A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

domingo, janeiro 31, 2016

Somos os lugares que habitamos


Li um artigo muito interessante intitulado "O Poder do Verde" sobre pesquisas realizadas por psicólogos e cientistas de várias partes do mundo. Todos afirmam que o contato com a natureza é um forte aliado a terapias contra a fadiga, o estresse, a ansiedade, o mau-humor e vários outros males que afligem em especial a sociedade urbana.

O prof. José Antonio Corratiza cita o filósofo ambiental Glenn Albrecht que cunhou o neologismo "Solastalgia", referindo-se a dor pela perda do solo, Uma doença associada a melancolia e nostalgia, que pode surgir quando o local de residência habitual se torna hostil ou abandonado. O estado melancólico pode associar-se a experiências emocionais de angústia e solidão, convertendo-se em um quadro de depressão. Segundo ele, a degradação dos ambientes naturais em que vivemos nos afeta porque, de alguma forma, eles fazem parte de nós, estão em nós. Somos os lugares que habitamos.

Pesquisas comprovaram que pessoas que vivem no campo ou em contato direto com a natureza tem índices maiores de capacidade de assimilação e concentração, além de maior longevidade. Mulheres que residem em locais com janelas voltadas para a paisagem urbana admitiram comportar-se de forma mais agressiva com o cônjuge do que aquelas que tem vista para espaços naturais.

Resumindo: Está estressado? Olhe para o céu, pise na grama, observe árvores, flores e pássaros. a sugestão parece ingênua, mas é eficiente. Os estudos revelam que o contato com a natureza, sua contemplação, provoca alterações significativas no humor e na saúde. Depois dessa, tenho ainda mais certeza que meu lugar, onde quero morar, é no campo, no meio do mato, com muitas árvores e pássaros, longe dos caóticos centros urbanos, seus ruídos e sua poluição. Quero a paz, o silêncio e a beleza da natureza. 

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Guitar Heroes

Estava um dia desses pensando em fazer uma postagem sobre meus guitarristas preferidos. Não gosto de usar o termo melhores do mundo, porque isso é altamente subjetivo, então prefiro dizer que são os meus preferidos, porque até assim não é algo absoluto nem exaustivo. Tive os meus preferidos quando ainda era um garoto que só escutava heavy metal e essa relação seria completamente diferente da de hoje, como também seria de 10 ou 20 anos atrás. São as fases da vida que nos trazem novas sensações e percepções. Não deixei de gostar de heavy metal ou de punk, também já admirei e fui muito fã de reggae, passei pelo rock dos anos 80 e 90, o grunge e o hard rock, e de uns tempos pra cá mergulhei no blues e suas vertentes, ou seja, muitos que já foram meus preferidos ainda são admirados e curtidos, poderia citá-los se fizesse uma lista com 100 nomes, e faria isso facilmente, mas quando pensei na postagem, a princípio pensei em relacionar 10 nomes, mas não consegui e estiquei para 20. Qualquer hora dessa vou postar meus escolhidos, mas hoje vi algo parecido e achei interessante porque fizeram uma seleção intitulada "Guitar Heroes" com 12 videos, embora o primeiro e o décimo da lista tenham sido excluídos, sabe lá o porque, mas são eles Jimi Hendrix e Carlos Santana. 
Bom, como aperitivo e também porque sete desses doze estão também na minha preferência, decidi postá-la aqui. Vamos curtir...

1. Jimi Hendrix - Vídeo original excluído.

2. Duane Allman

3. Keith Richards

4. Eric Clapton

5. Django Reinhardt


6. Peter Green

7. T. Bone Walter

8. Rory Gallagher

9. Jimmy Page

10. Carlos Santana - Vídeo original excluído.

11. Paul Kossoff

12. Michael Bloomfield

quinta-feira, janeiro 28, 2016

Tedeschi Trucks Band


"Let Me Get By" é o terceiro álbum de estúdio da super banda de Derek Trucks e Susan Tedeschi que conta com simplesmente 12 membros. O disco tem data oficial de lançamento para amanhã, 29 de janeiro, mas damos nosso jeitinho e conseguimos um dia antes, coisa de fã.

