A música inspira o surf.

Sempre estiveram presentes na minha vida. Chegaram juntos e tomaram conta dos meus pensamentos, fazendo com que, a eles, tudo esteja relacionado.

O surf é o meu estilo de vida. Ele dita o meu ritmo. Um amor que perdura por quarenta anos e está cada vez mais sólido.

A música é essencial. Torna momentos marcantes e inesquecíveis pelo simples fato de estar presente.

Nessa trajetória, já percorremos milhares de quilômetros em busca das melhores ondas, sempre embalados pelo bom e velho Rock 'n Roll.

quinta-feira, março 15, 2012

Peru - 2º dia - Lobitos

Para nosso segundo dia no Peru, fretamos uma van para nos levar a região de Talara, onde ficam as ondas de Lobitos. Mais uma vez, fomos doze pessoas num carro para nove. Se a região de Mancora é seca, imagine Talara, bem pior! Adentramos num deserto que mais parece o fim do mundo! O terreno é bastante irregular, extremamente seco e quente. Viajamos por quase duas horas num calor infernal até chegarmos à praia.


Lobitos é uma grande baía, com um reef à esquerda por onde entram as ondas que se estendem por uns 300 metros. O primeiro impacto é chocante! As séries entram a poucos metros da parede de pedras. O drop não é tão difícil, mas assusta quando se vê as "cabeças" das rochas levantando a sua frente. Cair ali é perigosíssimo! Feita a primeira virada com sucesso, a onda se torna fácil. Com sorte, pode-se fazer mais de dez manobras, porém é preciso "ter perna" para surfar a onda em toda sua extensão. O problema depois é voltar ao pico. A correnteza é fortíssima, puxando para o meio da baía, e se você arrastado, ficará muito longe da praia. O melhor é sair do mar e caminhar até o pico.


Fizemos duas sessões muito boas. Na primeira, tentei surfar a onda desde a primeira sessão, mas quando o mar tá bom, o crowd é pesado, tornando o clima bem tenso. Também não dá para ficar muito tempo n'água, porque além do frio, remar com a roupa de borracha cansa demais. A segunda caída foi bem divertida. Fiquei na segunda sessão, onde a onda mais cheia, mas dá para mandar uns cut-backs até chegar a última sessão, que é bem vertical.


A maré havia secado e as ondas diminuido. Queríamos ficar mais tempo, mas era chegada a hora, pois atravessaríamos o deserto e à noite seria loucura. Chegamos a Mancora ainda com luz e ainda surfamos um pouco. À noite, fizemos um alvoro no jantar. Os brasileiros são realmente muito barulhentos. Sempre fazendo festa, e numa turma com doze, é só risada...

Nenhum comentário:

Postar um comentário