tributo a Hendrix lançado em 2015, a sonzeira psicodélica da banda chamou minha atenção. Uma banda coesa, boas guitarras, um baixão contagiante e um ótimo vocal. Os caras tocam muito, fazem músicas com nove, dez minutos que remetem ao progressivo. Excelente banda e disco!! 


Kurt Vile - Bottle It In


Obrigado YouTube! Sim, foi por sugestão dele, ano passado, que conheci Kurt Vile. Desde então passei a ouvir todos os discos dele e da sua banda anterior(The War on Drugs), a qual também fiquei fã. Este ano ele lançou Bottle It In, seu já oitavo album em dez anos de carreira solo e muito bom, relaxado, divertido, um album para qualquer hora.


Mason Jennings - Songs From When We Met



Embora eu já curta Mason Jennings há muito tempo, dez anos no mínimo, é a primeira vez que ele entra nessa "seleta" lista. Segundo ele mesmo, este é um album pessoal, íntimo. Para mim, nenhuma novidade, pois mesmo que esteja enganado, todos os discos dele me pareceram assim. Sentimental é como posso definir a música desse cantor, compositor, poeta, político e eclético músico apaixonado. Belíssimo disco!


Naxatras - Naxatras III


Uma banda fora do "eixo", um trio. Assim como a ótima 1000mods, a Naxatras vem da Grecia. Nesse terceiro album com apenas sete músicas em mais de uma hora, a banda mandou outro discaço flertando Hard Rock e Psicodelia utilizando a mesma fórmula dos anteriores, o bastante e suficiente para fundir sua cabeça. Esse disco é, nas palavras da própria banda, 'Uma viagem para uma terra desconhecida. Um mecanismo antigo. Uma profecia.''



The Sheepdogs - Changing Colours


Nosso bom e velho Classic Rock está super bem representado por esses canadenses da Sheepdogs. Disco após disco eles nos trazem um blend de Southern Rock 'n Roll Boogie and Psych dos melhores que existem, se é que dá pra entender isso. Quando escutei o antecessor "Future Nostalgia" há uns dois anos gostei de cara da banda. Agora esse "Changing Colours" mantém o nível. Duplo, trás clássicos como "Nobody", "I've Got A Hole Where My Heart Should", a linda balada "I'm Just Waiting for My Time", entre outras tantas pedradas. Discaço!



The Smashing Pumpkins - Shiny and Oh So Bright, Vol. 1


Pelo menos 3/4 da banda original estão de volta nesse album e isso fez a diferença. A excelente Smashing Pumpkins dos anos 90 perdeu força na década seguinte sem seus membros originais. Mas Billy Corgan cedeu, antes tarde do que nunca, e nos brindou com outro petardo. Shiny... é muito bom, vai aparecer em muitas listas por aí. Fico feliz em ter de volta uma das minhas bandas preferidas.


Wooden Shjips - V


Do underground de São Francisco vem a Wooden Ships, mesclando Psicodelia com Rock and Roll. Os caras já estão no quinto disco, mas foi por esse que conheci a banda. Foi logo no início do ano e no mesmo dia encomendei o vinil, foi amor a primeira orelhada. São muitos elementos no som da banda, algo que excita e relaxa. Me fez lembrar muito a "Black Mountain", o que já seria o bastante para admirá-los, mas segundo eles mesmos, as principais influências vêm de Velvet Underground e Neil Young, duas bandas que adoro, então tá explicado, discaço!!!