São dez músicas com o mesmo feeling de sempre. Susan à frente da banda com sua linda voz e Derek desfilando lindas melodias e solos com sua slide guitar. Sons leves, gostosos de ouvir a qualquer momento, do tipo que eleva seu espírito e faz você cantarolar o refrão acompanhando esse conjunto de tantos elementos alinhados e afinados para fazer uma música como pouco se ouve por aí.



quarta-feira, janeiro 27, 2016

Nick Mason


Hoje, 27 de janeiro, é o aniversário desse cara, 72 anos, apenas dois dias mais novo que meu pai. Único integrante da formação original do Pink Floyd e um dos meus bateras preferidos. Parabéns e muito obrigado por tudo que já tocou pra mim.

terça-feira, janeiro 26, 2016

Rival Sons


Não tenho nada de novo para falar sobre o Rival Sons, apenas soube ontem que foram convidados por Ozzy e Sharon Osbourne para abrirem a possível última turnê do Black Sabbath, e foi por ter lido a respeito que bateu aquela nostalgia e coloquei todos os cinco discos da banda em ordem em uma playlist para relembrar e curtir uma das minhas bandas preferidas dos últimos anos. Eles já estiveram aqui no blog diversas vezes desde 2011, quando conheci a banda. No ano passado, porém, não lançaram nada e estiveram ausentes dessas páginas. Assim, para não esquecermos da força e beleza da música desses caras, vamos ouvir algumas das suas músicas mais bonitas, uma de cada disco, pois embora sejam uma banda de Heavy Blues Rock, suas baladas são fantásticas, e hoje estou a fim de um som mais calminho para relaxar.







sexta-feira, janeiro 22, 2016

Classic Rock Brazil Store #1


A Classic Rock Brazil Store é a loja On Line do meu amigo Leonardo Martins, a melhor loja para quem gosta de LPs originais dos anos 70. O Leonardo é um cara caprichoso, muito cuidadoso e atencioso com todos os seus clientes. É um grande conhecedor e colecionador de discos. Mora na Flórida e é de lá que envia os discos. Já venho comprando com ele há mais de um ano e estou totalmente satisfeito.

Em setembro do ano passado começamos a formar mais um grande pacote, o maior que já fizemos até agora, foram 19 LPs. Fazemos isso aos poucos, pois ele não tem todos os discos em estoque. À medida que vai conseguindo, vai postando na internet e os interessados, e mais "antenados" vão comprando.

Como eu disse, começamos essa negociação em setembro, mas só finalizamos em dezembro, e só recebi agora em janeiro. Esse é o esquema, o envio não é imediato, mas vale muito a pena, porque não tem como conseguir essas raridades por um preço razoável em outro lugar sem pagar taxas absurdas à Receita Federal. Nesse meio tempo, já fechamos uma outra compra que em breve estará voando para cá e talvez no próximo mês esteja chegando por aqui, até lá, ainda tenho muito a escutar...

Back Street Crawler - The Band Plays On
Back Street Crawler - 2nd Street
Esses dois álbuns são de uma banda que até então não conhecia e me foram indicados pelo Leonardo. É a banda que o Paul Kossoff formou quando saiu do Free. Tem a mesma pegada Blues Rock do Free com um toque de Soul e Funk que deixaram o resultado muito bom, adorei ambos os discos.

Creedence Clearwater Revival
Creedence é uma das melhores bandas de todos os tempos, gravaram apenas seis discos. Tenho todos em cd além de uma linda caixa com tudo deles desde antes mesmo de serem Creedence. Este é o primeirão da banda, de 1968. Agora só falto dois para fechar a coleção também em vinil.

