O ano está apenas começando, mas o recesso na WSL já acabou. Dois eventos importantes já aconteceram, o mundial Pro Junior, com Lucas Silveira sagrando-se campeão e garantindo sua participação no WQS onde terá sua primeira oportunidade de classificação para o WCT de 2017, e o Big Wave Todos os Santos, no México, com Josh Kerr surpreendendo a todos com sua vitória e Carlos Burle garantindo a terceira colocação. Foi um excelente começo para os brasileiros.
Mas e a elite, como está? Ainda de férias. Alguns treinando, outros curtindo, são quase três meses de descanso para os gladiadores. Este ano teremos pelo menos oito caras novas, é a renovação necessária para tornar o circuito dinâmico, acho até que é pouco, ainda existe um grande protecionismo na entidade. Defendo a troca de pelo menos metade todos os anos, 16 dos 32, aí sim, neguinho iria se matar para permanecer na elite e garantir os milhares de dólares e a mordomia.
Nos dois últimos anos tivemos a quebra da hegemonia australiana e americana no circuito, dois brasileiros. E esse ano, como será? Muita especulação, mas com certeza a nova geração conquistou um espaço gigantesco frente aos dinossauros do tour. Kelly ainda tem surf para ser campeão, mas será que tem gana? Mick é um forte candidato, porque é excelente em qualquer condição; Joel e Taj já não são mais os mesmos; Owen e Kerr são perigosos, podem chegar junto. Pronto, tirando esses, vem os verdadeiros favoritos, em quem eu apostaria minhas fichas.
Não sou vidente, mas acredito que um desses quatro caras será o campeão deste ano. Vamos a eles:
Gabriel Medina. Se tivesse que apostar em um, seria ele. É o mais focado, mais forte, mais preparado fisicamente, já tem experiencia, carrega um título no peito, é bom em ondas pequenas, muito bom em ondas médias e excelente em ondas grandes, tanto esquerdas quanto direitas.
Filipe Toledo. Um dos surfistas mais extraordinários do mundo, o mais empolgante do tour em ondas pequenas, fantástico, ninguém tem chances contra ele nessas condições, embora quando o mar encrespa, ele amarela, pelo menos foi assim até agora, o que espero e acredito que será diferente este ano, pois ele sentiu o gostinho do título, quase botou a taça na mão, mas escorregou na reta final.
Julian Wilson. A melhor combinação de estilo, força, radicalidade, fluidez, inteligência e competitividade. Também chegou muito perto ano passado, já está no tour há alguns anos e tem pleno potencial para ser campeão. Acredito muito nesse cara. Se não for agora, será logo, com certeza.
John Florence. O Freak, o garoto prodígio, o eterno free surfer, o melhor do circuito em ondas realmente grandes; quanto mais difícil, mais ele se destaca. Quando está inspirado, apresenta as melhores e mais impressionantes performances, quando não, chega a ser ridículo. Se ele vier com foco, com vontade de vencer, será muito difícil de detê-lo. É outro que merece muitos títulos.
Bom, esses são os meus favoritos. Se tudo correr como esperado, a chance do Brasil conquistar seu terceiro título é de 50%. Ainda temos que esperar até março para botar as fichas nos nomes, e vamos jogando com a sorte.
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