Essa semana, quem acompanha o circuito mundial de surf ficou chocado com o anúncio feito pelo Mick Fanning que tiraria o ano de folga, que precisava de descanso e só participará de três etapas, Snappers, Bells e Jeffreys, todas do seu patrocinador. É uma decisão polêmica, mas compreensível diante de todos os desastres que o cara sofreu. Como se já não bastasse a pressão em permanecer no topo por anos, disputando o título até os últimos minutos, o cara perdeu a esposa e perdeu mais um irmão recentemente, mesmo assim, com tudo isso, ele seguiu firme e disputou o caneco até as últimas baterias do último evento para a conquista do título de 2016. O afastamento de Mick está sendo comemorado por alguns, pois ele como o maior rival de qualquer um que almeje o título, saindo deixará um espaço enorme aos novos pretendentes. Não compartilho dessa euforia. Acho que o surf perde com isso. Sua presença é fundamental, suas performances são fantásticas, sua técnica é a mais apurada, suas linhas cirúrgicas, inigualáveis. Torço por ele, para que supere seus dramas e volte logo para abrilhantar nosso esporte.
Também recente foi a declaração do Owen Wright que ficará de fora por pelo menos seis meses. Depois do acidente ocorrido na véspera do Pipeline Masters, onde ele também tinha chances de título mundial, Owen ficou vários dias hospitalizado e ainda, por orientação médica, deve manter o repouso para garantir sua total recuperação, pois acidentes na cabeça merecem bastante cautela para evitar consequências irreversíveis.
Também em Pipeline, Bede Durbdge sofreu aquela vaca sinistra que lhe fraturou a bacia. Passou por cirurgias e estava prevista sua volta logo na primeira etapa, mas acabou de afirmar que ainda não está 100% recuperado e deverá dispensar pelo menos Snappers. Essa é a primeira contusão de Bede nos 11 anos que está no circuito, mas foi séria, e poderia ter sido bem pior, pois a onda o esmagou, e olha que ele é um gigante.
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