Ac/Dc - Back in Black
Adoro Ac/Dc, principalmente a fase com Bon Scott. Este disco é o primeiro depois da saída de Scott, mas é um clássico da banda, um disco indispensável para quem curte Rock n Roll.

Led Zeppelin - In Through The Out Door
Comprei este disco apenas para substituir um que já tinha mas estava um pouco estragado, e o Led Zeppelin não merece isso. Já completei toda a coleção em vinil, todos de época. Agora espero conseguir essas novas edições que estão saindo lá fora, todos duplos ou triplos com gravações que ficaram de fora, além de demos e versões ao vivo.

Dave Mason - It's Like You Never Left
Este é meu primeiro disco de Dave Mason. Já o admirava desde os tempos que tocava no Traffic, e já tinha escutado e gostado do primeiro dele, mas este não conhecia. Por indicação do Leonardo, comprei e fiquei encantado. O disco é excelente, muito inspirador e apaixonante.

Rush - Exit...Stage Left
Caramba! Como fiquei feliz quando o Leonardo me ofereceu este disco, ele faz parte da minha vida, já o tive faz muitos anos e sempre mantive um carinho especial por ele. É um absurdo de bom, um dos melhores álbuns ao vivo de todos os tempos, é o Rush na sua melhor fase, um discaço!

Jethro Tull - Living in the Past
Este é outro que marcou uma época. Escutei muito este disco quando jovem, tem músicas fantásticas. Mas essa edição é mais do que especial, a capa é laminada e tem simplesmente um livro de fotos dentro dele, uma peça raríssima, valiosíssima, de arrepiar!

Deep Purple - In Rock
Deep Purple - Come Taste the Band
Dois discos do Deep Purple em fases distintas. O In Rock é de 1970, a banda na sua segunda formação, com Ian Gillan nos vocais, mais pesada e agressiva; já o Come Taste... marca uma grande mudança na banda, tem David Coverdale cantando maravilhosamente e Tommy Bolin surpreendendo no lugar de Blackmore. Muita gente critica este álbum, eu o adoro e pronto.

Wishbone Ash - Argus
Argus é um clássico dos anos 70. Pense numa banda afinadíssima que fazia um hard rock meio progressivo de forma fantástica, assim era o Wishbone Ash, e este é sem dúvida o meu preferido deles. Aqui tem verdadeiro hinos.

Free - Highway
O Free foi uma banda de vida curta, mas seus cinco discos são ótimos. Este é o meu segundo deles em vinil, pois em cd tenho todos. Curto demais essa banda, todos tocavam muito, Paul Kossoff é um dos meus guitarristas preferidos e Paul Rodger's é um cantor invejável.

Neil Young
Every Body Knows This is Nowhere
On the Beach
Zuma
Comes a Time
Rust Never Sleeps
Live Rust
 Agora vem a melhor parte, sete álbuns do Neil Young, um dos meus artistas preferidos. Já tive todos esses discos, mas como já contei, todos foram roubados, foi uma perda imensurável. Estou muito feliz em poder tê-los em mãos novamente. Já havia conseguido três dele e agora com esses sete completo a melhor fase de Young, pelo menos a que mais gosto.

Volto a agradecer ao meu amigo Leonardo Martins por todas estas conquistas, por estar conseguindo aos poucos recuperar o tesouro que já tive, pelo prazer que estes discos me proporcionam. É difícil colocar em palavras o que nós, colecionadores, sentimos quando colocamos estes álbuns para tocar, além do vislumbre que a arte das capas nos proporcionam, é algo que poucos conseguem entender e compartilhar.

quarta-feira, janeiro 20, 2016

Direito 2016

O destino está sempre nos aprontando peças, hoje me fez uma grata surpresa. Já faz alguns anos que venho pensando na possibilidade e na necessidade de voltar à faculdade para cursar Direito, tanto para ampliar meus conhecimentos na área na qual exerço minha profissão como para abrir oportunidades para participar de outros concursos que exigem o bacharelado nessa área.

Sempre esbarrava na questão financeira, pois não é um curso barato, e ainda na questão da disposição de enfrentar mais cinco anos, no mínimo, de uma faculdade quando já estamos em uma idade que queremos mais é descanso. Mas isso estava me inquietando, sentindo o tempo passar sem produzir algo relevante enquanto ainda me sinto capaz para tal.

No final do ano passado, numa conversa com um colega de trabalho, ele me alertou para uma promoção na Facar - Faculdade de Aracaju, a qual estava com cursos com mensalidades bem abaixo das praticadas pelo mercado. Foi quando procurei a instituição para esclarecimentos. Era verdade, os cursos estavam em média pela metade do preço das demais. Como sou portador de diploma, entraria sem vestibular.

Agendei para entregar a documentação exigida no início desse mês, mas conversando com uma amiga, esta me informou que essa mesma faculdade realizaria um vestibular especial onde os primeiros colocados seriam agraciados com bolsas regressivas, de 100% a 10%.
Bom, não me sentia preparado para o certame, ainda mais porque aconteceria naquela mesma semana, mas resolvi arriscar, não custava nada, não perderia nada em tentar. Lembrei-me de quando fiz o vestibular na UNIT em 2002, depois de tantos anos sem estudar e passei em primeiro lugar, então de logo fiz minha inscrição.

Fui para a prova tranquilo, sem pressão alguma, apenas com muita vontade e esperança de conseguir uma boa colocação e um bom desconto. Não gostei da prova, não saí satisfeito, com exceção da redação, a qual achei a proposta bem criativa e inovadora. Tinha a certeza e ter feito um bom texto.

Hoje, recebi uma ligação da Faculdade dando-me os parabéns pela aprovação, e melhor ainda, pela excelente colocação em 3º lugar, o que me garantia uma bolsa de 40% do total do curso. Fiquei surpreso, lógico, muito feliz e confiante. Era algo que almejava há tempos e que estava prestes a se realizar. 

Às vezes estamos meio sem rumo, diante de várias portas sem saber escolher qual deveríamos entrar e seguir adiante, daí surge uma luz e aponta para uma, acreditamos e seguimos em frente. Como em um jogo de videogame, outras vão se abrindo e precisamos fazer escolhas que podem fazermos retroceder ou, se acertadas, levarmos a um nível acima. Assim é a vida, cheia de oportunidades, porém precisamos estar atentos a elas e não deixar passar, porque talvez nunca as tenhamos de novo. Às vezes, queremos tanto algo e não conseguimos em determinado momento, e algum tempo depois, aquilo surge inesperadamente, é quando estar atento e disposto para brigar por isso faz toda a diferença. 

Assim, acredito que é chegada a minha hora, no tempo que deveria ser, e vou agarrar essa oportunidade com determinação, tentar aproveitá-la ao máximo, mesmo com várias dificuldades atreladas ao momento, mas esse é o meu momento e não vou desperdiça-lo, pelo contrário, vou vencê-lo, porque estava assim programado para mim.

terça-feira, janeiro 19, 2016

Roots Records & Cia


Outro dia desses meu amigo Ricardo Nunes, o "China", proprietário da Roots Rock & Cia me mandou um mensagem dizendo que tinha comprado um lote de Lps e que tinha alguns do meu interesse. Pedi para postar umas fotos e vi um álbum do Dave Mason que logo pedi para reservar, entre outros que também fiquei interessado. 

Hoje fui à loja com o intuito de pegar o Dave Mason e talvez mais algum, mas sabe como é que criança se comporta em loja de brinquedos, mexe em um, olha outro, pega aquele, dispensa esse, e quando vê, já tem um monte em cima do balcão e não se decide por qual levar. Bom, no meu caso, faço o seguinte: levo todos.

O Dave Mason foi o primeiro a entrar no pacote, esse já estava certo. "Headkeeper" é terceiro disco solo de Mason depois da sua passagem pelo Traffic.


Um disco que já vinha namorando com ele desde outras visitas à loja era o "Tattoo", de Rory Gallagher. Toda vez travava uma briga com o "China" por causa do preço, mas o cara era resistente, e eu largava a "bolacha", mas hoje eu o venci.


O "Ball", terceiro disco do Iron Butterfly é um achado, gravado em 1969, não é fácil encontrá-lo por aí, ainda mais original de época.


"Kozmic Blues" foi outro que pedi para reservar, gosto muito desse disco. Ele também é de 1969 e contém os clássicos "Try", "Maybe" e a faixa título. Um disco muito sentimental.


Esse é o segundo disco do Joe Cocker, homônimo, nunca tinha visto. É uma raridade. Aqui ele canta Beatles, Leonard Cohen, Bob Dylan, tem participação do Leon Russel e da Rita Coolidge. Não podia dispensar.


"Born to Die" não está entre os melhores do Grand Funk Railroad, é um dos últimos da carreira dessa super banda. Mas valeu o preço.


Adoro a primeira fase do Jethro Tull e "This Was" é o primeirão, lançado em 1968. Não é tão bom quanto Aqualung ou Benefit, mas é um bom disco e também é daqueles indispensáveis.


"Salisbury" é um dos melhores discos do Uriah Heep, é de 1971. The Park, Lady in Black e High Priestless são ótimas.


Pronto, estava fechado o pacote, oito discos era muito mais do que eu pretendia comprar, o "chinês" fez minha mala, mas ainda não tinha encerrado. Quando pedi a conta, ele disse que também tinha recebido uns cds e ainda entraram na conta três disquinhos que curto pra caramba:

"Live Cream", um petardo ao vivo de um dos "power trios" mais fuderosos do mundo.


"Live...In The Heart of the City", do Whitesnake, outro disco ao vivo que é um estouro. Já tive em vinil e me amarro. Coverdale está impecável, discaço.


E para finalizar, "Rocka Rolla", o primeiro disco do Judas Priest, uma banda que já curti bastante na minha fase de metaleiro, apesar de que neste disco eles ainda estão fazendo um Hard Rock de primeira. Fechou a conta.


E assim voltei pra casa, com um peso na consciência e nas costas. Fui comprar um disco e saí com onze. Coisas de quem é apaixonado por música e viciado em discos. É isso mesmo, são momentos de prazer que não dá para explicar, só quem curte é quem entende. Vida longa ao Rock n Roll.

segunda-feira, janeiro 18, 2016

WSL 2016


O ano está apenas começando, mas o recesso na WSL já acabou. Dois eventos importantes já aconteceram, o mundial Pro Junior, com Lucas Silveira sagrando-se campeão e garantindo sua participação no WQS onde terá sua primeira oportunidade de classificação para o WCT de 2017, e o Big Wave Todos os Santos, no México, com Josh Kerr surpreendendo a todos com sua vitória e Carlos Burle garantindo a terceira colocação. Foi um excelente começo para os brasileiros.

Mas e a elite, como está? Ainda de férias. Alguns treinando, outros curtindo, são quase três meses de descanso para os gladiadores. Este ano teremos pelo menos oito caras novas, é a renovação necessária para tornar o circuito dinâmico, acho até que é pouco, ainda existe um grande protecionismo na entidade. Defendo a troca de pelo menos metade todos os anos, 16 dos 32, aí sim, neguinho iria se matar para permanecer na elite e garantir os milhares de dólares e a mordomia.

Nos dois últimos anos tivemos a quebra da hegemonia australiana e americana no circuito, dois brasileiros. E esse ano, como será? Muita especulação, mas com certeza a nova geração conquistou um espaço gigantesco frente aos dinossauros do tour. Kelly ainda tem surf para ser campeão, mas será que tem gana? Mick é um forte candidato, porque é excelente em qualquer condição; Joel e Taj já não são mais os mesmos; Owen e Kerr são perigosos, podem chegar junto. Pronto, tirando esses, vem os verdadeiros favoritos, em quem eu apostaria minhas fichas.

Não sou vidente, mas acredito que um desses quatro caras será o campeão deste ano. Vamos a eles:


Gabriel Medina. Se tivesse que apostar em um, seria ele. É o mais focado, mais forte, mais preparado fisicamente, já tem experiencia, carrega um título no peito, é bom em ondas pequenas, muito bom em ondas médias e excelente em ondas grandes, tanto esquerdas quanto direitas.


Filipe Toledo. Um dos surfistas mais extraordinários do mundo, o mais empolgante do tour em ondas pequenas, fantástico, ninguém tem chances contra ele nessas condições, embora quando o mar encrespa, ele amarela, pelo menos foi assim até agora, o que espero e acredito que será diferente este ano, pois ele sentiu o gostinho do título, quase botou a taça na mão, mas escorregou na reta final.


Julian Wilson. A melhor combinação de estilo, força, radicalidade, fluidez, inteligência e competitividade. Também chegou muito perto ano passado, já está no tour há alguns anos e tem pleno potencial para ser campeão. Acredito muito nesse cara. Se não for agora, será logo, com certeza.


John Florence. O Freak, o garoto prodígio, o eterno free surfer, o melhor do circuito em ondas realmente grandes; quanto mais difícil, mais ele se destaca. Quando está inspirado, apresenta as melhores e mais impressionantes performances, quando não, chega a ser ridículo. Se ele vier com foco, com vontade de vencer, será muito difícil de detê-lo. É outro que merece muitos títulos.

Bom, esses são os meus favoritos. Se tudo correr como esperado, a chance do Brasil conquistar seu terceiro título é de 50%. Ainda temos que esperar até março para botar as fichas nos nomes, e vamos jogando com a sorte.

domingo, janeiro 17, 2016

Let's listening Pink Floyd


O Pink Floyd sempre foi e sempre será a banda que eu mais escuto junto com o Led Zeppelin. É música para a alma, para o coração, para deitar e rolar, sentar e viajar, fazer amor ou declarar guerra; é música para todas as idades, é a banda perfeita, ou foi, como prefiro me posicionar a respeito da sua existência.

Acho que foi em 1978 ou 1979 quando ouvi pela primeira vez, porém foi em 1982 ou 1983 que fui enfeitiçado pelo poder daquela música. Por coincidência, ou pelo momento oportuno, isso se deu com o álbum The Wall, justamente aquele que para mim marca o fim da banda. 
Ah! Isso é uma polêmica desgraçada. Tenho vários amigos que discordam veemente comigo, alguns até acham que discos lançados após o The Wall são melhores que os anteriores, um absurdo!

Desde a primeira fase em 1966 até 1979 a banda só fez uma alteração na formação, logo no primeiro disco, porém fez diversas mudanças na linha da sua música, sem contudo fugir do seu estilo característico e singular. Dou muito valor a bandas que se mantém fieis, unidas como um grupo indissolúvel, assim como foi o Led, mas em 1979 essa força foi vencida por diferenças musicais ou por egos inflamados, o que levou ao fim da harmonia que durara doze anos e produzira onze álbuns fantásticos.

O que fizeram depois é descartável, não é ruim, longe disso, afirmo apenas que está em um nível muito abaixo dos clássicos produzidos até a obra prima The Wall. Adoro todos os onze discos, não consigo apontar o melhor, todavia quatro são os meus preferidos: Obscured By Clouds, The Dark Side of the Moon, Animals e Wish You Were Here. Estes faço questão de levar comigo para a outra vida.

Assim, vamos ouvir um pouco dessas músicas maravilhosas...










sábado, janeiro 16, 2016

Let's listening Rory Gallagher


Minha admiração por esse irlandês é antiga, mas vem crescendo à medida que me aprofundo e dedico mais atenção à sua obra. Nunca, nem na minha antiga gigante coleção de lps nos longínquos anos '80, tive um vinil do Rory. Sempre foi muito difícil de conseguir, apesar da dificuldade não ser justificativa, foi relaxamento, sou culpado. Já mais tarde, quando vieram os cds, alguns títulos foram lançados no Brasil e comprei alguns, e claro que ainda os tenho. 


Foi a partir daí que comecei a escutar com mais atenção e a dar o devido valor a esse músico fascinante, subestimado, cantor de voz poderosa, afinada, guitarrista exímio, letrista competente, completo. Passei então a baixar tudo que estava disponível na internet e fiquei maravilhado e viciado no Blues Rock desse cara que para mim está no mesmo patamar de Eric Clapton, Jimmy Page, Neil Young, David Gilmour, Peter Green, embora seu reconhecimento nunca tenha chegado perto desses.

Essa noite vou brindar e ouvir um pouco do melhor que Rory deixou pra gente, em ordem cronológica, uma coletânea com 10 músicas, uma por disco.










The Birth of a Legend

o

15 de janeiro é o aniversário do nosso querido Ronald Wayne Van Zant, carinhosamente chamado por Ronnie, que estaria completando 68 anos se não fosse aquele trágico acidente. 

Ronnie quis ser jogador de baseball, depois boxeador e piloto de Stock Car, mas seu talento era outro. Quando ainda na escola, junto com seus amigos Gary Rossington e Allen Collins decidiram formar uma banda. Tiveram alguns nomes e algumas formações, mas foi em 1973 que como Lynyrd Skynyrd romperam o silêncio com o petardo Pronounced Ler-ner Skin-nerd, com clássicos como Simple Man e Tuesday's Gone. Logo foram convidados a abrir os shows na turnê do The Who, e apareceram para o mundo.


Daí pra frente seguiram-se discos memoráveis, receberam diversos prêmios, discos de ouro e platina, e logo passaram a participar dos festivais como banda principal. Mas o destino foi cruel com ele, quando no auge da fama, em 1977, derrubou aquele avião no qual estavam Ronnie e outros membros da banda.


Foram apenas cinco álbuns gravados com a voz de Ronnie, muito pouco para seu talento, mas suficiente para encher nossos corações com o melhor que a Flórida poderia oferecer ao mundo naquela época.




R.I.P.

quinta-feira, janeiro 14, 2016

Black Mountain



Está completando 10 anos do lançamento do primeiro álbum da banda Black Mountain e a gravadora acaba de lançar uma edição especial comemorativa. Quando escutei o disco lá atrás, não sei exatamente o ano, lembro que logo me chamou a atenção pela temática psicodélica que remetia aos anos '60, assim como outras bandas que estavam surgindo naquele período com foco na musicalidade e sonoridade das décadas passadas. Lembro-me bem da Siena Root, que talvez tenha sido a que mais me impressionou à época; a Witchcraft que também fazia um som muito inspirado no Black Sabbath; a Wolfmother que chocou a todos com seu primeiro disco, entre outras.


Black Mountain, o disco, tinha apenas oito músicas, onde a maioria ultrapassa os seis minutos. Os vocais divididos entre Stephen Mcbean e a linda Amber Webber, com sua belíssima voz, deixam o clima um tanto sombrio e sensual. Os teclados viajantes também são destaque em todas as músicas, fazem lembrar o Velvet Underground. A sonoridade é altamente psicodélica, densa, cativante; as músicas são muito bem construídas, como faziam as antigas bandas progressivas, mas sem exageros.


Esta nova edição vem carregada com mais oito músicas, quatro inéditas, três versões do primeiro disco e uma versão do ep que lançou a banda um ano antes. De lá para cá já lançaram mais três grandes álbuns, seguindo a mesma linha, fieis a proposta original. Sou fã da banda e curto todos os discos. É um prazer voltar a escutar essas músicas, é reviver uma época na qual um novo som estava surgindo, e agora com mais recheio.